O que é Osteoporose?
A osteoporose é definida como uma doença metabólica ocasionada pela diminuição da densidade mineral óssea e, consequentemente, com um maior risco de fraturas vertebrais e não vertebrais (devido à formação de ossos mais finos e porosos). É uma doença silenciosa e, por isso, o seu primeiro sinal pode aparecer em uma fase mais avançada. Por isso é extremamente fundamental realizar exames preventivos, para que ela seja diagnosticada a tempo de se evitar as fraturas.
O osso é uma estrutura viva em constate processo de renovação, que acontece diariamente por toda a vida. O processo de formação óssea é complexo e envolve dois sistemas principais: os osteoblastos que são células responsáveis pela formação óssea e os osteoclastos que são células responsáveis pela reabsorção óssea. A matriz óssea é formada por complexos minerais com cálcio.
Ao longo do tempo a absorção óssea aumenta quando comparado à formação óssea e, devido a isso, os ossos tornam-se mais porosos e perdem a resistência. Perdas ósseas menores são denominadas de osteopenia e perdas ósseas maiores são denominadas de osteoporose. A osteoporose é uma doença muito vinculada ao envelhecimento. Pode manifestar-se em ambos os sexos, porém acomete principalmente mulheres na pós-menopausa. De acordo com as estatísticas recentes, a osteoporose acomete um homem para cada quatro mulheres e aproximadamente uma a cada três mulheres vai apresentar uma fratura óssea durante a vida.
As principais fraturas da osteoporose são as fraturas das vértebras por compressão e as fraturas do colo do fêmur, punho e costelas.
Existem alguns fatores correlacionados com a maior incidência de osteoporose, tais como o tabagismo, sedentarismo, consumo de álcool, baixo índice de massa corpórea, histórico familiar da doença, raça branca e asiática, menopausa prematura , baixa exposição à luz solar, baixa ingesta de cálcio e vitamina D.
A densitometria óssea é o exame padrão ouro para o diagnóstico de osteoporose. Esse exame avalia a densidade mineral óssea do colo do fêmur e da coluna lombar e realiza comparação com a densidade mineral óssea de pessoas na mesma faixa etária e mais jovens. Por meio dessa comparação se estabeleceu três resultados: normal, osteopenia e osteoporose (a depender da densidade mineral óssea quando comparada a de pacientes na mesma faixa etária).
As principais formas de prevenção devem ser tomadas na infância e baseiam-se na:
- Realização de exercícios físicos que ajuda a tonificar a musculatura e previne contra quedas;
- Exposição solar para fixação de vitamina D: a vitamina D não está presente na maioria dos alimentos, portanto sua obtenção deve ser realizada por meio da exposição solar ou do uso de suplementos vitamínicos
- Ingestão adequada de alimentos ricos em cálcio como, por exemplo, leite, queijos, iogurtes e em menor quantidade nas verduras escuras, no gergelim, no feijão branco e no tofu).
Vitamina D no combate a Osteoporose
A vitamina D apresenta diversas funções, porém a mais importante é a promoção da absorção de cálcio da dieta. Consequentemente, é utilizada para a prevenção e tratamento da osteoporose (responsável pela manutenção dos valores normais de cálcio no sangue), pois assegura a absorção de cálcio pelo intestino.
Existem duas formas de vitamina D: a vitamina D2 (ergocalciferol – origem vegetal) e a vitamina D3 (colecalciferol – origem animal). Ambas são formas inativas que serão, posteriormente, convertidas em calcitriol (responsável pela absorção do cálcio, pela regulação da formação óssea e por sua reabsorção).
É conhecida como a vitamina da luz do Sol por se obtida principalmente pela exposição da pele ao Sol (é um hormônio produzido na pele a partir do colesterol quando a pele é exposta aos raios solares).
A ingestão exclusiva de cálcio não é suficiente para prevenir fraturas por osteoporose. Dessa forma, a suplementação com vitamina D ajuda a reduzir a perda de massa óssea e, consequentemente, o risco de fraturas.
Denosumabe
O denosumabe é um anticorpo monoclonal que diminui a diferenciação, ativação e sobrevida dos osteoclastos (células responsáveis pela redução da massa óssea).
Dessa forma, o denosumabe diminui a incidência de fraturas vertebrais e de colo de fêmur (apresenta aumento da densidade mineral óssea). É comprovadamente uma medicação que protege os ossos de fraturas e aumenta a densidade mineral óssea, fazendo com que o osso fique mais rígido.
A dose recomendada de Denosumabe é de 60 mg (1 ampola) via subcutânea a cada 6 meses. É a única medicação utilizada para tratamento de osteoporose pós-menopausa com apenas 2 aplicações ao ano. Como não é administrada por via oral, não causa efeitos colaterais gástricos (p.ex.: gastrite).