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Menopausa precoce: entenda como diagnosticar

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Menopausa precoce: entenda como diagnosticar

Imagem: Shutterstock

A menopausa precoce é caracterizada pela irregularidade prematura do ciclo menstrual, que pode estar acompanhada de oscilações de humor e surgimento de ondas de calor

A menopausa sinaliza o fim da menstruação e, consequentemente, da fase reprodutiva da mulher. Esse evento costuma acontecer entre os 45 aos 55 anos de idade e vem acompanhado de sintomas decorrentes da queda na produção dos hormônios sexuais. No entanto, existem situações em que ocorre de forma prematura, sendo denominada menopausa precoce.

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O que é menopausa precoce?

A menopausa precoce, também conhecida como insuficiência ovariana primária, é a condição em que os ovários não desempenham mais as funções corretas antes dos 40 anos. Dessa forma, os níveis de hormônios estrogênio ficam abaixo dos valores de referência e os óvulos não são liberados da maneira esperada.

As mulheres nascem com todos os óvulos que serão liberados ao longo da idade fértil, não sendo possível fabricá-los ao longo da vida. Na menopausa precoce esse estoque ovariano reduz de forma drástica e precocemente.

Quais são as principais causas da menopausa precoce?

As causas da menopausa precoce são variadas. Algumas delas incluem:

  • Anomalias genéticas, como a síndrome do X frágil e a síndrome de Turner;
  • Doenças autoimunes, uma vez que os anticorpos produzidos pelo organismo atacam estruturas do corpo, como os ovários;
  • Distúrbios metabólicos;
  • Infecções virais como a caxumba;
  • Hábitos nocivos, como o uso do tabaco;
  • Quimioterapia ou radioterapia em tratamentos de câncer;
  • Retirada cirúrgica dos ovários.

Sintomas da menopausa precoce

Os primeiros sinais da insuficiência ovariana primária são as irregularidades menstruais, com ciclos mais curtos ou mais longos que os habituais, ou mesmo a ausência da menstruação. Algumas mulheres sentem ondas de calor, suores noturnos e mudanças bruscas de humor.

Outros indícios relacionados às consequências da redução dos hormônios são a diminuição da densidade mineral óssea e o ressecamento vaginal (atrofia urogenital). Além disso, a mulher também pode sentir os efeitos do distúrbio causador da menopausa precoce. Se a origem do problema está em uma doença autoimune, por exemplo, a paciente sofre com os sintomas associados a ela simultaneamente.

Como é realizado o diagnóstico da menopausa precoce?

A menopausa precoce é investigada quando a mulher tem menos de 40 anos de idade e relata a ausência de menstruação e a dificuldade para engravidar. A possibilidade de gravidez deve ser descartada com a realização de um teste de gravidez (teste sanguíneo ou urinário). Depois, o médico solicita exames subsidiários.

Um deles é a medição dos níveis de estrogênio e de hormônio folículo-estimulante (FSH), responsáveis por estimular os ovários na liberação de óvulos. A repetição do exame após um período determinado pelo médico pode ser necessária para garantir a precisão do resultado.

Como a menopausa precoce está comumente relacionada a algum distúrbio, exames complementares podem ser solicitados tanto para fechar o diagnóstico quanto para tratar a origem do problema. Se houver a suspeita de tireoidite, por exemplo, os níveis de hormônios tireoidianos e de autoanticorpos tireoidianos no sangue devem ser verificados.

Análises do sangue para verificar o hormônio anti-mulleriano servem para a avaliação da reserva ovariana e para medir as possibilidades de gravidez após tratamentos com medicamentos de fertilidade. A densidade mineral óssea também pode ser medida, por meio da densitometria óssea, para investigar osteoporose.

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Existem tratamentos para a menopausa precoce?

Não existe a possibilidade de restabelecer o funcionamento dos ovários, mas existem tratamentos para os impactos da menopausa precoce na saúde. A reposição hormonal é um procedimento que ameniza os efeitos da queda da produção de hormônios, como a secura vaginal, as oscilações de humor e a osteoporose.

Os tratamentos para a menopausa precoce costumam ser realizados até a mulher atingir a idade média em que ocorre a menopausa padrão, por volta dos 51 anos. Uma avaliação das condições de saúde deve ser feita pelo médico para considerar os benefícios de se manter a reposição hormonal.

Outras maneiras de melhorar a qualidade de vida nos casos de menopausa precoce são:

  • Exercícios e dieta equilibrada;
  • Antidepressivos, dependendo dos sintomas emocionais relatados;
  • Tratamentos para doenças relacionadas.

Posso engravidar com menopausa precoce?

A gestação espontânea no cenário da menopausa precoce é muito rara, mas não impossível, uma vez que o organismo pode manter ainda uma quantidade mínima de óvulos, que podem ser liberados ocasionalmente se ainda existir algum funcionamento dos ovários a princípio. Porém, de forma geral, a forma mais assertiva para quem deseja engravidar é recorrer às técnicas de Reprodução Assistida.

Como a Reprodução Assistida pode auxiliar?

A Fertilização in Vitro é uma metodologia de Reprodução Assistida que beneficia mulheres com menopausa precoce. Em casos que é possível coletar óvulos da paciente, a fecundação ocorre em laboratório com o espermatozoide também colhido de seu parceiro ou de um doador.

Se a reserva ovariana for insuficiente ou os óvulos forem inviáveis, a doação de gametas femininos de uma mulher mais jovem é uma alternativa. A fertilização ocorre com os espermatozoides de seu parceiro ou de um doador e os embriões são transferidos para o interior do útero, prosseguindo com a gestação.

A Reprodução Assistida oferece diferentes metodologias que auxiliam diversos problemas de infertilidade. O aconselhamento com o especialista permite compreender as necessidades e as características do casal para a escolha do tratamento mais adequado.

Saiba mais sobre a técnica agendando uma consulta com a clínica BedMed

 

FONTES:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia

Associação Brasileira de Reprodução Assistida

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