Os pólipos uterinos são definidos por um crescimento acentuado de células localizadas no interior do útero, que geram o desenvolvimento de pequenas protuberâncias na superfície da cavidade uterina. Sua prevalência é de cerca de 10 a 25% entre as mulheres que apresentam sangramento uterino aumentado.
O pólipo possui características predominantemente benignas, com uma probabilidade de malignização muito baixa. Ele é frequentemente diagnosticado em mulheres que já se encontram no período que precede a menopausa, porém também pode ser encontrado em pacientes que se encontram na idade fértil.
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Como os pólipos uterinos se formam?
Não existe um consenso sobre a causa exata da formação dos pólipos uterinos. Alguns especialistas acreditam que eles se originam a partir de uma lesão preexistente na camada de revestimento interno do útero, enquanto outros acreditam que eles possam ser originados a partir de variações nas taxas hormonais associadas a alterações genéticas.
Partindo dessa segunda teoria, que é mais aceita pelos ginecologistas, é possível afirmar que as pacientes que apresentam maior incidência de distúrbios hormonais têm maior risco de desenvolver os pólipos uterinos. Dentre as doenças que causam mais variações hormonais, destacam-se:
- Diabetes mellitus (disfunção na produção ou na ação da insulina);
- Hipertireoidismo (excesso de hormônios produzidos pela glândula tireoide);
- Hipotireoidismo (falta de hormônios produzidos pela glândula tireoide).
A prevalência dos pólipos uterinos varia de acordo com a faixa etária, sendo mais comum com o avançar da idade.
Quais são os sintomas comuns dos pólipos uterinos?
A maioria dos pólipos uterinos é assintomática e representa um achado ocasional nos exames de rotina. No entanto, em alguns casos, é possível notar alguns indícios dessa alteração.
O principal sintoma do pólipo uterino é um sangramento anormal durante a menstruação, que, geralmente, apresenta fluxo mais intenso. Outros sintomas comuns são:
- Período menstrual irregular;
- Sangramento vaginal entre os ciclos menstruais;
- Sangramento vaginal após a relação sexual;
- Sangramento no período pós menopausa;
- Dificuldade para engravidar: estudos relatam associação entre a presença de pólipos uterinos e a ocorrência de infertilidade. Pacientes sem outra causa aparente de infertilidade apresentam incidência de pólipos variando de 16 a 26%. Aparentemente os pólipos podem dificultar a implantação do embrião no endométrio.
Além disso, dependendo da localização e do tamanho dos pólipos uterinos, eles podem causar dores mais intensas durante a menstruação, mas esse sintoma é frequentemente confundido com episódios de cólicas menstruais mais fortes, fazendo com que o problema passe desapercebido.
Quando procurar um especialista?
Caso a mulher apresente qualquer um dos sintomas citados anteriormente, é fundamental que consulte um ginecologista, a fim de avaliar o caso.
O especialista irá recomendar a realização de exames específicos que auxiliarão no diagnóstico dos pólipos uterinos e, a partir dos resultados recebidos, orientará sobre qual é o tratamento ideal para cada caso.
É muito importante que a paciente, além de manter a consulta anual regular com o ginecologista, ao notar qualquer alteração em seu fluxo menstrual ou incômodos durante as relações sexuais, entre outros problemas, busque um especialista.