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Tudo Sobre o Anel Vaginal

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Tudo Sobre o Anel Vaginal

Imagem: Shutterstock

O anel vaginal é um método contraceptivo de baixa dosagem hormonal e alta eficácia na prevenção de uma gravidez. O método tem ganhado relevância devido a praticidade de uso e outros benefícios ao bem-estar da mulher.

O anel vaginal, assim como outros métodos de contracepção hormonal, não previne o contágio de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). Logo, é aconselhado o uso da camisinha de forma complementar.

Os métodos contraceptivos fazem parte da rotina das mulheres em idade sexualmente ativa. Entretanto, a escolha da metodologia que melhor se enquadra na rotina dessa mulher exige aconselhamento junto a um ginecologista.

Confira a seguir informações relevantes quanto ao uso do anticoncepcional anel vaginal, cedidas pe00lo Dr. Bruno Bedoschi, ginecologista da clínica BedMed.

O que é anel vaginal?

O anel vaginal é um método de contracepção com eficácia superior a 99%. De silicone flexível com apenas 5 centímetros, tem em sua composição hormônios comuns ao organismo feminino, sendo eles: progestógeno e o estrógeno.

De baixa dose hormonal — enquanto a pílula anticoncepcional pode liberar até 50 mcg ao dia, o anel vaginal libera cerca de 15 mcg — ele reduz aos efeitos colaterais comuns as pílulas, como a sensibilidade nas mamas, as náuseas e os quadros de dor de cabeça.

Como funciona no organismo?

O anel vaginal, por ficar posicionado ao fundo do saco vaginal, atrás ao colo do útero, faz com que os hormônios liberados de forma gradativa impeçam a ovulação.

Além disso, ele altera e aumenta o muco cervical, dificultando assim a movimentação do espermatozoide.  Ou seja, tem alto índice de prevenção de uma gravidez.

Como informado, sua função é evitar a gestação, não sendo eficaz na prevenção de DSTs, como é o caso do HPV, sigla em inglês para Papilomavírus Humano e demais microorganismos que podem resultar em inflamações e infecções.

Como usar o contraceptivo anel vaginal?

A paciente que usará o método contraceptivo pela primeira vez deve seguir a seguinte orientação: o anel vaginal deve ser introduzido no primeiro dia do ciclo menstrual. Exemplificando, a menstruação teve início na quarta-feira, ela deve introduzir o anel e o manter o anel por três semanas, retirando-o na quarta-feira da quarta semana.

Esse contraceptivo tem eficácia de 21 dias no organismo, sendo que a mulher deve retirá-lo por uma semana e descartá-lo. Passado esse período, na próxima quarta-feira, um novo anel vaginal contraceptivo deve ser introduzido na vagina.

É importante que a mulher não deixe de seguir à risca o dia e o horário de introdução do contraceptivo, sendo que o esquecimento pode ocasionar na menor eficácia do método e até em uma gestação não programada.

Por regra, a variação de horário não pode ser superior a três horas. Ainda usando o exemplo acima, se a inserção do anel vaginal ocorreu na quarta-feira às 20h, passada a semana de pausa, é indicado que ele seja colocado no mesmo dia da semana e horário ou no máximo até às 23h.

Como colocar o contraceptivo anel vaginal?

Por mais que a inserção do anel possa parecer complexo, ele é bem simples. Veja o passo a passo a seguir!

  • Faça a correta assepsia das mãos com água e sabão antes de manusear o anel contraceptivo;
  • Retire o anel da embalagem e aperte o anel com o dedo indicador e o polegar. Isso fará com que o anel assuma uma forma similar ao número 8;
  • Procure uma posição que torne o manuseio mais fácil. Pode ser deitada na cama ou com uma das pernas elevadas;
  • Insira o anel vaginal devidamente pressionado pelo canal vaginal e o empurre com o dedo indicador;
  • Verifique se não haverá incômodo ao andar, por exemplo;
  • Lave as mãos e mantenha a rotina de sempre. Deve-se apenas ter cuidado quando o anel é expelido, sendo necessário a recolocação do mesmo.

Assista ao vídeo de como introduzir o anel vaginal, conforme explicação do Dr. Bruno Bedoschi, e demais informações relativas ao método de contracepção.

Corre o risco de o anel vaginal sair?

Quando colocado de forma correta, as chances de deslocamento do anel vaginal são mínimas, assim como a percepção de uso por parte da mulher.

O parceiro também não sente o anel, logo, a rotina sexual não sofrerá interferência.

Dr. Bruno Bedoschi explicou que, caso o anel vaginal seja expelido, ele deve ser reintroduzido em até três horas. “Não é necessário a colocação de um novo anel, basta lavá-lo em água corrente e o inserir novamente”, explicou o ginecologista da clínica BedMed.

É importante que esse tempo fora do corpo não seja superior a três horas, podendo diminuir a eficácia do método contraceptivo passado esse período.

Benefícios do uso do anel vaginal contraceptivo

O anel vaginal tem tido maior indicação e adesão por parte das mulheres, pois, ele tem alguns benefícios diferenciados. São eles:

  • Diminuição do fluxo menstrual;
  • Diminuição do tempo de menstruação;
  • Menor retenção de líquido;
  • Menor alteração nos níveis de testosterona;
  • Melhora dos resultados nas práticas de exercícios;
  • Diminuição da frequência e a intensidade da dismenorreia;
  • Só precisa ser manuseado uma vez ao mês;

As pílulas anticoncepcionais costumam colaborar na retenção de líquido, devido a sua metabolização no fígado. Como o anel vaginal libera os hormônios diretamente na corrente sanguínea, isso não ocorre, minimizando assim esse efeito colateral no corpo feminino.

Um dos maiores benefícios do método é para aquelas mulheres que costumam esquecer de tomar a pílula, pois, o manuseio do anel é de apenas duas vezes ao mês: para introdução e retirada.

Contraindicações do anticoncepcional anel vaginal

Por se tratar de um método contraceptivo hormonal, mesmo que em dose baixa, algumas mulheres podem não ter elegibilidade para o uso. As condições que impedem seu uso são:

  • Mulheres com propensão ou que tiveram um infarto;
  • Cardiopatas;
  • Com propensão ou que tiveram um AVC;
  • Diagnosticadas com angina;
  • Diabéticas;
  • Hipertensas;
  • Com colesterol elevado;
  • Diagnosticadas com enxaqueca crônica;
  • Com pancreatite;
  • Com doenças no fígado;
  • Tumores malignos, como o de mama, por exemplo;
  • Diagnosticadas com deficiência de proteína C;
  • Sangramento vaginal anormal sem identificação de causa;
  • Diagnosticadas com problemas de coagulação;
  • Com pré-disposição à trombose.

Devido a essas contraindicações, é importante que a mulher se consulte com um ginecologista para identificar se ela pode ou não utilizar o anticoncepcional anel vaginal como método de prevenção de uma gestação.

Preço do anel vaginal

O contraceptivo de baixa dosagem hormonal não é adquirido de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ele é facilmente encontrado em redes de farmácias e têm preços que variam de R$ 40,00 a R$ 70,00, a depender da composição e da marca do medicamento.

Caso ainda tenham restado dúvidas acerca do anel vaginal, agenda uma consulta com um dos médicos da clínica ginecológica BedMed.

Fontes:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia;

Organização Mundial da Saúde (OMS);

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);

Clínica BedMed.

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