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O que é a translucência nucal?

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O que é a translucência nucal?

Imagem: Shutterstock

A translucência nucal é o acúmulo de líquido localizado na região cervical posterior do feto, mensurado durante a realização do ultrassom morfológico fetal do primeiro trimestre gestacional.

Diversos estudos já demonstraram que a avaliação da medida da translucência nucal deve ser utilizada como rastreamento para possíveis malformações cromossômicas fetais, tendo em vista que essas malformações cursam com um acúmulo maior de líquido na região da nuca.

Devido a isso, quando identificada uma medida aumentada de translucência nucal, o obstetra deve orientar o casal a respeito da realização de exames mais específicos para um diagnóstico definitivo, tais como a biópsia de vilo corial, a amniocentese ou o teste pré-natal não invasivo.

Como é feita a medida de translucência nucal?

A medição da translucência nucal deve ser realizada entre a 11° até a 14° semana de gestação, período em que o feto deverá ter uma medida de comprimento crânio nádegas (CCN) entre 45 a 84 mm.

O obstetra realiza a medição da translucência nucal quando o feto está de perfil e medidas superiores a 2,5 mm devem ser consideradas alteradas, indicando – porém, não confirmando – a possibilidade do bebê apresentar algum tipo de malformação cromossômica.

Além de considerar a medida isolada da translucência nucal, é fundamental que o obstetra se atente a outros dados, tais como a idade materna, histórico familiar de malformações cromossômicas e a presença ou não de outras estruturas que servem como rastreamento de possíveis malformações cromossômicas fetais, tais como o osso nasal ou a análise do fluxo sanguíneo do ducto venoso.

Como é feita a medida de translucência nucal

Qual é a vantagem de realizar a medida da translucência nucal?

A análise da translucência nucal (TN) permite avaliar o risco de o bebê apresentar malformações cromossômicas, tais como a Síndrome de Edwards, Patau ou Down.

Sabe-se que muitas dessas alterações promovem um aumento no número de abortos espontâneos ou, até mesmo, óbitos fetais tardios.

A vantagem de realizar a avaliação da TN é que, caso ela esteja dentro dos parâmetros considerados normais (abaixo de 2,5 mm), a paciente pode continuar o seguimento pré-natal de forma habitual, não sendo necessária a realização de qualquer outro tipo de exame laboratorial complementar.

No entanto, caso seja detectada alguma alteração na medida da TN, o casal deve realizar exames mais específicos, tais como a amniocentese ou a biópsia do vilo corial, para firmar o diagnóstico.

Vale lembrar que, mesmo que o ultrassom morfológico fetal do primeiro trimestre esteja normal, a gestante deverá manter o acompanhamento pré-natal e a realização dos demais exames ultrassonográficos, principalmente o ultrassom morfológico fetal do segundo trimestre (que deve ser feito entre 20 a 24 semanas de gestação).

Independentemente do casal possuir ou não histórico familiar de malformações cromossômicas, síndromes genéticas ou abortamentos prévios, a avaliação da translucência nucal deve ser realizada de forma mandatória durante a gestação, auxiliando no desenvolvimento saudável da gestação e, consequentemente, do bebê.

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