Pólipos uterinos são lesões localizadas no interior do útero, com características predominantemente benignas e com baixo potencial de malignização. De acordo com especialistas em ginecologia, sua incidência na população feminina varia entre 7 a 25%, sendo mais comum conforme o avançar da idade.
Não existe um consenso exato sobre a causa da formação do pólipo uterino. Alguns autores acreditam que o pólipo se origina a partir de uma lesão pré-existente na camada de revestimento interna do útero, porém outros acreditam que ele possa ser originado a partir de um possível desbalanço hormonal associado a alterações genéticas.
A maioria dos pólipos é assintomática e representa um achado ocasional nos exames de rotina realizados por mulheres ao redor da menopausa, porém, vale lembrar que ele também pode acometer pacientes em idade reprodutiva.
Índice
O que são pólipos uterinos?
Os pólipos uterinos são caracterizados por um crescimento excessivo de células no interior do útero, proporcionando a formação de pequenos relevos na superfície ao redor do seu local de implantação. São frequentemente diagnosticados em mulheres que já entraram no climatério (período que precede a menopausa). Nos casos em que os pólipos são diagnosticados durante o período da menopausa ou pós-menopausa, eles costumam ser assintomáticos ou, quando apresentam sintomas, o principal indício é o sangramento vaginal.
Os pólipos podem ser classificados dessa forma:
- Pólipo endometrial: quando a lesão surge no interior da cavidade uterina, a partir da proliferação de células da mucosa interna do útero (endométrio);
- Pólipo endocervical: quando a lesão está presente e surge a partir das células do colo do útero, apresentando-se como uma protuberância no exame especular.
Apesar de, na grande maioria das vezes, ser uma formação benigna, o pólipo uterino pode apresentar uma taxa de malignização que varia entre 0,5 a 2,3% dos casos.
Esse risco pode ser ainda maior quando acomete pacientes no período da pós-menopausa. Devido a isso, toda paciente na pós-menopausa deve continuar a realizar os seus exames de forma rotineira.
Já foi dito que a maioria das pacientes não apresenta nenhum tipo de sintoma, porém, em determinadas mulheres em idade reprodutiva, o pólipo uterino pode promover um aumento do fluxo menstrual (intensidade e duração) ou, até mesmo, infertilidade e maior risco de abortamento.
Existe tratamento para os pólipos uterinos?
O tratamento do pólipo uterino deve levar em consideração diversos fatores, sendo que os principais são: idade da paciente, presença de sintomas e desejo de gravidez.
Na maioria das vezes, por serem benignos, os pólipos uterinos não exigem um tratamento específico, mas apenas o acompanhamento periódico com o ginecologista.
Porém, em mulheres em idade reprodutiva que apresentam sintomas ou que desejam engravidar, é indicada a ressecção cirúrgica do pólipo.
Da mesma forma, mulheres na pós-menopausa que apresentam sangramento vaginal também devem ser submetidas ao tratamento cirúrgico.
A cirurgia é chamada de histeroscopia para ressecção do pólipo (polipectomia). Geralmente é um procedimento rápido, com baixos índices de complicações e boa resposta terapêutica.
A remoção cirúrgica dos pólipos deve ser realizada por profissionais devidamente capacitados nesse tipo de procedimento, pois é necessária a remoção completa do pólipo.
Em mulheres na pós-menopausa, caso o pólipo uterino apresente algum grau de atipia, deve ser considerada a realização da histerectomia (retirada completa do útero), para evitar um possível risco de transformação maligna do mesmo.
O tratamento ideal para o pólipo uterino dependerá muito das condições de saúde da paciente, do desejo dela em engravidar e, principalmente, da avaliação realizada pelo especialista.
O diagnóstico precoce da condição auxilia no tratamento ideal e na prevenção de um possível agravamento. Por isso, é fundamental realizar o acompanhamento periódico com o ginecologista.