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Hipotireoidismo e Infertilidade

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Hipotireoidismo e Infertilidade

Imagem: Shutterstock

Saiba qual é a relação entre as duas condições, quando você deve procurar auxílio médico e como tratar adequadamente essa patologia.

Mulher com as mãos na garganta
Imagem: Shutterstock

O hipotireoidismo é uma doença causada pela queda na produção de dois importantes hormônios produzidos pela glândula tireoide, que se localiza na parte da frente do pescoço. São eles: o hormônio T3 (triiodotironina) e o hormônio T4 (tetraiodotironina).

Os hormônios produzidos por essa glândula desempenham papéis de destaque para o bom funcionamento do organismo humano, inclusive na função dos ovários.

A doença costuma acometer mais mulheres do que homens, mas pode surgir em qualquer indivíduo.

Os principais sintomas do hipotireoidismo são:

  • Depressão;
  • Constipação intestinal crônica;
  • Irregularidade menstrual;
  • Desaceleração dos batimentos cardíacos;
  • Fadiga;
  • Problemas de memória;
  • Ganho de peso;
  • Pele ressecada;
  • Dores musculares;
  • Queda de cabelos;
  • Aumento dos níveis de colesterol no sangue.

Causas do hipotireoidismo

Na maioria dos casos, a doença é causada pela chamada tireoidite de Hashimoto. Trata-se de uma doença autoimune, ou seja, o próprio organismo começa a produzir anticorpos que atacam a tireoide, levando-a a produzir menos hormônios.

Tratamento do hipotireoidismo

A única forma de tratar o hipotireoidismo é com medicamentos que reproduzem o funcionamento normal da glândula tireoide. O tratamento é feito pelo resto da vida, sem interrupção e a medicação deve ser tomada diariamente, em jejum. Dessa forma, não se corre o risco da ingestão de alimentos diminuir a absorção do medicamento pelo intestino.

O hipotireoidismo, quando não tratado adequadamente, pode causar problemas como:

  • Redução do desempenho físico e mental;
  • Elevação dos níveis de colesterol, o que aumenta os riscos para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares;
  • Infertilidade.

Hipotireoidismo: a infertilidade pode ter relação com a doença e precisa ser investigada

Qual é a relação entre hipotireoidismo e infertilidade? Como já dissemos, os hormônios produzidos pela tireoide têm papel fundamental na função dos ovários, pois eles interagem com os hormônios da hipófise, responsáveis por estimular a ovulação.

Isso significa que, na paciente que tem hipotireoidismo, a infertilidade está relacionada a falta de ovulação ou, quando ela acontece, o processo ocorre de maneira irregular.

Entretanto, não existe apenas uma única correlação entre hipotireoidismo e infertilidade. Quando a mulher portadora de distúrbio tireoidiano consegue engravidar, ela corre maior risco de aborto, pois o hipotireoidismo também interfere na chamada fase lútea, que é aquela na qual o endométrio é preparado para receber o embrião. Além disso, existe risco aumentado para o desenvolvimento de pré-eclâmpsia, descolamento de placenta, falhas no desenvolvimento cognitivo do bebê, estresse fetal e parto prematuro.

Hipotireoidismo e infertilidade: como saber se tenho esse risco?

Quando a mulher está enfrentando dificuldades para engravidar ou já sofreu algum processo de abortamento, o médico pode suspeitar dessa doença. Nesse caso, é recomendado que a mulher colete um exame sanguíneo para avaliar os níveis hormonais da tireoide (por exemplo: hormônios T4 e TSH — hormônio tireoestimulante), além da realização de um exame clínico detalhado e de um exame complementar de ultrassom da tireoide, quando necessário.

Tratando hipotireoidismo e infertilidade

Quando a mulher está tentando engravidar, os níveis hormonais precisam estar em equilíbrio para manter o hipotireoidismo controlado. Por ser uma doença sem cura, que leva a uma dificuldade em obter uma gestação, os casais podem ser orientados a buscar um método de Reprodução Assistida.

Para pacientes com hipotireoidismo, a infertilidade não significa a interrupção do sonho de gerar um filho e formar uma família. Quando a doença está controlada, a mulher pode ter uma gestação tranquila, sem intercorrências.

Porém, para que isso seja possível, é preciso buscar ajuda de um especialista, que fará uma investigação minuciosa do quadro. Mesmo que a mulher consiga ter uma gestação normal, ela pode correr um maior risco de abortamento ou de outras complicações. Dependendo do caso, o médico pode sugerir os seguintes procedimentos de Reprodução Assistida: fertilização in vitro, inseminação intrauterina ou coito programado.

Entre em contato com os especialistas da clínica BedMed, saiba como lidar com essa condição e realize o sonho de gerar uma vida.

Fontes:

Clínica de Reprodução Humana BedMed;

Biblioteca Virtual em Saúde;

Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp).

 

 

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