As consultas periódicas ao ginecologista podem ajudar no diagnóstico precoce de diversas doenças do sistema reprodutivo feminino, sendo que a mais prevalente é o mioma uterino (também chamado de leiomioma ou fibroma uterino). Ele tem características benignas e se origina a partir da multiplicação de células da musculatura uterina, chamada de miométrio, resultando no desenvolvimento de nódulos no interior do corpo uterino.
Assim como qualquer outra alteração, é fundamental que sejam realizados exames diagnósticos para avaliar o posicionamento, o número e o diâmetro dos miomas uterinos, pois, a depender de suas características, os miomas podem promover o surgimento de diversos sintomas.
Estimativas indicam que mais de dois milhões de mulheres são portadoras de miomas uterinos, sendo que muitas delas não têm conhecimento desse fato, pois existe uma parcela significativa da população que é assintomática. A maior incidência de casos acomete mulheres entre 30 a 50 anos de idade.
Fatores como histórico familiar, etnia e exposição hormonal colaboram para o aparecimento dos miomas, sendo que eles tendem a aparecer de forma mais precoce e em maior quantidade em mulheres negras.
Índice
Quais são os sintomas dos miomas uterinos?
Às vezes, por serem tumores benignos pequenos, esses nódulos não alteram a rotina da mulher, ou seja, não apresentam sintomas. Porém, há casos em que alguns sintomas podem ser relatados, tais como:
- Aumento da duração e do fluxo da menstruação;
- Aumento do volume abdominal;
- Dores na região pélvica;
- Cólicas menstruais;
- Disfunções do trato intestinal, ou seja, constipação intestinal;
- Maior número de micções;
- Dores durante a relação sexual.
Por mais que não seja uma doença grave, o desconforto gerado pelo mioma uterino pode fazer com que a mulher perca um pouco da sua qualidade de vida. Dependendo da localização e do diâmetro do nódulo miomatoso, algumas mulheres podem enfrentar a infertilidade ou, até mesmo, um maior risco de abortamento.
Quais são os tipos de miomas uterinos?
Existem diversas classificações para os miomas uterinos, porém a mais utilizada se baseia em sua localização.
O primeiro deles é o mioma subseroso. Ele se desenvolve na camada externa do útero, denominada subserosa. Devido à região em que se encontra, ele acaba resultando na compressão de órgãos que estão próximos, tais como a bexiga ou as alças intestinais. Com isso, ele pode aumentar o volume abdominal e promover uma maior frequência miccional ou constipação intestinal crônica.
O outro é o mioma intramural, que fica localizado no miométrio (camada muscular uterina). O seu crescimento pode gerar dificuldades para obter uma gestação espontânea, já que ele pode promover um abaulamento no endométrio e, por consequência, aumentar o risco do desenvolvimento de abortamento ou infertilidade. Esse tipo de mioma também pode gerar cólicas abdominais e fluxo menstrual aumentado.
Já o mioma submucoso fica localizado na camada de revestimento interna do útero, chamada de endométrio. Assim como o mioma intramural, ele eleva o risco de infertilidade e abortamento, além de aumentar de forma considerável o fluxo e a duração do ciclo menstrual.
Como diagnosticar os miomas uterinos?
O exame bimanual, realizado pelo médico em consultório ginecológico, pode identificar um aumento ou uma alteração do corpo uterino, sugerindo a presença de um mioma. Caso a paciente tenha apresentado alguns dos sintomas mencionados previamente, mas no exame médico nada foi identificado, o ginecologista solicitará exames complementares de imagem, tais como a ultrassonografia transvaginal ou a ressonância nuclear magnética da pelve. Esses exames conseguem determinar com precisão a localização e o diâmetro dos miomas uterinos.
Fique atenta ao seu corpo! Caso tenha dúvidas sobre essa doença, agende sua consulta com um ginecologista!
