Procedimento regulamentado no Brasil, a doação compartilhada de óvulos permite que mulheres compartilhem material biológico e custos financeiros da FIV
A doação compartilhada de óvulos é uma prática cada vez mais utilizada e legalmente regulamentada no Brasil, ajudando muitas mulheres a realizarem o sonho de serem mães. Esse método de Reprodução Assistida beneficia tanto a doadora quanto a receptora, proporcionando acesso a tratamentos de Fertilização in Vitro (FIV) e possibilitando que mulheres com dificuldades de engravidar, seja por idade avançada ou outras situações médicas, possam ter filhos.
Além disso, a doação compartilhada de óvulos permite que o custo do tratamento seja dividido entre ambas as partes, o que torna o processo mais acessível.
Conheça a doação compartilhada de óvulos e tire suas dúvidas!
Índice
O que é a doação compartilhada de óvulos?
A doação compartilhada de óvulos consiste na doação de óvulos pela mulher que está passando por um tratamento de FIV. Essa doação tem como destino outra mulher que também se submete ao tratamento, porém não pode produzir ou possui alguma limitação na sua contagem de óvulos.
As duas compartilham os custos do tratamento, o que reduz significativamente o valor para ambas. A ovodoação é completamente anônima e regulamentada, garantindo que tanto a doadora quanto a receptora mantenham sua privacidade e sigilo sobre o processo.
Quando a doação compartilhada de óvulos é indicada?
Esse tipo de doação é indicado para mulheres que não conseguem engravidar com seus próprios óvulos devido a diversos fatores, como:
- Idade avançada;
- Baixa reserva de óvulos;
- Insuficiência ovariana precoce;
- Problemas genéticos que podem ser transmitidos para o bebê;
- Mulheres que passaram por tratamentos contra o câncer e tiveram sua fertilidade comprometida.
Por outro lado, a doadora geralmente é uma mulher em tratamento de FIV que tem boa reserva ovariana e está disposta a compartilhar seus óvulos com outra paciente.
O que diz o CFM?
No Brasil, a doação compartilhada de óvulos é regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que estabelece normas para garantir a ética e a segurança do procedimento. De acordo com a Resolução CFM n.º 2.320/2022, a doação deve ser anônima e não remunerada. Além disso, as doadoras devem ter no máximo 37 anos e não podem ter doenças genéticas ou transmissíveis.
O CFM também determina que a receptora dos óvulos seja informada sobre as condições do processo e que o material genético doado passe por rigorosos exames de saúde para garantir a qualidade e a segurança dos óvulos. Outro ponto importante é que as identidades da doadora e da receptora devem ser mantidas em sigilo, o que significa que ambas as partes que participam da doação compartilhada de óvulos não devem se conhecer.
Como a doação compartilhada de óvulos é realizada?
A doação compartilhada de óvulos segue o mesmo protocolo de uma FIV. A doadora passa por estimulação ovariana, onde são administrados medicamentos hormonais para que ela produza mais óvulos do que em um ciclo menstrual normal.
Após a coleta dos óvulos, uma parte é utilizada para o tratamento da própria doadora, enquanto o excedente é doado para a receptora. Os óvulos são fertilizados com o sêmen do parceiro da receptora ou de um doador, e os embriões resultantes são transferidos para o útero da receptora.
Quais são os benefícios da doação compartilhada de óvulos para as receptoras?
Para as receptoras, a doação compartilhada de óvulos oferece uma oportunidade única de realizar o sonho da maternidade, especialmente em casos de mulheres com baixa reserva ovariana ou problemas de fertilidade.
Outro ponto que faz a diferença e torna a doação compartilhada de óvulos um grande atrativo é a chance de compartilhar os custos do tratamento com a doadora, o que torna o processo financeiramente mais viável para ambas as partes.
Quais são as chances de gravidez com óvulos doados?
Quando a mulher apresenta idade avançada ou problemas que comprometem sua reserva ovariana, é possível afirmar que as chances de gravidez com óvulos doados serão mais altas do que com os próprios óvulos da paciente.
Isso ocorre porque os óvulos doados passam por um rigoroso processo que certifica a sua qualidade e garante que são uma alternativa saudável para uma gestação. Estudos indicam que a taxa de sucesso da FIV com óvulos doados pode chegar a 60%.
Diferença entre ovodoação compartilhada e voluntária
A principal diferença entre a ovodoação compartilhada e a voluntária é que, na doação compartilhada de óvulos, a mulher que doa os óvulos também está passando por um tratamento de Fertilização in Vitro e compartilha os custos do tratamento com a receptora. Já na doação voluntária, a mulher doa seus óvulos sem estar realizando tratamento de FIV, e não recebe nenhum benefício financeiro em troca.
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