Entenda como funciona o procedimento, em quais casos é recomendado e por que é tão procurado por pessoas que desejam preservar a fertilidade
Cada vez mais, as pessoas tem buscado maior autonomia para gerenciar suas vidas com o objetivo de conciliar planos pessoais e profissionais. O interesse crescente em adiar a gestação é uma prova desse comportamento atual da sociedade e os números deixam claro essa tendência. Somente no ano de 2023, foram realizados mais de 115 mil congelamentos de embriões no Brasil, um aumento de 20% em relação ao ano de 2020.
O congelamento de embriões é uma técnica moderna, amplamente utilizada na Medicina Reprodutiva e representa uma importante alternativa para quem deseja preservar a fertilidade ou aumentar as chances de sucesso em tratamentos de Reprodução Assistida. Trata-se de um procedimento seguro, regulamentado e com resultados expressivos em termos de gravidez futura.
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O que é o congelamento de embriões?
O congelamento de embriões, também conhecido como criopreservação, é um procedimento que consiste em armazenar embriões em tanques de nitrogênio líquido a temperaturas extremamente baixas (cerca de -196°C), com o objetivo de preservá-los para uso futuro.
Os embriões são obtidos por meio da Fertilização in Vitro (FIV), quando os óvulos da mulher são fertilizados com espermatozoides em laboratório. A técnica de preservação da fertilidade permite que o casal ou a pessoa que realize o processo possa adiar a gestação sem perder a viabilidade dos embriões já formados.
Quando o congelamento de embriões é indicado?
O congelamento de embriões pode ser uma alternativa indicada para diferentes cenários, entre eles:
- Tratamentos de FIV com embriões excedentes, que podem ser congelados para ciclos futuros ou se o casal desejar ter outros filhos;
- Preservação da fertilidade por motivos pessoais ou médicos, como antes de tratamentos oncológicos;
- Quando há risco de síndrome da hiperestimulação ovariana (SOP) e a transferência embrionária precisa ser adiada;
- Mulheres com histórico de menopausa precoce na família ou histórico pessoal de baixa reserva ovariana.
Em qualquer um desses cenários, o congelamento oferece a possibilidade de preservar o potencial de uma gestação futura com segurança.
Como é realizado o congelamento de embriões?
A primeira etapa do congelamento de embriões envolve a administração de hormônios que estimulam os ovários a liberarem um maior número de óvulos maduros. Quando eles estão desenvolvidos, são aspirados dos ovários por meio de uma punção e fecundados em laboratório com o sêmen do parceiro ou de um doador.
Após a fertilização, os embriões são cultivados por alguns dias, geralmente até o 5º ou 6º dia de desenvolvimento, até atingir o estágio de blastocisto. Nessa etapa, os embriões viáveis podem ser congelados por meio da técnica de vitrificação, que é um método de congelamento ultrarrápido que utiliza soluções crioprotetoras para evitar a formação de cristais de gelo no interior das células, preservando sua estrutura.
Os embriões vitrificados são então colocados em tanques de nitrogênio líquido e podem ficar armazenados por tempo indeterminado, até o momento em que a pessoa ou casal decida utilizá-los para uma transferência uterina.
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Quais são as chances de engravidar com embriões congelados?
As taxas de sucesso de uma gravidez com embriões congelados são bastante animadoras. Graças aos avanços da técnica de vitrificação, as chances de gravidez com embriões congelados são semelhantes ou até superiores às obtidas com embriões frescos, dependendo do caso.
Enquanto embriões frescos são transferidos no mesmo ciclo da estimulação ovariana, os congelados podem ser transferidos em um momento mais adequado, com o útero mais receptivo, por exemplo. Isso pode melhorar as taxas de implantação e reduzir riscos hormonais.
De forma geral, as taxas de gravidez com embriões congelados variam entre 40% e 60% por transferência, dependendo da idade da mulher no momento do congelamento, da qualidade embrionária e das condições da clínica.
Quais são os riscos do congelamento de embriões?
Apesar de ser um procedimento seguro e amplamente realizado, o congelamento de embriões pode envolver alguns riscos, ainda que mínimos. São eles:
- Perda de viabilidade de um pequeno percentual de embriões no processo de descongelamento;
- Riscos relacionados ao procedimento de Fertilização in Vitro em si, como a síndrome de hiperestimulação ovariana durante a coleta de óvulos;
- Maior risco de complicações para a gestante, como a hemorragia pós-parto, segundo alguns estudos.
Quanto custa para congelar embriões?
Os valores para o congelamento de embriões podem variar bastante, de acordo com a localização da clínica, sua infraestrutura e o tipo de tratamento realizado. Por essa razão, é difícil mencionar valores sem uma avaliação personalizada do caso, uma vez que vários fatores influenciam nos custos finais do tratamento, tais como:
- Tecnologia utilizada pela clínica;
- Experiência e qualificação da equipe envolvida, formada por médicos, embriologistas e enfermeiros;
- Serviços adicionais, já que alguns casos podem demandar a necessidade de procedimentos complementares, como análise genética dos embriões, que são cobrados à parte;
- Tempo de armazenamento, que inclui também as taxas referentes à manutenção do material em nitrogênio líquido.
Qual a diferença entre congelar óvulos e embriões?
No congelamento de óvulos, apenas o gameta feminino é preservado. O material é coletado e armazenado antes de ser fertilizado com os espermatozoides. A mulher pode usar os óvulos congelados futuramente com o sêmen de um parceiro ou doador.
Já o congelamento de embriões, como vimos, ocorre após a Fertilização in Vitro do óvulo e espermatozoide, preservando o embrião formado.
Congelar óvulos oferece mais autonomia para a mulher, que não necessita de um parceiro no momento da coleta, enquanto preservar os embriões é uma decisão compartilhada e indicada para casais que queiram ter mais filhos no futuro.
Como escolher uma clínica para congelar embriões?
Escolher uma clínica de Reprodução Humana é uma decisão importante para quem pensa em congelar embriões. Para ter uma escolha assertiva, avalie os seguintes pontos:
- Transparência nos resultados e taxas de sucesso em procedimentos anteriores;
- Experiência da equipe médica e embriologistas;
- Tecnologia utilizada nos laboratórios para o cultivo embrionário e vitrificação;
- Acolhimento emocional durante o processo.
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Fontes: