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Tratamento do HPV

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HPV é a sigla em inglês para vírus do papiloma humano e corresponde a um vírus que infecta os queratinócitos da pele e das mucosas (vírus epiteliotrópico, ou seja, restringe-se ao epitélio). Existem mais de 200 subtipos de vírus HPV identificados atualmente, sendo que cerca de 40 subtipos acometem especificamente a região genital. A infecção pelo HPV ocorre frequentemente em pessoas sexualmente ativas, sendo a DST mais prevalente em nossa população.

A maioria dos subtipos virais de HPV geram lesões benignas, conhecidas como verrugas ou condilomas, porém certos subtipos virais de HPV (pelo menos 13 subtipos) são considerados oncogênicos, ou seja, apresentam maior risco de infecções persistentes que evoluem para lesões pré-malignas que podem evoluir para câncer (a ação do vírus persistente por longo período pode levar às lesões precursoras e ao câncer ano-genital).

Dentre os subtipos de HPV de alto risco, os tipos 16 e 18 estão correlacionados em 70% dos casos de câncer de colo de útero e dentre os subtipos de HPV de baixo risco, os tipos 6 e 11 estão correlacionados em 90% dos casos de condiloma genital e papiloma laríngeo (lesão da região laríngea ocasionada pelo HPV).

O HPV também atinge a saúde do homem

A principal forma de transmissão do HPV é por via sexual e estima-se que atualmente cerca de 25 a 50% da população mundial feminina esteja contaminada por pelo menos um subtipo viral do HPV, porém existem outras formas de infecção, tais como: transmissão vertical (mãe/filho), auto-inoculação ou inoculação por meio do contato com objetos contaminados pelo vírus. O homem também pode ser infectado pelo vírus. É de extrema importância informar que o uso de preservativo pode auxiliar a reduzir a taxa de infecção pelo HPV, porém mesmo com o uso de preservativo o vírus pode ser transmitido (contato com a pele ao redor do pênis ou da região vulvar).

A maioria da população contaminada pelo HPV é assintomática, porém existe uma parcela significativa da população que apresenta alterações específicas geradas pelo vírus que são detectadas pelo exame de colpocitologia oncótica (conhecido por Papanicolaou) ou colposcopia ou exames mais específicos (PCR, hibridização in situ e captura híbrida). Os órgãos sexuais masculinos, por apresentarem características anatômicas diferentes, permitem que as lesões sejam facilmente reconhecíveis. O homem deverá consultar seu médico ginecologista para melhor avaliação das lesões.

A infecção ocasionada pelo vírus do papiloma humano pode gerar verrugas genitais. No homem as verrugas genitais são mais comumente encontradas na cabeça do pênis (glande) ou na região perianal. Na mulher as verrugas genitais podem ser encontradas na vagina, vulva, ânus e no colo uterino.

As lesões ocasionadas pelo HPV de alto risco são chamadas de lesões pré-cancerígenas e na maioria das vezes podem ser tratadas se diagnosticadas de forma precoce.

A realização do exame de colpocitologia oncótica (Papanicolaou) é de extrema importância, pois a maioria das lesões decorrentes da ação do vírus do papiloma humano é assintomática. Com o evoluir da lesão pode surgir uma série de sintomas, tais como sangramento vaginal aumentado, corrimento vaginal de odor fétido e dor na região inferior do abdome.

VACINA PARA HPV

Por meio do isolamento de segmentos externos da molécula do vírus, foi elaborada uma partícula semelhante ao vírus (VLP) que induz a formação de anticorpos (células de defesa do organismo) quando injetada no ser humano. Esses anticorpos conferem imunidade ao organismo frente a penetração dos vírus nas células.

Atualmente existem 2 tipos de vacina contra o HPV: a vacina bivalente e a vacina quadrivalente. Devem ser administradas 3 doses (0-1-6 meses).

A vacina bivalente protege contra os subtipos 16 e 18, que estão comumente relacionados com lesões pré-neoplásicas, porém não protege contra o surgimento de verrugas genitais.

A vacina quadrivalente protege contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 e, portanto, apresenta proteção contra os principais vírus causadores de verrugas genitais e contra lesões pré-neoplásicas.

Ambas as vacinas são constituídas por partículas semelhantes ao vírus, portanto as mulheres vacinadas não correm nenhum risco de adquirirem a infecção pelo vírus do papiloma humano através da vacinação, pois as vacinas são elaboradas através de engenharia genética e destituídas de DNA viral.

O Ministério da Saúde recomenda que a vacina seja administrada entre os 9 a 26 anos de idade, pois acredita que ocorra um maior surgimento de anticorpos contra o HPV nessa faixa etária, porém a vacina pode ser administrada independente da idade (são imunogênicas e seguras para várias faixas etárias). O recomendado é que a vacinação seja realizada antes do início da atividade sexual, porém a vacinação não é contra-indicada em mulheres que já iniciaram a atividade sexual.

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