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Trombofilia: o que é, sintomas e possíveis tratamentos

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Mulher grávida com mãos na barriga e seringa na mão do médico

A trombofilia é uma condição de hipercoagulabilidade sanguínea que está diretamente associada a problemas obstétricos

A trombofilia é uma condição de saúde caracterizada pela maior facilidade em formar coágulos sanguíneos, aumentando o risco do indivíduo apresentar problemas como trombose venosa, embolia pulmonar ou acidente vascular cerebral (AVC). Além disso, essa patologia está associada a maior ocorrência de abortos de repetição, podendo também provocar uma série de complicações ao longo da gestação.

Mulheres gestantes ou tentantes devem receber atenção especial no que diz respeito à trombofilia, sendo cuidadosamente acompanhadas para prevenir e controlar dificuldades obstétricas. A própria gestação é um fator de risco para o desenvolvimento de eventos tromboembólicos. O risco dessa complicação (trombose) ocorrer é 40 vezes maior na gestação e pode promover inchaço, descolamento placentário ou alterações no crescimento e na vitalidade fetal.

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Entenda o que é trombofilia

Conforme explicado, a trombofilia é uma condição em que o indivíduo apresenta maior tendência à trombose, uma doença em que há formação de coágulos sanguíneos (trombos). Este problema é causado por uma deficiência na ação das enzimas responsáveis pela coagulação sanguínea, que pode estar associada a herança genética da paciente (chamadas de trombofilias hereditárias) ou a condições adquiridas ao longo da vida (chamadas de trombofilias adquiridas).

Quando a alteração é genética, o indivíduo já nasce com predisposição para o surgimento dos trombos. Neste caso, o risco de trombose aumenta em situações específicas, tais como gestação, idade avançada, obesidade e outros fatores considerados de risco.

A trombofilia adquirida pode se desenvolver a partir de condições clínicas variadas, sendo algumas delas:

  • Uso prolongado de medicamentos com alta concentração hormonal;
  • Excesso de peso corporal (sobrepeso ou obesidade);
  • Gestação;
  • Doenças oncológicas;
  • Longo período de imobilização, que geralmente ocorre após cirurgias de médio ou grande porte.

Principais sintomas e possíveis complicações da trombofilia

A principal manifestação clínica da trombofilia é a ocorrência de trombose venosa profunda, um problema que ocorre com mais frequência nos membros inferiores do corpo. Como principais sintomas relacionados a esta alteração, é possível destacar:

  • Inchaço, que pode acometer uma ou ambas as pernas;
  • Dores localizadas, independentemente de realização de esforço físico;
  • Aumento da temperatura no membro afetado;
  • Dilatação das veias;
  • Coloração azulada na pele, especialmente na área em que se encontram os coágulos.

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Além desses sintomas e das dificuldades obstétricas, a trombofilia pode levar a quadros mais graves e de alto risco à saúde. Isso porque a obstrução das veias e artérias pode causar embolia pulmonar e acidente vascular cerebral (AVC) — duas situações que muitas vezes são fatais.

É muito comum que as mulheres descubram tardiamente que são portadoras de trombofilia hereditária e que não cuidaram da condição ao longo da vida, aumentando significativamente as chances de apresentar trombose venosa profunda e as demais complicações citadas.

Trombofilia na gravidez: entenda os riscos

A trombofilia pode representar um grande desafio para mulheres que desejam engravidar ou que já estão grávidas, uma vez que essa condição pode impossibilitar o desenvolvimento saudável do bebê e até mesmo a continuidade da gestação.

Mesmo em pacientes que não apresentam a alteração, a tendência é que ocorra um aumento natural da formação de coágulos, uma vez que o organismo feminino está se preparando para o sangramento que ocorrerá no parto.

O risco de trombose em mulheres grávidas é até 40 vezes maior do que em mulheres não grávidas, justamente porque o estado gestacional induz um processo fisiológico de hipercoagulabilidade para prevenir hemorragias no momento do parto. Este mecanismo, embora natural e esperado, pode contribuir para o desenvolvimento e formação de trombos durante a gestação.

Para mulheres que já apresentavam a condição antes de engravidar, a ocorrência de trombos durante a gestação tende a ser ainda maior, podendo levar a sérias complicações, tais como abortos de repetição e obstrução do fluxo sanguíneo dos vasos da placenta — o que leva à insuficiência placentária e sofrimento fetal. As obstruções vasculares também podem causar hipertensão gestacional ou pré-eclâmpsia, uma alteração que se apresenta em graus variados e muitas vezes coloca em risco a saúde da mãe e do bebê.

As tromboses placentárias também prejudicam a nutrição e oxigenação do feto, atrapalhando o crescimento e desenvolvimento do bebê. Para mulheres que estão passando por tratamentos de Reprodução Humana Assistida, a trombofilia pode dificultar a implantação do embrião no endométrio, levando a falhas no tratamento de Fertilização in Vitro.

Como é feito o diagnóstico?

A trombofilia é diagnosticada a partir do exame clínico e histórico médico e familiar da paciente, sendo confirmada por exames de sangue que procuram mutações genéticas relacionadas à coagulação sanguínea. Também podem ser solicitadas avaliações de dosagens de enzimas coaguladoras e estudos de imagem (ultrassom doppler de membros inferiores, por exemplo) para localizar os coágulos e entender a gravidade da alteração.

Na gravidez, o médico deverá realizar uma investigação clínica para descobrir se há risco aumentado de desenvolver trombose. Isso é feito juntamente com os exames que compõem o acompanhamento pré-natal da paciente. Entretanto, não é recomendado realizar exames de rastreamento para trombofilias durante a gravidez, pois os hormônios gestacionais podem afetar os resultados dos exames. A avaliação e possível diagnóstico da trombofilia deve ser feito, prioritariamente, antes da gestação.

Tratamento para trombofilia e cuidados durante a gestação

O tratamento para a condição é feito basicamente por meio da adoção de cuidados para evitar quadros de trombose, prevenindo a formação de coágulos e suas sequelas. Algumas das principais recomendações incluem o controle de doenças que favorecem a trombofilia, tais como obesidade, pressão alta e diabetes. Também é recomendado que a paciente evite ficar muito tempo parada, especialmente em viagens ou durante uma internação.

Em casos mais graves, pode ser necessário utilizar medicamentos anticoagulantes de maneira contínua. A administração de substâncias farmacológicas geralmente é necessária também ao longo da gestação, devendo ser continuado mesmo após o parto. É fundamental que as pacientes sejam sempre acompanhadas por um profissional especializado, seguindo cuidadosamente o tratamento recomendado.

Outros cuidados que podem ser recomendados para pacientes com trombofilia são:

  • Controle do peso corporal;
  • Adoção de dieta equilibrada;
  • Prática regular de atividades físicas;
  • Eliminação do tabagismo;
  • Controle de doenças crônicas e manutenção da saúde geral.

Para saber mais a respeito de como a trombofilia afeta a fertilidade feminina e como é possível contornar esta questão, entre em contato e agende uma consulta com os profissionais da clínica BedMed.

 

Fontes:

Portal PebMed;

Biblioteca Virtual em Saúde.

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