Miomas – tumores benignos, de origem muscular – podem ser tratados com relativa facilidade, quando detectados precocemente, e não devem ser ignorados.
Mioma é a denominação dada aos tumores que crescem dentro ou fora do corpo do útero. São benignos, mas podem, por exemplo, alterar o formato deste órgão do corpo feminino. Nesses casos, é imprescindível uma avaliação médica, que irá determinar o melhor tipo de tratamento, sendo a cirurgia de mioma, denominada miomectomia, um dos possíveis protocolos terapêuticos.
Muitas mulheres não apresentam sintomas, embora carreguem um ou mais miomas uterinos. Só descobrem a presença de tais tumores durante a realização de seus exames de rotina. Entretanto, em outros casos, os miomas podem se manifestar por meio de:
- Dor pélvica;
- Sangramento vaginal excessivo;
- Dificuldade para engravidar;
- Dificuldade para urinar ou para evacuar;
- Aumento ou distensão abdominal.
O diagnóstico do mioma uterino ocorre após avaliação médica associada à obtenção de exames ginecológicos subsidiários, como, por exemplo, a ultrassonografia pélvica transvaginal. Sendo assim, é muito importante que toda mulher tenha um acompanhamento ginecológico constante e ininterrupto ao longo de sua vida.
Algumas vezes, o tratamento para os miomas uterinos deve ser feito de forma cirúrgica. Vale lembrar que cada caso deve ser avaliado de forma individualizada e apenas o médico ginecologista poderá determinar o que deve ser feito, após avaliação cuidadosa.
Geralmente, os miomas pequenos e assintomáticos não demandam tratamento, desde que sejam acompanhados de perto e periodicamente. Os miomas uterinos podem regredir espontaneamente em até 40% dos casos, ao longo de um período de 5 a 10 anos, ou permanecerem estáveis.
Em mulheres sintomáticas, o tratamento consiste no uso de medicamentos hormonais, prescritos pelo médico ginecologista. Nesse tratamento os objetivos são: reduzir o sangramento vaginal, combater cólicas abdominais e diminuir o tamanho dos miomas uterinos. Caso ocorra falha no tratamento clínico, pode ser indicada a retirada cirúrgica dos miomas.
Quando a paciente deseja engravidar e apresenta miomas submucosos (localizados no interior da cavidade uterina) ou miomas intramurais que abaúlam a cavidade uterina, o indicado é retirar os miomas por meio da histeroscopia cirúrgica, ou seja, cirurgia de mioma, pois isso promove um aumento nas chances futuras de gravidez.
Índice
Quais são os principais tratamentos cirúrgicos para os miomas uterinos?
As principais abordagens cirúrgicas para os miomas uterinos são:
- Miomectomia: cirurgia de mioma comumente realizada por via abdominal, retirando-se só o mioma e preservando o útero. Pode ser feita por via laparotômica ou laparoscópica, sendo que a última tende a ser mais empregada devido ao seu menor risco de complicações e menor tempo de recuperação pós-operatória.
Na cirurgia laparoscópica, o médico faz uma pequena incisão na região umbilical e introduz gás na cavidade abdominal. Após a insuflação da cavidade, entra uma câmera para que se visualize o interior da região abdominal. São realizadas duas incisões nas fossas ilíacas, por onde serão introduzidos instrumentos auxiliares que irão ajudar na realização do procedimento cirúrgico. Tal cirurgia de mioma no útero é indicada para pacientes em idade reprodutiva que apresentam miomas uterinos localizados em topografia mais externa (intramurais ou subserosos) e que têm sintomas e/ou desejo de engravidar no futuro.
Já no caso de miomas submucosos (alojados dentro da cavidade uterina), o procedimento cirúrgico mais indicado é a histeroscopia cirúrgica, que consiste na retirada do mioma por meio de instrumentos que são introduzidos por meio do colo uterino;
- Histerectomia: nesse procedimento, o útero é retirado cirurgicamente. Ela pode ser total (remoção do corpo e do colo do útero) ou subtotal (quando se retira o corpo do útero, mas se mantém o colo). Também pode ser feita por via laparotômica ou laparoscópica. Este procedimento é comumente indicado para pacientes que já têm filhos (prole constituída) e que apresentam fluxo menstrual intenso e/ou cólicas abdominais severas.
Preparos pré-operatórios e cuidados pós-operatórios da cirurgia de mioma
Para ambas as cirurgias de miomas, além da avaliação clínica feita pelo médico, são pedidos exames laboratoriais subsidiários.
Os mais comumente solicitados são: hemograma completo, coagulograma, ureia, creatinina, glicemia de jejum, além de exames para avaliação do risco pré-cirúrgico, tais como: eletrocardiograma e raio-x do tórax. A necessidade destes e de outros exames varia de acordo com a idade e eventuais patologias pré-existentes da paciente.
Há alguns casos específicos em que o médico solicita, além da ultrassonografia transvaginal, a ressonância nuclear magnética da pelve para avaliar com maior precisão a localização e a dimensão dos miomas.
O pós-operatório da cirurgia de mioma não é particularmente difícil. O mais importante é seguir todas as orientações fornecidas pelo médico.
Para a cirurgia de videolaparoscopia ou histeroscopia, é recomendado um período de repouso físico e sexual de quinze dias. No caso da cirurgia feita por via laparotômica, o período de recuperação tende a ser maior, de 30 a 40 dias. Quando ocorre a alta hospitalar, o médico pode prescrever analgésicos a serem usados visando amenizar a dor. É comum ocorrer sangramento vaginal em pequena quantidade nas primeiras semanas após a cirurgia.
Ainda tem dúvidas com relação aos miomas uterinos e seus principais tratamentos?
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Fontes:
Clínica Ginecológica – BedMed;