A gravidez é um processo que promove diversas alterações fisiológicas, associadas a mudanças físicas, sociais e emocionais.
Durante esse período, é fundamental que a gestante realize o acompanhamento pré-natal, que promove, por meio de uma série de consultas e exames físicos, laboratoriais e ultrassonográficos, uma gestação saudável e um correto seguimento do desenvolvimento do bebê.
No entanto, em alguns casos, são identificadas algumas alterações durante o seguimento pré-natal que podem indicar a necessidade de um acompanhamento mais próximo e frequente.
Nessas condições, o seguimento pré-natal é chamado de alto risco. Essas alterações ocorrem em cerca de 10% a 15% das gestações.
Índice
Quais são as principais indicações para um pré-natal de alto risco?
O seguimento pré-natal sempre deve ocorrer de forma individualizada e, em determinados casos, é fundamental que o obstetra esteja ciente sobre os maiores cuidados que devem ser tomados.
Os principais exemplos de gestantes que devem realizar o seguimento pré-natal de alto risco são:
- Gestantes com idade menor do que 17 anos ou maior do que 40 anos: os extremos da idade reprodutiva aumentam a incidência de prematuridade e morbidade gestacional;
- Grávidas com altura menor do que 1,45 m: maior risco de complicações na hora do parto em decorrência da possível alteração anatômica da bacia;
- Exposição constante a agentes físico-químicos nocivos: maior risco de teratogenicidade e restrição de crescimento fetal;
- Dependência de drogas lícitas ou ilícitas: maior risco de desenvolvimento de abstinência do recém-nascido ao nascimento, além do risco de prematuridade e restrição de crescimento fetal;
- Peso materno inadequado (tanto para obesidade quanto para desnutrição extrema): maior prevalência de prematuridade;
- Histórico de abortamento de repetição;
- Intervalo entre partos menor do que 1 ano e meio: maior incidência de autismo, ruptura uterina, hemorragia intraparto e prematuridade;
- Doenças hipertensivas da gestação, incluindo a pré-eclâmpsia e eclâmpsia;
- Diabetes gestacional;
- Trabalho de parto prematuro;
- Cardiopatias;
- Pneumopatias;
- Neoplasias ginecológicas;
- DSTs;
- Desenvolvimento uterino maior ou menor do que o esperado para a idade gestacional;
- Gestação múltipla, entre outros.
Em resumo, pode-se afirmar que um pré-natal de alto risco é aquele no qual a gestante apresenta alguma condição ou predisposição sociobiológica que pode alterar o desenvolvimento adequado do bebê e interferir no resultado final da gestação.
Como é realizado o seguimento pré-natal de alto risco?
É essencial que a gestante, ao saber que a gestação depende de um acompanhamento pré-natal de alto risco, tenha em mente que a atenção deve ser redobrada e que os cuidados devem ser intensificados nessa fase, para que tanto ela quanto o bebê fiquem bem.
Uma gestação de alto risco precisa ser acompanhada mais de perto e com uma frequência maior pelo obstetra, por meio de consultas periódicas e monitorização criteriosa.
Dependendo ainda do fator que exige que a gestação tenha um acompanhamento de pré-natal de alto risco, os hábitos de vida da mamãe também podem ser alterados, como o aconselhamento nutricional, repouso físico e tratamentos específicos para que a condição não interfira no resultado final da gravidez.
O ideal é sempre seguir a orientação do médico obstetra e ficar atenta a qualquer indício que indique uma possível alteração do processo fisiológico gestacional.