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Vantagens e desvantagens da laqueadura tubária

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Vantagens e desvantagens da laqueadura tubária

Imagem: Shutterstock

Procedimento tem pouquíssimas chances de reversibilidade. Por isso, é importante conhecer as vantagens e desvantagens do método antes de tomar sua decisão. 

Ginecologista amarra barbante em volta de protótipo de útero
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A laqueadura tubária é um procedimento cirúrgico de anticoncepção que consiste na utilização de técnicas com a finalidade de obstruir ou seccionar as trompas de Falópio para impedir a concretização da fecundação. Considerado um método não reversível, as chances de a paciente engravidar após a laqueadura tubária são mínimas: cerca de apenas 1%.

Por se tratar de um procedimento cirúrgico praticamente irreversível, mais complexo que os métodos anticoncepcionais mais usuais, existem algumas vantagens e desvantagens de sua realização que precisam ser levadas em consideração antes da opção pelo método.

Como o procedimento é feito?

A finalidade da laqueadura tubária é o bloqueio da passagem dos espermatozoides para impedir a fecundação do óvulo, que ocorre na porção ampular das tubas uterinas. O bloqueio pode ser feito por meio de diversas técnicas, como corte, cauterização e utilização de suturas ou de anéis nas trompas. O procedimento dura cerca de 1 hora.

Apesar da alteração nas trompas e no processo de concepção, a laqueadura tubária não impede que a mulher continue passando pelo ciclo de ovulação e menstruação da mesma forma que anteriormente à cirurgia.

A maioria dos procedimentos de laqueadura tubária é feita por meio de videolaparoscopia cirúrgica, com um pequeno corte no umbigo e dois pequenos cortes na região das fossas ilíacas. Entretanto, alguns médicos ainda realizam a abordagem laparotômica (via aberta convencional), com maior período de recuperação cirúrgica e maiores taxas de complicações.

Quais são as vantagens e desvantagens desse procedimento?

Como todo procedimento cirúrgico, a laqueadura tubária tem vantagens e desvantagens. Por isso, é importante considerá-las com cuidado antes de se decidir sobre sua realização.

As principais vantagens da laqueadura tubária são:

  • De todos os métodos anticoncepcionais, é um dos que tem maior eficácia, ou seja, menor risco de gravidez;
  • Não interfere no ciclo menstrual e na liberação hormonal;
  • É uma cirurgia que costuma ter recuperação tranquila, sem complicações;
  • A libido e o desejo sexual continuam sem alterações;
  • Não interfere na amamentação;
  • Liberdade frente a métodos hormonais que têm efeitos colaterais e outras reações indesejadas.

Apesar das vantagens, existem alguns pontos de atenção em relação à laqueadura tubária que podem ser vistos como desvantagens para algumas mulheres, tais como:

  • Em caso de arrependimento, a reversão de laqueadura é possível, mas ainda muito difícil e com poucas chances de sucesso;
  • Apesar de ser um método contraceptivo, não previne ISTs;
  • Síndrome pós-laqueadura: algumas pacientes relatam aumento do fluxo menstrual e surgimento de cólicas abdominais mais fortes no período de menstruação após a realização da laqueadura tubária.

É importante lembrar que cada caso precisa ser planejado e individualizado, e que existem outros métodos anticoncepcionais que podem se adaptar melhor à realidade de uma mulher que não deseja fazer a laqueadura tubária, caso as desvantagens se mostrem superiores.

Para quem é indicada?

Atualmente, a legislação brasileira permite que mulheres em plenas capacidades civis, com mais de 21 anos de idade ou que tenham pelo menos dois filhos vivos realizem a laqueadura tubária. É importante que ocorra o intervalo de pelo menos 60 dias entre a manifestação do desejo de realizar a cirurgia e o procedimento.

Tipos de procedimento cirúrgico para realização da laqueadura tubária

Existem duas técnicas de laqueadura tubária:

  • Laparoscopia: feita por meio de uma pequena incisão umbilical por onde passa um instrumento que permite visualizar o interior da cavidade abdominal. Duas incisões complementares são realizadas nas fossas ilíacas para permitir o manuseio das estruturas internas por meio de pinças cirúrgicas. As trompas são isoladas e, em seguida, seccionadas e coaguladas;
  • Minilaparotomia: o corte é habitualmente realizado no mesmo local do corte da cesariana, porém com tamanho reduzido. O período de recuperação é maior do que o da laparoscopia e apresenta maiores taxas de complicações.

Com relação ao método de obstrução das trompas, a laqueadura tubária pode ser realizada através de corte, anéis, clipes cirúrgicos, cauterização ou suturas. A escolha do método depende de vários fatores que envolvem as características individuais da mulher e a disponibilidade técnica.

Orientações pré-operatórias e pós-operatórias

Assim como em todo procedimento cirúrgico, alguns cuidados precisam ser tomados desde a decisão pela laqueadura tubária até a sua completa recuperação. Como já mencionado, antes da cirurgia é importante considerar o período de, no mínimo, 60 dias desde a decisão até sua realização.

Após esse período, o médico ginecologista pode solicitar alguns exames para avaliar o estado geral da paciente e orientá-la quanto ao uso de medicamentos no período anterior à cirurgia. O período de internação não costuma ser maior do que um dia.

Os cuidados pós-operatórios se iniciam logo que a cirurgia se encerra. É importante que a mulher siga todas as recomendações para que não haja complicações, ainda que o risco seja muito pequeno. Fazer repouso e manter uma alimentação saudável são ações essenciais no período de recuperação para que a cicatrização ocorra sem problemas.

À medida que os dias passam, as atividades podem ser retomadas aos poucos, de acordo com as orientações médicas. Os maiores riscos de complicações são relacionados a sangramentos anormais e infecções.

Entre em contato com os especialistas da clínica BedMed e saiba mais sobre esse e outros assuntos.

Fontes:

Clínica de Reprodução Humana BedMed;

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo);

Lei nº 14443, de 2 de setembro de 2022 – https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-14.443-de-2-de-setembro-de-2022-426936016.

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