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O que fazer com os embriões excedentes?

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O que fazer com os embriões excedentes?

Imagem: Shutterstock

Ilustração contendo 4 embriões completos em evidência, com o centro vermelho
Fonte: Shutterstock

Embriões excedentes podem ser descartados após um determinado período de congelamento ou armazenados para futuras gestações ou doações desde que sigam regras

É comum que a fertilização in vitro dependa de mais de uma tentativa para que a gestação aconteça. A idade materna, a qualidade dos gametas e a causa da infertilidade do casal são fatores que influenciam na taxa de sucesso do tratamento. Por isso, a fertilização dos gametas em laboratório é feita em quantidades que, usualmente, resultam na formação de embriões excedentes.

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Embriões excedentes: o que são?

Os embriões excedentes são embriões que não foram transferidos para o interior do útero, por meio do procedimento denominado transferência embrionária. Como não é garantido que a implantação e evolução da gravidez ocorram na primeira transferência, os embriões são produzidos em maior quantidade para permitir um número maior de tentativas ou para permitir que o casal venha a ter, no futuro, mais de uma gestação.

Minha FIV deu certo: o que fazer com os embriões excedentes?

Após o sucesso da fertilização in vitro, os embriões excedentes podem ser criopreservados para utilização futura. Por lei, é obrigatório o armazenamento deles pelo período mínimo de três anos. Se o casal não desejar mantê-los criopreservados para futuras gestações, o Conselho Federal de Medicina permite descartá-los ou doá-los para um casal receptor infértil (doação anônima) ou doá-los para pesquisa científica após esse período.

Ainda na etapa de criopreservação, o casal declara em documentos quais são as intenções relacionadas ao futuro dos embriões excedentes entre as alternativas permitidas, o que preserva a vontade inicial se houver divórcio, doença grave ou falecimento entre as partes.

Doar para um casal receptor

Doar para um casal receptor infértil é um dos possíveis destinos dos embriões excedentes. As clínicas que cuidam das doações mantêm amostras de material celular dos doadores, além de registros relacionados aos dados clínicos e características físicas do casal, ampliando as informações para a escolha do casal receptor.

As doações podem ser feitas desde que não exista finalidade lucrativa e que doadores e receptores não conheçam a identidade uns dos outros (doação anônima). No geral, os embriões excedentes são ligados a melhores taxas de gravidez por estarem relacionados a casais jovens e que obtiveram sucesso em tratamentos prévios.

Essa alternativa beneficia pessoas em situações distintas, tais como:

  • Casais com infertilidade que não conseguem ou não podem engravidar com uso de gametas próprios;
  • Mulheres que buscam maternidade solo, mas não possuem boa reserva ovariana;
  • Casais com idade avançada e infertilidade que desejam reduzir o risco de alterações cromossômicas embrionárias.

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Doar para pesquisa

Os embriões excedentes podem ser doados para pesquisas se os genitores deixarem registrado em documento esse objetivo. Nesse caso, a Lei de Biossegurança permite a utilização de células-tronco embrionárias oriundas de embriões não utilizados na FIV, desde que tenha sido respeitado o tempo obrigatório de armazenamento de 3 anos ou sejam embriões inviáveis.

Além de assinar a permissão de doação para pesquisa, é preciso que a autorização seja vinculada especificamente a um projeto aprovado por órgãos reguladores, como a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa e o Comitê de Ética em Pesquisa, informando títulos e demais dados da pesquisa no termo de consentimento.

Descartar embriões excedentes

Finalizado o tempo mínimo determinado para a criopreservação dos embriões excedentes, eles podem ser descartados legalmente. Outro cenário que possibilita o descarte é quando os responsáveis não são encontrados pela clínica e não existe documentação explícita sobre a vontade inicial do casal.

O que o CFM diz sobre os embriões excedentes?

O Conselho Federal de Medicina permite a criação de múltiplos embriões em laboratório para os ciclos de fertilização in vitro e viabiliza as destinações mencionados para os embriões excedentes: o descarte, a doação para pesquisas ou a doação para outros casais ou indivíduos com infertilidade.

Vale lembrar que os critérios para o destino dos embriões excedentes devem ser seguidos, como o tempo mínimo de criopreservação de três anos, o anonimato entre casais doadores e receptores ou a escolha de pesquisas que sejam aprovadas por órgãos competentes.

Entre em contato com a Clínica BedMed para saber mais sobre as técnicas e as possibilidades de uso dos embriões excedentes.

 

Fontes:

Conselho Federal de Medicina

Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida

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