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Acompanhamento Ginecológico na promoção da Saúde Feminina

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Acompanhamento Ginecológico na promoção da Saúde Feminina

Imagem: Shutterstock

Mais de 5,6 milhões de brasileiras deixam de fazer o acompanhamento ginecológico anualmente. Os dados mostram que a desinformação, associada à falta de acesso e de tempo colaboram para que ocorra esse descuido.

Paciente conversa com médica em consulta de acompanhamento ginecológico
Imagem: Shutterstock

A falta de acompanhamento ginecológico faz com que o Brasil apresente altas taxas de mortalidade em decorrência do câncer de mama e do câncer de colo uterino, sendo que ambas são facilmente detectadas em estágios iniciais quando as pacientes mantêm os seus exames de rotina em dia.

Vale lembrar que, quando diagnosticados de forma precoce, essas doenças apresentam altas taxas de cura.

Outro dado alarmante é que 4 milhões de brasileiras nunca se consultaram com um médico ginecologista, fato esse que expõe a população feminina a situações de vulnerabilidade, tais como gravidez indesejada ou precoce e maior risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis, como o vírus HIV.

Os dados relatados previamente fazem parte da pesquisa “Expectativa da Mulher Brasileira Sobre Sua Vida Sexual e Reprodutiva: As Relações dos Ginecologistas e Obstetras Com Suas Pacientes”, realizada pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Esses dados indicam que é necessário um melhor esclarecimento junto à população quanto a importância da promoção da saúde e do acompanhamento ginecológico.

Como forma de promoção do acompanhamento ginecológico, os médicos ginecologistas e obstetras da clínica BedMed listaram os maiores cuidados e as principais doenças que podem ser prevenidas ou detectadas precocemente com uma consulta anual com um médico ginecologista. Confira!

A importância do acompanhamento ginecológico!

Uma das formas de diminuir os índices mencionados é por meio do apoio a políticas de promoção da saúde feminina e do acompanhamento ginecológico. Pouco se fala sobre o assunto, mas a primeira consulta com o ginecologista deve ser realizada na adolescência, quando a mulher ainda está no início da sua puberdade.

Nessa fase ocorre a menarca (primeira menstruação) e, a partir deste momento, é necessário receber orientações quanto aos cuidados com a saúde feminina, informação sobre as mais variadas formas de transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, bem como dar início à orientação sexual e opções de métodos contraceptivos, no intuito de evitar uma gestação indesejada.

Quanto antes a mulher começar a adquirir o hábito de se consultar com o médico ginecologista, ao menos uma vez ao ano, maiores serão as chances de identificar possíveis doenças de maneira precoce, permitindo o início de um tratamento adequado.

Quais são as principais doenças que afetam a saúde feminina?

A saúde íntima da mulher demanda atenção! Dentre as doenças que comumente atingem a população feminina, destacam-se: 

É importante que a mulher, assim que perceber alguma alteração na região, tal como: coceira, corrimento vaginal com odor diferente, dor ao urinar ou dor na relação sexual, alteração no ciclo menstrual ou escapes fora do ciclo menstrual, procure acompanhamento ginecológico para identificar o que está ocasionando esses sintomas.

Principais cuidados ginecológicos baseados pela idade

O organismo feminino sofre diversas alterações com o passar dos anos. Logo, os cuidados ginecológicos têm certas particularidades com base na idade da mulher. Na adolescência, dos 12 aos 20 anos, é importante atenção à orientação sexual e contraceptiva. Além disso, nessa fase é comum descobrir distúrbios correlacionados à menstruação. Portanto, assim que ocorrer a primeira menstruação é fundamental dar início ao acompanhamento ginecológico.

20 aos 30 anos

Essa é a principal fase reprodutiva da mulher. Logo, o acompanhamento com o médico ginecologista nesta fase deve ser voltado para a identificação de métodos contraceptivos ideais ou aconselhamento para engravidar. Exames de rotina, tais como o Papanicolaou, devem ser feito uma vez ao ano.

30 aos 40 anos

É importante ter maior atenção quanto ao risco do surgimento de câncer de mama e do câncer de colo de útero. Eles têm maior incidência nessa faixa etária, sendo facilmente identificados com o auxílio do exame clínico associado a exames ultrassonográficos, além de citologia cérvico vaginal, colposcopia e vulvoscopia.

40 aos 50 anos

Este período marca o fim da fase reprodutiva feminina e início da menopausa. Além dos exames ginecológicos de rotina, é importante que a mulher tenha ciência da opção em iniciar a terapia de reposição hormonal nos casos em que os sintomas do climatério e/ou da menopausa estejam promovendo um impacto negativo em sua qualidade de vida.  

50 anos em diante

Exames anuais devem ser realizados para verificação da saúde da mulher, como forma de garantir sua qualidade de vida. É importante ressaltar que o acompanhamento ginecológico e todos os cuidados acerca dessa consulta levam em conta a necessidade de cada paciente. Logo, procure por um ginecologista de confiança e faça consultas anuais junto ao especialista.

Fontes:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo);

Clínica Ginecológica Bed Med.

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