O adesivo transdérmico ou “patch” anticoncepcional é um método contraceptivo hormonal que apresenta uma ação bastante semelhante à pílula anticoncepcional, pois libera dois hormônios importantes para o controle da ovulação: o estrogênio e a progesterona.
É indicado pelos ginecologistas, principalmente, devido à vantagem da paciente não precisar se lembrar de tomar a medicação diariamente.
Esse método possui o formato de um quadrado, com proporção de 4,5 x 4,5 cm, e contém três camadas em sua composição:
- Camada externa: é extremamente resistente à água e ao suor. Ela protege as camadas seguintes e garante que o contraceptivo não absorva substâncias que possam comprometer a aderência do adesivo na pele;
- Camada intermediária: é a camada que contém as dosagens hormonais de norelgestromina (progesterona) e de etinilestradiol (estrogênio);
- Camada interna: é um revestimento que serve para proteger a área aderente do adesivo e deve ser destacado antes de aplicar o contraceptivo na pele.
Índice
Como o adesivo anticoncepcional funciona?
Como citado anteriormente, devido à liberação hormonal de estrogênio e progesterona, a ação do adesivo cutâneo é bem parecida com a pílula anticoncepcional, portanto, o funcionamento é bastante semelhante.
A caixa desse anticoncepcional contém três adesivos transdérmicos, que devem ser trocados semanalmente por um período de três semanas – sempre respeitando o mesmo dia e horário.
Após terminar a terceira semana, a paciente deverá realizar uma pausa de 7 dias para comprar uma nova caixa e colar os outros adesivos no mesmo esquema. Durante esse período de pausa, a paciente irá menstruar.
A composição dos métodos anticoncepcionais do adesivo proporciona a inibição da ovulação e alterações na espessura do muco cervical, que, ao se tornar mais espesso, dificulta a motilidade dos espermatozoides pelo aparelho reprodutor feminino, impedindo a fecundação e, consequentemente, uma gestação indesejada.
Como usar o adesivo contraceptivo?
O adesivo anticoncepcional pode ser aplicado em diversas regiões do corpo, desde que a área de aplicação esteja limpa e que não haja muitos pelos, como a barriga, costas, nádegas, coxas, braços, etc.
Não é indicado o uso em regiões que sofrem constantes atritos, como a sola dos pés e locais em que os elásticos das roupas íntimas ficam apoiados, ou até mesmo sob a região mamária, pois, de acordo com especialistas em ginecologia, a absorção do estrogênio pode gerar dor mamária (mastalgia) e maior risco para o surgimento de lesões malignas da mama.
O adesivo transdérmico deve ser aplicado na pele da mulher no primeiro dia da menstruação e permanecer no local por sete dias. Após esse período, o adesivo deve ser removido e um novo deverá ser aplicado em outra região.
Essa prática deverá ser repetida por três semanas consecutivas, totalizando 21 dias de uso do contraceptivo. Na quarta semana a mulher deve parar de aplicar o adesivo e passar os sete dias seguintes sem ele. É nesse período que a menstruação deverá ocorrer.
Passados os sete dias de pausa, um novo adesivo deverá ser aplicado, independentemente da presença de menstruação, e assim sucessivamente.
É importante ressaltar que o adesivo transdérmico é um método que evita gravidez indesejada, porém não evita o contato com doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), sendo indispensável o uso de métodos contraceptivos de barreira, como a camisinha feminina ou masculina.
Além disso, caso a mulher esteja considerando iniciar ou alterar o uso de métodos contraceptivos, é essencial que se consulte com um médico ginecologista a fim de identificar o melhor tipo de anticoncepcional para o seu caso. Apenas um especialista poderá realizar essa orientação.