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Saúde da mulher

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Mulher branca de meia-idade em consulta médica.

O corpo feminino tem particularidades que devem ser levadas em conta ao cuidar da saúde física e mental

Manter um bom estado de saúde deve ser uma meta constante para homens e mulheres. Conhecer o próprio corpo, tomar cuidados para evitar doenças e buscar tratamento correto e precoce para qualquer alteração são ações que devem fazer parte das rotinas de todas as pessoas.

No entanto, cada sexo biológico possui particularidades que devem ser levadas em conta na promoção e manutenção da própria saúde. Por isso, quando se fala em saúde da mulher, deve-se ter atenção a uma série de cuidados específicos relacionados ao corpo feminino.

Isso é importante porque o organismo da mulher tem algumas particularidades em relação ao do homem, além de passar por uma série de transformações ao longo da vida, como a puberdade, a gestação e a menopausa.

Por esse motivo, preparamos este conteúdo para um melhor entendimento sobre os principais cuidados com a saúde da mulher. Boa leitura!

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Por que a mulher precisa conhecer o próprio corpo?

O primeiro passo para buscar uma plena saúde física e mental é o autoconhecimento. Muitas mulheres ainda têm dificuldades para reconhecer e identificar os sinais do próprio corpo. Isso ocorre por diversos fatores, como o baixo acesso à educação e o tabu imposto pela sociedade por muito tempo sobre o corpo e os fatores específicos relacionados à saúde da mulher.

A mulher que conhece o próprio corpo é capaz de identificar os sinais que representam diversas situações, como as transformações que vêm com o tempo, doenças e outras alterações. Assim, é mais fácil buscar atendimento especializado precocemente e realizar tratamentos com mais chances de sucesso.

Além disso, conhecer o próprio corpo pode significar se libertar de padrões impostos por outras pessoas e estabelecer os próprios limites, tanto estéticos, quanto relacionados a mudanças importantes na vida, como a decisão de ter ou não ter filhos.

Principais mudanças no corpo feminino

Como mencionado anteriormente, um dos principais motivos pelos quais a atenção à saúde da mulher deve ser especial é o fato do corpo feminino passar por diversas transformações ao longo dos anos. São elas:

Puberdade

A puberdade é o período compreendido entre o fim da infância e o início da idade adulta. Nas meninas, costuma começar por volta dos 9 anos de idade e atinge seu ápice por volta dos 12 anos.

Além das mudanças emocionais, diversas características sexuais atingem a maturidade e podem ser notadas através de mudanças físicas, como o desenvolvimento mamário, dos pelos pubianos e o crescimento rápido do corpo.

O ápice da puberdade feminina, no entanto, ocorre na primeira ovulação, que é seguida da primeira menstruação, evento também chamado de menarca. A partir desse momento, os ciclos menstruais ocorrerão mensalmente até a menopausa.

Os cuidados com a saúde da mulher na puberdade devem começar desde cedo. É imprescindível, nessa fase, o acompanhamento com um médico ginecologista para garantir que o amadurecimento ocorra corretamente, principalmente após a primeira menstruação.

Além disso, é importante se atentar aos cuidados com o estilo de vida (alimentação, atividade física) e à educação sexual, para que a menina aprenda a conhecer o próprio corpo e entender seus limites.

Gestação

A atenção à gestação é um dos principais tópicos relacionados à saúde da mulher, uma vez que este período é repleto de transformações que precisam ser acompanhadas de perto para que o bem-estar da mulher e do bebê sejam preservados.

A gravidez se inicia quando a fecundação ocorre. Para que o embrião consiga se implantar, o útero precisa estar saudável e receptivo. Da mesma forma, é necessário que todo o organismo da mulher esteja em consonância para manter a gravidez.

Por isso, é fundamental que os cuidados com a saúde da mulher envolvam a investigação de alterações hormonais e no sistema reprodutivo, além de fatores que podem afetar a fertilidade antes de engravidar. Assim, é possível planejar uma gravidez saudável para a mulher e o bebê.

Durante a gestação, os cuidados com a saúde da mulher continuam no pré-natal. Nas consultas e exames realizados nesse período, além de monitorar o desenvolvimento do bebê, é de extrema importância acompanhar todos os indicadores do estado de saúde da mulher.

Assim, é possível buscar os melhores caminhos para um bom parto, puerpério e período de amamentação tanto para a mãe, quanto para o filho.

Menopausa

A menopausa ocorre quando a mulher tem seu último ciclo menstrual, geralmente entre os 45 a 55 anos. Esse momento ocorre porque, ao nascer, a mulher já tem todos os folículos que darão origem a óvulos maduros por toda a sua vida.

Geralmente, a menopausa acontece após um período de transição chamado climatério, em que os ciclos menstruais vão cessando aos poucos. Durante o climatério e a menopausa, podem ocorrer diversos sintomas, tais como:

  • Ondas de calor (fogachos);
  • Irregularidades no ciclo menstrual (até o encerramento dos mesmos – na menopausa);
  • Insônia;
  • Alterações de humor;
  • Ganho de peso;
  • Pele seca;
  • Atrofia genital, entre outros.

Por conta das mudanças físicas e emocionais durante esse período, é fundamental que a atenção à saúde da mulher se redobre para que ela consiga o bem-estar necessário para superar essa fase. Nesse sentido, é possível realizar tratamentos para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

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Saúde reprodutiva da mulher

A atenção à saúde da mulher também deve incluir os cuidados com a saúde reprodutiva. Entenda a seguir:

Ciclo menstrual

O ciclo menstrual é o período de, em média, 28 dias, em que o corpo se prepara para ovular e engravidar. Caso ocorra a fecundação, inicia-se a gravidez. Caso não ocorra, acontece a menstruação.

No início do ciclo, o endométrio, tecido que recobre a parede uterina para receber o embrião, se desenvolve. Em seguida, o ovário libera um óvulo maduro, iniciando o período fértil. Se houver relação sexual nesse período e ocorrer a fecundação, inicia-se a gravidez.

Caso a fecundação não ocorra, o endométrio se desfaz, causando o sangramento característico da menstruação. Esse momento pode vir acompanhado de diversos sintomas, como aumento da sensibilidade mamária, inchaço, acne, cólicas e alterações de humor.

A atenção à saúde da mulher em relação ao ciclo menstrual deve monitorar características como:

  • Regularidade do ciclo;
  • Possíveis alterações nos sintomas antes e durante a menstruação;
  • Presença de sintomas menstruais como sangramento e cólicas fora do período;
  • Sinais de desequilíbrio hormonal identificáveis em alterações no ciclo menstrual;
  • Alterações no ciclo que podem sinalizar infertilidade.

Métodos contraceptivos

Outra preocupação relacionada à saúde da mulher e sua capacidade reprodutiva está no uso de métodos contraceptivos. Atualmente, existem diversos métodos que podem auxiliar na anticoncepção, com diferentes níveis de sucesso. Os mais comuns são:

  • Preservativos;
  • DIU não hormonal (cobre ou cobre + prata);
  • DIU hormonal;
  • Implante hormonal contraceptivo subcutâneo;
  • Injeção anticoncepcional: mensal ou trimestral;
  • Adesivo transdérmico;
  • Pílulas anticoncepcionais;
  • Anel vaginal.

O uso de métodos contraceptivos deve ser autorizado e acompanhado pelo ginecologista, que deve analisar a saúde da mulher para indicar o mais adequado para seu corpo. Isso é importante porque muitos desses métodos podem ter efeitos colaterais indesejáveis ou não ser adequados efetivamente para o organismo da paciente.

Prevenção de ISTs

Ainda sobre a saúde reprodutiva da mulher, é muito importante que sejam discutidas e tomadas ações de prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Entre as ISTs que mais atingem as mulheres, podemos citar:

  • Sífilis;
  • Infecção pelo vírus HIV, que pode levar à AIDS;
  • Infecção pelo vírus HPV;
  • Gonorreia;
  • Clamídia;
  • Hepatite B;
  • Herpes genital;
  • Cancro mole.

No corpo da mulher, as ISTs podem se manifestar de diversas formas. Algumas podem causar feridas, como a sífilis e a herpes genital. Outras podem ter corrimentos vaginais, ardor ao urinar e coceira. A infecção por HPV pode causar verrugas e complicações como o câncer de colo uterino. A infecção pelo HIV pode causar síndrome da imunodeficiência (AIDS).

Por isso, os cuidados com a saúde da mulher também devem se voltar a ações de prevenção às ISTs, tanto antes, quanto depois da exposição ao agente causador.

Algumas ações, como não compartilhar objetos, utilizar equipamentos esterilizados em procedimentos, usar preservativo em todas as relações sexuais, a manter a vacinação contra hepatite e HPV em dia são exemplos de métodos de prevenção. Ao notar uma possível exposição a um agente causador de IST, é fundamental procurar atendimento médico o quanto antes.

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Doenças mais comuns entre as mulheres

Como vimos, a atenção à saúde da mulher deve se voltar a diversos aspectos para promover a melhor qualidade de vida possível e prevenir certas doenças importantes em indivíduos do sexo feminino. São elas:

Câncer de mama

O câncer de mama é uma das principais preocupações da Medicina sobre a saúde da mulher, pois é o tumor maligno mais comum e com mais mortes entre as mulheres no mundo. Apesar disso, é uma doença tratável com altas chances de bons prognósticos, principalmente se detectada precocemente.

A maioria dos casos de câncer de mama são diagnosticados em exames de rotina ou após a mulher perceber um caroço anormal no seio, que pode ou não ser acompanhado de dor.

A escolha do tratamento depende do momento diagnóstico e do estado de saúde da mulher. Os principais tratamentos são a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. A agressividade dos tratamentos pode ser menor nos casos em que a doença é detectada precocemente.

Endometriose

A endometriose é uma das doenças mais comuns do sistema reprodutivo feminino. Caracteriza-se pela presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina — em outras camadas do útero, outras áreas do sistema reprodutivo, como ovários e trompas, ou mesmo em outros órgãos.

Diversos fatores podem causar a endometriose, que pode ter diversos sintomas, principalmente dores e desconforto na região pélvica e durante as relações sexuais. Além disso, a endometriose também é um dos principais fatores de infertilidade feminina.

O acompanhamento médico, principalmente se a endometriose for detectada precocemente, pode ajudar a controlar seu desenvolvimento, os sintomas e mesmo auxiliar na obtenção de gravidez nos casos de infertilidade.

Trombose

As mulheres têm risco aumentado de desenvolver doenças como a trombose, um distúrbio caracterizado pela formação de coágulos dentro dos vasos sanguíneos. A trombose costuma surgir primeiramente nos membros inferiores e, se não tratada, pode evoluir com a migração dos coágulos, aumentando o risco de complicações gravíssimas, como a embolia pulmonar.

Pelo fato do sexo feminino ser um fator de risco para a trombose, além de outras características como pós-gravidez e histórico familiar, essa doença deve receber atenção redobrada nos cuidados com a saúde da mulher. A trombofilia, que é a tendência ao desenvolvimento de trombose, também pode causar infertilidade.

Miomas

Os miomas uterinos são tumores benignos formados por tecido muscular do útero. Surgem principalmente em mulheres em idade reprodutiva, e podem causar sintomas como dores, cólicas menstruais intensas, sangramento excessivo durante a menstruação, inchaço, infertilidade e complicações na gravidez.

O tratamento depende de alguns fatores, como a idade, localização e tamanho do mioma e o estado de saúde da mulher, além de seu desejo de engravidar. Em alguns casos, pode ser necessária cirurgia para remoção dos tumores ou retirada completa do útero. Quando a mulher deseja engravidar, é importante procurar apoio de um médico especialista em Reprodução Humana.

Infecção urinária

As infecções urinárias são mais recorrentes em mulheres do que em homens. Isso ocorre porque a uretra feminina é mais curta que a masculina. Além disso, sua proximidade com o ânus e a vagina favorece a contaminação com bactérias vindas do intestino, que são nocivas ao sistema urinário.

Por esse motivo, a frequência de infecções urinárias é um dos pontos de atenção quando se fala em saúde da mulher. Em alguns casos, como após a menopausa, o risco de infecção aumenta, por causa da redução de hormônios que ajudam a controlar a proliferação de microrganismos.

A infecção urinária pode ser especialmente prejudicial à saúde da mulher quando atinge os rins (pielonefrite). Nesses casos, o tratamento deve ser feito em caráter emergencial, com internação hospitalar.

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Cuidados para uma saúde melhor

Os cuidados com a saúde da mulher devem envolver, além da busca por acompanhamento médico precoce contra as doenças e manutenção da saúde reprodutiva, a adoção de uma série de hábitos que favoreçam a qualidade de vida e diminuam os riscos de doenças e outras complicações.

Alimentação saudável

A alimentação saudável é um dos principais meios de obtenção de um bom estado de saúde da mulher. É importante não apenas comer a quantidade certa de alimentos para seu corpo, mas equilibrar os nutrientes necessários para manter o organismo em funcionamento de forma saudável.

Junto a isso, é fundamental consumir uma quantidade adequada de água diariamente — pelo menos 2 litros, variando de acordo com características individuais. Deve-se ter atenção também a alimentação nos casos em que há o diagnóstico de certas doenças ou durante a gravidez.

Evitar o tabagismo e alcoolismo

Atualmente, é consenso que o tabagismo é um dos principais males à saúde da mulher. Não somente por ser fator de risco de diversas doenças graves e da infertilidade, mas também por, gradativamente, causar piora considerável na qualidade de vida.

Além disso, o alcoolismo também deve ser controlado. O consumo exagerado de álcool pode ser prejudicial à saúde da mulher em diversos aspectos, afetando inclusive a fertilidade e predispondo o corpo a desenvolver patologias diversas e adquirir infecções.

Ter uma boa saúde mental

Os cuidados com a saúde mental são tão importantes quanto os cuidados com a saúde física. No caso da saúde da mulher, a atenção deve ser ainda mais cuidadosa, principalmente pela influência mais intensa de fatores ambientais e das alterações hormonais no corpo feminino.

Diversos fatores podem influenciar a saúde mental da mulher: vida profissional, vida social, pessoal e familiar, autoestima, pressão estética, gravidez, relacionamentos, alimentação e até alterações hormonais e metabólicas.

Nesse sentido, cuidar da saúde mental não é importante apenas para buscar uma vida plena e com qualidade emocional, mas também porque, em grande escala, essas alterações podem afetar o organismo e a saúde física como um todo.

Consultas médicas regulares

Todas as mulheres devem se consultar regularmente com seu médico. Desde a puberdade, por exemplo, é fundamental o acompanhamento com o médico ginecologista em todas as fases da vida.

No entanto, como já mencionado, os cuidados com a saúde da mulher vão além da saúde reprodutiva. Por isso, é importante realizar, periodicamente, consultas e exames para que sejam analisados diversos critérios sobre a saúde física e mental. Assim, é possível estabelecer métodos de prevenção e tratamento de possíveis diagnósticos com mais eficácia.

Praticar exercícios físicos

O sedentarismo é um fator de risco muito comum a diversas enfermidades. Por isso, a prática frequente e bem orientada de atividades físicas pode prevenir ou controlar sintomas de muitas doenças, além de contribuir para uma melhora significativa da saúde emocional.

Além disso, a prática de atividade física é fundamental para que os períodos de intensa variação hormonal, como a puberdade e a menopausa, sejam vividos com melhor qualidade. Vale lembrar também que o sedentarismo, associado a outros fatores, pode favorecer quadros de infertilidade. Por isso, a orientação às atividades físicas é também um dos principais cuidados com a saúde da mulher.

Como vimos, os cuidados com a saúde da mulher envolvem uma série de fatores fundamentais para o desenvolvimento de uma vida plena, saudável e longa. Para isso, é fundamental conhecer e ter atenção ao próprio corpo, sabendo seus limites e possibilidades.

Além disso, é importante contar com o apoio de bons profissionais de saúde nessa jornada. A Clínica BedMed oferece uma série de serviços voltados à promoção da saúde da mulher, com realização de consultas, exames preventivos e atenção médica especializada durante os tratamentos em todas as fases da vida da mulher.

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Fontes:

Ministério da Saúde;

Clínica BedMed;

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo);

Manual MSD;

Associação Brasileira de Saúde Coletiva;

Associação Brasileira de Reprodução Assistida;

Associação Brasileira de Enfermagem.

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