O especialista em ginecologia dá dicas de como acabar ou reduzir com a cólica menstrual; cerca de 33 milhões de brasileiras apresentam cólicas menstruais intensas, a ponto de atrapalhar sua eficácia e produtividade no trabalho. Isso ocorre devido à liberação de uma substância denominada prostaglandina.
A prostaglandina tem esse nome, pois os cientistas acreditavam que ela era produzida pelas células localizadas na próstata.
Ao longo do tempo, viu-se que essa substância, na realidade, é produzida por quase todas as células do corpo, tanto feminino quanto masculino e, é responsável por uma série de reações celulares.
Duas das principais reações ocasionadas pela ação da prostaglandina são: a contratilidade uterina e uma resposta fisiológica inflamatória aumentada.
Essas ações da prostaglandina ocorrem justamente no período pré-menstrual e durante os primeiros dias da menstruação.
Devido a isso, a mulher pode experimentar diversos graus de dor a cada ciclo menstrual, a depender do grau de liberação das prostaglandinas.
É sempre muito importante avaliar a intensidade e o período de surgimento da dor, pois existem dois tipos de dor menstrual (chamada de dismenorreia): a primária e a secundária.
Na primária, a dor ocorre devido à produção aumentada de prostaglandinas, sem que haja nenhum outro fator causal que colabore para o surgimento da sensação dolorosa.
Na secundária, a dor é desencadeada por outras doenças associadas, tais como a endometriose ou a síndrome do intestino irritável.
Como a região da pelve feminina é repleta de estruturas, o diagnóstico diferencial da dor pode ser difícil de ser realizado e, muitas vezes, uma bateria de exames deve ser solicitada no intuito de definir a causa exata desse sintoma.
Existem diversas doenças que colaboram para o surgimento da dor, sendo que as principais são: endometriose, leiomiomatose uterina, pólipos uterinos, varizes pélvicas, doença inflamatória pélvica, doença inflamatória intestinal, cistite, cálculos renais, dentre outras.
O primeiro passo para se livrar das cólicas menstruais é procurar o auxílio do seu médico ginecologista, pois ele é o profissional mais capacitado para lidar com os principais tipos de alterações que acometem a região pélvica feminina.
A partir do diagnóstico exato da dor, diversos tratamentos podem ser oferecidos para o alívio desse sintoma, que impossibilita uma série de mulheres a realizarem suas atividades rotineiras.
Confira as dicas do especialista em ginecologia para diminuir cólica
- Faça uso da bolsa de água quente no local. Aplicada na região abdominal, o calor relaxa a musculatura, amenizando a dor;
- Procure praticar atividades físicas regularmente, pois exercícios liberam uma substância chamada endorfina, que tem a capacidade de atenuar a dor. Sugestões: caminhada, natação, ioga ou pilates;
- Mantenha uma dieta rica em fibras e beba bastante água. Alimentos muito gordurosos, ou que retardam o trânsito intestinal e estimulam a fermentação, podem piorar a dor na região abdominal durante esse período;
- Descanse e evite situações de estresse. A mulher pode ficar mais desanimada durante o período menstrual. Quando estiver com uma crise de dor, é indicado que a mulher fique deitada, de barriga para baixo;
- Consulte seu ginecologista para o uso de medicamentos anti-inflamatórios;
- Avalie também com o ginecologista o uso de anticoncepcionais, pois os hormônios da pílula podem diminuir as dores do período, além de serem um método contraceptivo;
Nos casos de dismenorreia secundária, é fundamental a avaliação de um ginecologista para definir a real causa da dor.
Fique atenta, pois as dores causadas pela dismenorreia secundária tendem a ser progressivamente maiores e mais duradouras.
Quanto mais precoce for instalado o tratamento, melhor será o resultado e a eficácia do controle da dor.
Cólicas menstruais desanimam qualquer mulher. Não deixe que esse sintoma atrapalhe a sua vida. Procure um especialista em ginecologia e promova sua saúde e bem-estar!