Os pólipos uterinos são caracterizados por serem lesões em relevo localizadas na superfície interna da cavidade uterina, que, de acordo com especialistas em ginecologia, apresentam uma incidência na população feminina que varia entre 7 a 25%, sendo mais comuns conforme o avançar da idade.
Apesar de não existir um consenso sobre a verdadeira causa da formação do pólipo uterino, alguns especialistas acreditam que ele possa ser originado a partir de variações nas taxas hormonais da paciente, associadas a algumas alterações genéticas.
Os pólipos uterinos são fatores de infertilidade e estão presentes em 25 a 28% das mulheres com outras causas de infertilidade associada e em 55 a 56% daquelas com infertilidade sem causa aparente.
Índice
Quais são os principais sintomas dos pólipos uterinos?
Na pós-menopausa, 70 a 75% das pacientes portadoras de pólipos uterinos não apresentam nenhum sintoma, entretanto, algumas mulheres podem relatar surgimento de episódios esporádicos de sangramento genital após a menopausa.
Para mulheres em idade reprodutiva, os principais indícios da existência de pólipos uterinos estão relacionados a alterações no padrão do ciclo menstrual, tais como:
- Aumento do fluxo e da duração da menstruação;
- Maior incidência de cólicas abdominais e
- Dificuldade para engravidar (infertilidade).
Qual a relação entre os pólipos uterinos e a infertilidade?
De acordo com a maioria dos ginecologistas, os pólipos uterinos se originam a partir de alterações na produção dos hormônios femininos, dentre eles o estrogênio, que é o principal hormônio sexual feminino e fundamental para a futuro potencial fértil da mulher. Se esse hormônio apresenta alterações, as chances de conseguir engravidar são menores.
Além disso, ao ocupar um espaço dentro da cavidade uterina, o pólipo uterino pode impedir a implantação adequada do embrião, visto que ele pode alterar a camada de revestimento interna do útero, deixando-a mais densa e com menor probabilidade do embrião se implantar no local.
Caso esteja localizado na entrada do colo do útero (pólipo endocervical), ele pode impedir a subida dos espermatozoides para o interior da cavidade uterina, impedindo, dessa forma, o encontro do gameta feminino (óvulo) com o gameta masculino (espermatozoide).
Vale ressaltar que toda mulher que apresenta desejo reprodutivo e que é portadora de pólipo uterino deve ser submetida a um procedimento cirúrgico para retirada do pólipo (polipectomia histeroscópica).
Esse procedimento apresenta baixa probabilidade de complicações e é extremamente efetivo no tratamento dos pólipos uterinos.
Caso você apresente algum dos sintomas relatados previamente, converse com seu ginecologista sobre o assunto. Ele é o profissional mais indicado para orientar sobre o melhor tipo de tratamento.