Após três ou mais perdas gestacionais consecutivas, a mulher pode ser diagnosticada com um caso de aborto de repetição. Saiba o que pode levar a essa situação.
Um caso de perda gestacional é sempre um momento muito delicado e de muita dor para as mamães e para os casais que sonham em formar uma família. Quando esses casos de aborto acontecem de forma consecutiva, esse momento de frustração e tristeza pode comprometer ainda mais a saúde física e mental dos casais.
Desta forma, entender as possíveis causas e tratamentos do aborto de repetição é fundamental para contornar esse problema e garantir o bem-estar dessa família.
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Quais são os sinais que indicam um possível aborto?
O aborto é considerado de repetição quando a mulher sofre três ou mais perdas gestacionais consecutivas antes das 20 semanas de gravidez. Essa condição demanda uma investigação profunda para identificar as causas subjacentes e definir o melhor caminho para alcançar uma gestação bem-sucedida.
Durante a gravidez, é essencial que a mulher esteja atenta a sinais que possam indicar um aborto. Embora alguns sintomas não signifiquem, necessariamente, a perda gestacional, é importante procurar auxílio médico ao notar qualquer alteração significativa. Entre os sintomas mais comuns de um possível aborto, podemos destacar:
- Sangramento vaginal;
- Cãibras ou dores abdominais intensas;
- Perda de líquido ou tecido pela vagina;
- Desaparecimento súbito dos sintomas de gravidez, como náuseas e sensibilidade mamária.
Se esses sinais surgirem, a gestante deve procurar imediatamente o seu médico ginecologista, pois apenas um profissional pode confirmar a ocorrência de um aborto, por meio de exames clínicos e ultrassonografia. O acompanhamento médico também é fundamental para avaliar a saúde da mulher e prevenir futuras complicações.
Quais são as causas e os fatores de risco do aborto de repetição?
O aborto de repetição pode ter causas variadas, que incluem fatores genéticos, anatômicos, hormonais ou imunológicos. Alterações genéticas nos embriões, como a aneuploidia (número irregular de cromossomos), são uma das causas mais recorrentes nos casos de aborto de repetição.
Relatos de patologias uterinas, como septos uterinos ou miomas, também são frequentes entre as mulheres diagnosticadas com um caso de aborto de repetição. Essas e outras patologias podem interferir na implantação ou na manutenção do embrião no endométrio.
Distúrbios hormonais, como síndrome dos ovários policísticos (SOP) ou insuficiência de progesterona, também podem dificultar a continuidade da gravidez. Além disso, doenças autoimunes, como a síndrome do anticorpo antifosfolípide (SAAF), podem desencadear abortos recorrentes devido à formação de coágulos que comprometem o fluxo sanguíneo para o feto.
Além dessas alterações, alguns hábitos podem aumentar o risco de aborto de repetição, tais como:
- Tabagismo;
- Consumo excessivo de álcool;
- Uso de drogas ilícitas;
- Estresse crônico ou ansiedade generalizada.
Evitar esses fatores de risco é essencial para reduzir as chances de complicações na gestação.
Como é a gestação após abortos recorrentes?
Após episódios de aborto de repetição, a gestação costuma ser cercada de ansiedade e preocupação por parte do casal. Embora as dificuldades sejam reais, muitas mulheres conseguem alcançar uma gravidez saudável após o diagnóstico e tratamento adequados.
O seguimento pré-natal é intensificado nesses casos, com consultas regulares e monitoramento contínuo do desenvolvimento do feto. Exames adicionais, como ultrassonografias detalhadas e testes laboratoriais, ajudam a identificar precocemente qualquer alteração. Além disso, o suporte emocional é crucial, já que o estresse pode impactar negativamente a saúde da mãe e do bebê.
Especialistas em Reprodução Humana são fundamentais para orientar e apoiar o casal ao longo dessa jornada, desde o diagnóstico de um caso de aborto de repetição até o tão sonhado nascimento do bebê.
Como a Reprodução Humana Assistida pode ajudar?
A Reprodução Assistida é uma aliada poderosa para casais que enfrentam o aborto de repetição. Antes de iniciar qualquer tratamento, o médico realiza uma investigação detalhada para identificar as causas do problema. Esse processo pode incluir exames genéticos, histeroscopia para avaliar o útero e testes hormonais.
Dependendo das causas identificadas, diferentes abordagens podem ser recomendadas. Em casos de alterações genéticas, a Fertilização in Vitro (FIV), com diagnóstico genético pré-implantacional (PGT), é uma abordagem que permite a seleção de embriões saudáveis para transferência ao útero. Para questões imunológicas ou de coagulação, terapias medicamentosas específicas podem ser usadas para reduzir os riscos de aborto.
Além disso, mulheres com alterações uterinas podem se submeter a cirurgias corretivas antes de tentarem engravidar novamente. Independentemente da técnica escolhida, a Reprodução Assistida proporciona uma chance real de alcançar uma gestação bem-sucedida e minimizar os riscos de novas perdas gestacionais.
Fontes:
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo)