Quais são as diferenças entre a inseminação artificial e a fertilização in vitro?

À direita, mulher branca grávida com as mãos posicionadas na barriga. À esquerda, imagem ilustrativa de um espermatozoide sendo inserido em um óvulo, simulando uma fiv.

Entender qual é a diferença entre inseminação artificial e fertilização in vitro é fundamental na determinação do tratamento mais adequado para cada caso

Os tratamentos de reprodução assistida são importantes para que casais diagnosticados com infertilidade consigam realizar o sonho de ter filhos. As técnicas mais realizadas, atualmente, são a inseminação artificial e a fertilização in vitro (FIV).

No entanto, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre qual é a diferença entre fertilização in vitro e inseminação artificial. Isso porque, apesar da mesma finalidade, as técnicas e a complexidade de cada um dos tratamentos são bastante diferentes, bem como os critérios para a sua indicação.

Por isso, nessa publicação, explicaremos qual é a diferença entre fertilização in vitro e inseminação artificial para que, conhecendo as características de cada técnica, seja mais fácil compreender a importância de uma tomada de decisão correta.

O que é fertilização in vitro e inseminação artificial?

 Fertilização in vitro e inseminação artificial são tratamentos de reprodução assistida que auxiliam casais inférteis a realizar o sonho de ter uma família. Conheça, a seguir, as principais características da fertilização in vitro e inseminação artificial.

Fertilização in vitro

 A fertilização in vitro (FIV) é uma técnica de reprodução assistida de alta complexidade na qual o embrião é gerado em laboratório e então transferido ao útero. A FIV segue 6 etapas. São elas:

  • Estimulação ovariana: é realizada por meio da administração de hormônios, que pode ser feita por via oral ou por via injetável (subcutânea). Essa etapa pode levar entre 10 e 12 dias, dependendo da resposta do organismo da paciente;
  • Coleta de óvulos: nesta etapa, são retirados os óvulos produzidos após a estimulação ovariana. O procedimento leva em torno de 15 minutos e é feito com a paciente sedada. A coleta é realizada com a ajuda de uma pequena agulha acoplada ao aparelho de ultrassom transvaginal. Não é realizado nenhum tipo de incisão, pois o procedimento é executado por via vaginal;
  • Coleta de espermatozoides: no mesmo dia da coleta de óvulos, é realizada a coleta de espermatozoides do parceiro por meio da masturbação ou, dependendo da necessidade, punção testicular. Caso a mulher opte, os espermatozoides podem ser obtidos em um banco de sêmen;
  • Fertilização: realizada em laboratório, essa etapa consiste no encontro do óvulo com o espermatozoide em laboratório;
  • Acompanhamento: no dia seguinte da fertilização, o material é observado a fim de analisar quantos embriões foram formados. Após atingir o estágio ideal, eles são transferidos para o interior do útero da paciente;
  • Transferência embrionária: o procedimento é feito em laboratório e leva cerca de 15 minutos. Não é necessário anestesia.

A FIV é indicada para casos que envolvem:

Inseminação artificial

 A inseminação artificial, conhecida como inseminação intrauterina, é uma técnica de baixa complexidade que também tem como primeira etapa a estimulação ovariana. No entanto, a diferença entre fertilização in vitro e inseminação artificial é que, nesta, a fecundação ocorre no corpo da mulher, e não em laboratório.

Assim que os folículos ovarianos geram uma quantidade adequada de óvulos maduros e ocorre a ovulação, é realizada a coleta dos espermatozoides do parceiro (a mulher também pode optar pela utilização de um banco de sêmen). Os espermatozoides são inseridos diretamente no útero da mulher por meio de um cateter fino guiado pelo ultrassom transvaginal.

Assim, a fecundação ocorre dentro do corpo da mulher, como em uma gravidez espontânea.

A inseminação artificial é indicada para os seguintes casos:

  • Infertilidade sem causa aparente (ISCA);
  • Dificuldades na ovulação;
  • Alterações no colo uterino;
  • Diminuição na contagem dos espermatozoides;
  • Endometriose;
  • Casais homoafetivos femininos (com uso de sêmen de doador);
  • Maternidade solo (com uso de sêmen de doador).

Quais as diferenças entre FIV e inseminação artificial?

Embora sejam técnicas que guardam alguma semelhança entre si, existem diferenças entre a fertilização in vitro e a inseminação artificial. Conheça as principais.

Local da fecundação

Esta é a principal diferença entre a fertilização in vitro e a inseminação artificial. Na FIV, o encontro do espermatozoide com o óvulo ocorre em laboratório. Só depois que o embrião é formado é que ele é transferido ao útero. Na inseminação artificial, o espermatozoide é inserido na cavidade uterina quando a mulher atinge seu pico de ovulação.

Complexidade do procedimento

Esta é outra diferença importante entre a fertilização in vitro e a inseminação artificial. A FIV é uma técnica de alta complexidade que geralmente atende a casos mais graves de infertilidade.

Custos envolvidos

Por se tratar de uma técnica de baixa complexidade, a inseminação artificial tem um custo menor quando comparada à FIV. No entanto, há vários fatores a serem considerados nos custos da fertilização in vitro e inseminação artificial, como o local escolhido para o procedimento e as medicações utilizadas.

Taxas de sucesso

A FIV, como já mencionado, é uma técnica de alta complexidade, o que confere a ela melhores taxas de gravidez – cerca de 60% por ciclo. Já a inseminação artificial tem uma taxa que varia entre 15 e 20% por ciclo. Esses resultados também podem impactar a escolha entre fertilização in vitro e inseminação artificial.

Como escolher o tratamento adequado?

Saber qual é a diferença entre fertilização in vitro e inseminação artificial é fundamental para que a tomada de decisão na hora de fazer o tratamento seja a mais correta. No entanto, a escolha pelo melhor tratamento deve ser feita após avaliação de um especialista.

 Fontes

Clínica BedMed

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo)

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