Médico ginecologista alerta: Você sabia que aproximadamente 4.800 mulheres morrem por ano de câncer de colo do útero no Brasil?
Como o próprio nome já diz, esse tipo de câncer acomete a região do colo uterino (denominada região cervical), localizada na porção mais inferior do útero.
É uma doença de evolução lenta e geralmente não causa sintomas em sua fase inicial. Os principais sintomas da fase tardia da lesão são: sangramento durante a relação sexual, corrimento vaginal de odor fétido e cólica abdominal constante e refratária ao uso de medicações.
O câncer de colo uterino é uma doença grave, sendo que cerca de 19.000 novos casos são diagnosticados por ano no Brasil.
A principal causa do desenvolvimento desse tipo de câncer é a infecção por um vírus denominado HPV (sigla para Papiloma Vírus Humano – do inglês Human Papillomavirus).
É um vírus muito prevalente em nossa população. Estudos recentes estimam que cerca de 75 a 80% da população contraia um ou mais tipos de HPV em algum momento da vida.
Esse vírus é transmitido principalmente por relação sexual (contato pele a pele, sexo oral, sexo vaginal ou sexo anal) e, em alguns casos, pode ser transmitido por contato indireto (por exemplo: contato próximo com roupas íntimas).
O vírus apresenta tropismo por pele ou mucosa e nem mesmo o uso de preservativo durante a relação sexual previne 100% a disseminação do mesmo (o preservativo ajuda a reduzir a transmissão, mas não garante a proteção total contra o contágio).
Atualmente existem cerca de 200 subtipos de vírus HPV, dos quais cerca de 40 acometem a região genitália de ambos os sexos.
Desses 40 subtipos virais, alguns apresentam comportamento benigno, gerando verrugas genitais (formações de consistência amolecida chamadas de condilomas) e, alguns, apresentam comportamento maligno, evoluindo para lesões pré-cancerígenas (chamadas de NIC, NIVA ou NIV – a depender do local acometido).
Caso a infecção pelo HPV não seja diagnosticada, pode ocorrer uma proliferação da lesão viral com conseqüente contágio das células que revestem a genitália tanto masculina como feminina.
Ao longo do tempo, essa lesão pode progredir para o câncer propriamente dito. A infecção pelo HPV pode acometer o colo do útero, vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca.
Médico ginecologista recomenda duas maneiras para prevenir o surgimento do câncer de colo do útero
A primeira delas baseia-se na realização do exame preventivo, mais conhecido como Papanicolaou (ou citologia oncótica).
Todas as mulheres com vida sexual ativa devem fazer o exame periodicamente (pelo menos 1x ao ano). Vale lembrar que as lesões da genitália geralmente não têm sintomas na fase inicial e que, quando o diagnóstico ocorre nessa fase, as chances de cura são extremamente altas.
A segunda forma para prevenir o surgimento de lesões pelo HPV é a vacinação. Por meio de tecnologia biomolecular, foi criada a vacina com uma partícula semelhante à cápsula do vírus (partícula chamada de VLP = do inglês, vírus like particle).
Hoje existem dois tipos de vacinas disponíveis no mercado: a quadrivalente (protege contra os subtipos 6, 11, 16 e 18) e a bivalente (protege contra os subtipos 16 e 18).
Elas são administradas em um regime de três doses, com intervalos de 1 e 6 meses. O governo brasileiro iniciou uma campanha pública de vacinação para meninas entre 11 a 13 anos de idade em 2014 e entre 9 a 11 anos de idade em 2015, porém o foco principal da vacina é a prevenção de mulheres entre 9 a 26 anos de idade.
É importante ressaltar que as vacinas são seguras e imunogênicas para mulheres até os 55 anos de idade e que meninas portadoras de HPV também podem realizar a vacinação.
Os principais fatores que aumentam as chances de infecção pelo HPV são: início precoce da atividade sexual, múltiplos parceiros sexuais, relação sexual desprotegida, tabagismo, uso de drogas, má higiene íntima e doenças auto-imunes.
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