É possível engravidar depois de um tratamento contra o câncer de mama, mas é importante ter atenção a alguns detalhes
Muitas mulheres que passam por tratamentos contra o câncer de mama desejam engravidar. No entanto, elas costumam ter receio por causa da ação dos medicamentos e outras terapias sobre a fertilidade. Além disso, também existe o medo de recidiva do câncer de mama por causa da gravidez.
Apesar das preocupações e da possibilidade de o tratamento afetar a fertilidade, é possível ter, de forma saudável, uma gravidez após câncer de mama. No entanto, para isso, é importante ter atenção a alguns detalhes. Entenda a seguir.
Índice
Qual é a possibilidade de gravidez após o câncer de mama?
Muitos tratamentos contra o câncer podem ser nocivos à fertilidade. Quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia, que são os métodos mais realizados contra o câncer de mama, podem atacar as células germinativas e causar falência ovariana e menopausa precoce, levando à infertilidade.
Por isso, é importante ter em mente que a gravidez após câncer de mama é possível, mas as chances de obtenção espontânea após o tratamento são pequenas (cerca de 10%).
Ainda assim, é possível aumentar as chances de obter uma gravidez após câncer de mama por meio da Reprodução Humana Assistida ou realizando, antes de se submeter aos tratamentos contra a doença, procedimentos de preservação da fertilidade.
Ao se decidir por ter uma gravidez após câncer de mama, seja de forma espontânea ou com o auxílio de tratamentos, é importante que a mulher converse com um oncologista para acompanhar seu estado de saúde, evitando possíveis complicações que possam ser nocivas para seu corpo e para o bebê.
Quanto tempo esperar depois do tratamento?
Os tratamentos de câncer de mama são conhecidos por seus efeitos colaterais intensos em diversas partes do corpo. Por isso, no caso de uma gravidez após câncer de mama, é importante esperar, pelo menos, 5 anos para que haja uma boa recuperação dos efeitos do tratamento.
Esse tempo também é necessário para que os efeitos do tratamento contra o câncer de mama não sejam nocivos ao feto, tanto durante seu desenvolvimento, quanto durante a amamentação.
No entanto, toda situação deve ser analisada individualmente. Numa conversa com o oncologista e o médico especialista em Reprodução Humana, é possível determinar o melhor momento para uma gravidez após câncer de mama.
Reprodução Humana Assistida como alternativa
Como dito anteriormente, é possível aumentar as chances de sucesso na obtenção de uma gravidez após câncer de mama por meio de tratamentos de Reprodução Humana Assistida. São eles:
- Fertilização in vitro (FIV): os óvulos são coletados após estimulação e fertilizados em ambiente laboratorial. Os embriões gerados são transferidos posteriormente, com maiores chances de implantação;
- Mini FIV: semelhante à FIV, porém com menos óvulos coletados (mas de maior qualidade);
- Doação de óvulos: pode ser realizada quando a mulher não apresenta uma boa quantidade de óvulos. Nesse caso, a FIV é realizada com óvulos provenientes de uma doadora anônima;
- Congelamento de óvulos: estratégia de preservação da fertilidade, os óvulos podem ser congelados antes do tratamento contra o câncer de mama, podendo ser utilizados posteriormente em FIV.
A gravidez pode aumentar as chances de recidiva?
Uma das principais preocupações das mulheres que desejam uma gravidez após câncer de mama é a respeito das chances de recidiva da doença, principalmente por causa das relações entre esse tipo de câncer e as taxas de estrogênio ou progesterona no corpo.
No entanto, apesar do medo, a gravidez após câncer de mama não aumenta as chances de recidiva da doença. Isso também vale para a amamentação. Diversos estudos apontam que as taxas de recidiva da doença são as mesmas entre mulheres que engravidaram e que não engravidaram. No caso da amamentação, existe inclusive a possibilidade de diminuir o risco de recidiva do câncer de mama.
Para saber mais sobre esse e demais assuntos, entre em contato com a Clínica BedMed.
Fontes: