Saiba qual é a relação entre as duas condições, quando você deve procurar auxílio médico e como tratar adequadamente essa patologia.
O hipotireoidismo é uma doença causada pela queda na produção de dois importantes hormônios produzidos pela glândula tireoide, que se localiza na parte da frente do pescoço. São eles: o hormônio T3 (triiodotironina) e o hormônio T4 (tetraiodotironina).
Os hormônios produzidos por essa glândula desempenham papéis de destaque para o bom funcionamento do organismo humano, inclusive na função dos ovários.
A doença costuma acometer mais mulheres do que homens, mas pode surgir em qualquer indivíduo.
Os principais sintomas do hipotireoidismo são:
- Depressão;
- Constipação intestinal crônica;
- Irregularidade menstrual;
- Desaceleração dos batimentos cardíacos;
- Fadiga;
- Problemas de memória;
- Ganho de peso;
- Pele ressecada;
- Dores musculares;
- Queda de cabelos;
- Aumento dos níveis de colesterol no sangue.
Índice
Causas do hipotireoidismo
Na maioria dos casos, a doença é causada pela chamada tireoidite de Hashimoto. Trata-se de uma doença autoimune, ou seja, o próprio organismo começa a produzir anticorpos que atacam a tireoide, levando-a a produzir menos hormônios.
Tratamento do hipotireoidismo
A única forma de tratar o hipotireoidismo é com medicamentos que reproduzem o funcionamento normal da glândula tireoide. O tratamento é feito pelo resto da vida, sem interrupção e a medicação deve ser tomada diariamente, em jejum. Dessa forma, não se corre o risco da ingestão de alimentos diminuir a absorção do medicamento pelo intestino.
O hipotireoidismo, quando não tratado adequadamente, pode causar problemas como:
- Redução do desempenho físico e mental;
- Elevação dos níveis de colesterol, o que aumenta os riscos para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares;
- Infertilidade.
Hipotireoidismo: a infertilidade pode ter relação com a doença e precisa ser investigada
Qual é a relação entre hipotireoidismo e infertilidade? Como já dissemos, os hormônios produzidos pela tireoide têm papel fundamental na função dos ovários, pois eles interagem com os hormônios da hipófise, responsáveis por estimular a ovulação.
Isso significa que, na paciente que tem hipotireoidismo, a infertilidade está relacionada a falta de ovulação ou, quando ela acontece, o processo ocorre de maneira irregular.
Entretanto, não existe apenas uma única correlação entre hipotireoidismo e infertilidade. Quando a mulher portadora de distúrbio tireoidiano consegue engravidar, ela corre maior risco de aborto, pois o hipotireoidismo também interfere na chamada fase lútea, que é aquela na qual o endométrio é preparado para receber o embrião. Além disso, existe risco aumentado para o desenvolvimento de pré-eclâmpsia, descolamento de placenta, falhas no desenvolvimento cognitivo do bebê, estresse fetal e parto prematuro.
Hipotireoidismo e infertilidade: como saber se tenho esse risco?
Quando a mulher está enfrentando dificuldades para engravidar ou já sofreu algum processo de abortamento, o médico pode suspeitar dessa doença. Nesse caso, é recomendado que a mulher colete um exame sanguíneo para avaliar os níveis hormonais da tireoide (por exemplo: hormônios T4 e TSH — hormônio tireoestimulante), além da realização de um exame clínico detalhado e de um exame complementar de ultrassom da tireoide, quando necessário.
Tratando hipotireoidismo e infertilidade
Quando a mulher está tentando engravidar, os níveis hormonais precisam estar em equilíbrio para manter o hipotireoidismo controlado. Por ser uma doença sem cura, que leva a uma dificuldade em obter uma gestação, os casais podem ser orientados a buscar um método de Reprodução Assistida.
Para pacientes com hipotireoidismo, a infertilidade não significa a interrupção do sonho de gerar um filho e formar uma família. Quando a doença está controlada, a mulher pode ter uma gestação tranquila, sem intercorrências.
Porém, para que isso seja possível, é preciso buscar ajuda de um especialista, que fará uma investigação minuciosa do quadro. Mesmo que a mulher consiga ter uma gestação normal, ela pode correr um maior risco de abortamento ou de outras complicações. Dependendo do caso, o médico pode sugerir os seguintes procedimentos de Reprodução Assistida: fertilização in vitro, inseminação intrauterina ou coito programado.
Entre em contato com os especialistas da clínica BedMed, saiba como lidar com essa condição e realize o sonho de gerar uma vida.
Fontes:
Clínica de Reprodução Humana BedMed;
Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp).