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Falência ovariana precoce: o que é?

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mulher com calor utilizando um leque para representar menopausa devido falência ovariana precoce

Conheça os sintomas, causas e tratamentos

A falência ovariana precoce é uma condição rara que ocorre em mulheres ainda em idade reprodutiva – antes dos 40 anos – e leva os ovários a perderem sua função. Não se sabe exatamente quais são as suas causas, mas estima-se que uma série de fatores podem contribuir para o seu surgimento. Saiba mais lendo o texto a seguir.

O que é falência ovariana precoce?

A falência ovariana precoce, também conhecida por insuficiência ovariana primária, é caracterizada como a perda da função ovariana antes dos 40 anos de idade, ou seja, os ovários deixam de produzir hormônios e não liberam mais óvulos, levando à infertilidade.

Estima-se que a falência ovariana precoce afete em torno de 1% das mulheres antes dos 40 anos e 0,1% das mulheres com menos de 30 anos. Cerca de 20 a 30% das pacientes com falência ovariana precoce podem ter uma doença autoimune associada, principalmente aquelas relacionadas a distúrbios na glândula tireoide.

Quais são as causas da falência ovariana precoce?

Não existe uma causa definida e conhecida para a falência ovariana precoce – em cerca de 80 a 90% dos casos não se consegue definir o que levou ao quadro. Porém, em aproximadamente 5% dos casos observa-se uma predisposição genética para o desenvolvimento da falência ovariana precoce.

No entanto, existem alguns fatores que podem aumentar o risco. São eles:

  • Procedimentos ovarianos (ooforoplastias, exérese de tumores, retirada dos ovários, embolização uterina);
  • Doenças genéticas, como síndrome de Turner ou síndrome do X frágil;
  • Inflamações nos ovários;
  • Doenças autoimunes sistêmicas, como artrite reumatoide ou distúrbios na tireoide;
  • Exposição a quimioterápicos, radioterapia e toxinas ambientais, incluindo cigarro;
  • Infecções virais, como rubéola, caxumba e varicela;
  • Uso de medicamentos imunossupressores (drogas sistêmicas e anticorpos monoclonais);
  • Deficiência de nutrientes como zinco, selênio e iodo.

Quais são os sintomas da falência ovariana precoce?

O principal sintoma da falência ovariana precoce é a ausência de menstruação por um período de três a seis meses. Além disso, sinais e sintomas comuns à menopausa podem surgir, tais como:

  • Sudorese e ondas de calor (fogachos);
  • Atrofia vaginal;
  • Ressecamento da pele;
  • Insônia;
  • Irritabilidade;
  • Dor de cabeça;
  • Diminuição da libido;
  • Dificuldade de concentração;
  • Instabilidade emocional;
  • Depressão;
  • Dificuldade para engravidar.

Como é realizado o diagnóstico?

O primeiro sinal que pode trazer ao médico a suspeita de falência ovariana precoce é a ausência de menstruação por cerca de três a seis meses em mulheres com menos de 40 anos.

Observadas essas condições, o especialista pode solicitar um exame físico e pélvico, além de exames de dosagens hormonais, que incluem:

  • Hormônio folículo-estimulante (FSH). Esse exame deve ser realizado duas vezes, com intervalo de um mês entre cada dosagem;
  • Estradiol;
  • Prolactina;
  • Hormônio anti-mulleriano.

Esses exames não apontam a causa da falência ovariana precoce, apenas servem como indicação de redução importante de hormônios ligados à fertilidade.

Outros exames que podem ser solicitados são os que avaliam alterações cromossômicas ou certos genes, como o exame de cariótipo ou o teste genético FMR1 (o gene FMR1 está associado à síndrome do X frágil).

É possível tratar a falência ovariana precoce?

É possível tratar, mas não reverter a falência ovariana precoce. O tratamento escolhido pelo médico leva em consideração a idade da mulher, os sintomas apresentados e seu desejo de engravidar e envolve:

Terapia de reposição hormonal (TRH)

É o tratamento padrão para a maioria dos casos de falência ovariana precoce. Este tratamento geralmente combina o uso dos hormônios estrogênio e progesterona, que podem ser administrados por via oral, intrauterina ou aplicados na pele. O objetivo do tratamento é reduzir os sintomas da falência ovariana precoce, como suores noturnos e secura vaginal, além de diminuir as chances de osteoporose e doenças cardiovasculares – doenças que a mulher tem mais risco de desenvolver na falência ovariana precoce.

O tratamento de reposição hormonal é indicado até que a mulher chegue à idade em que a menopausa natural normalmente começa (51 a 52 anos). No entanto, não é recomendado para mulheres que tiveram algum tipo de câncer, como o de mama.

Suplementos de cálcio e vitamina D

Ajudam a reduzir o risco de osteoporose, doença que deixa os ossos mais frágeis e aumenta os riscos de fratura.

Tratamento da infertilidade

Para a mulher que deseja engravidar, mas foi diagnosticada com falência ovariana precoce, existe a opção de realizar um tratamento de Reprodução Humana, como a fertilização in vitro (FIV), com o uso de óvulos doados. Esse procedimento consiste na obtenção do óvulo de uma doadora, que pode ser anônima ou uma familiar em até quarto grau, que será fertilizado pelo espermatozoide do parceiro ou de um doador, em laboratório. O embrião formado é então transferido ao interior do útero da paciente.

Além desses tratamentos, é importante que a mulher tenha uma rotina de vida saudável, com alimentação equilibrada, praticando atividades físicas (principalmente as realizadas com peso, para fortalecimento da saúde óssea) e mantendo o peso ideal.

A clínica BedMed oferece uma série de serviços e tratamentos em Reprodução Humana Assistida e saúde da mulher, com foco na garantia da qualidade de vida e bem-estar de todos os seus pacientes.

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Fontes:

Clínica BedMed

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo)

Associação Médica Brasileira

Mayo Clinic

Cleveland Clinic

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