Alguns sintomas, como cólicas abdominais, corrimento rosado ou sensibilidade nos seios podem ser notados por algumas mulheres.
A fecundação ocorre quando o espermatozoide entra no interior do óvulo. A partir desse momento, diversos processos ocorrem até o estabelecimento definitivo da gestação. Por isso, a mulher pode sentir alguns sinais e sintomas de gravidez nos primeiros dias após a fecundação, que podem indicar desde a própria gravidez até alguma complicação em seu processo.
Adiante, falaremos mais sobre os principais sintomas de gravidez nos primeiros dias após a fecundação.
Índice
Como ocorre a fecundação?
O processo para a fecundação começa muito antes de sua concretização. Quando chega a hora da ovulação, o corpo prepara o útero para receber o futuro embrião, o que é feito por meio do espessamento de sua parede interna, denominada endométrio. Esse ciclo acontece todos os meses e, quando a fecundação não é concretizada, ocorre a menstruação.
Na relação sexual, o homem ejacula cerca de 20 milhões de espermatozoides por ml de sêmen. Apenas um desses espermatozoides conseguirá encontrar o óvulo na porção ampular da tuba uterina. Quando o espermatozoide encontra o óvulo, ocorre a fecundação. O agora chamado zigoto (produto do encontro do gameta masculino e do gameta feminino) é transportado pelos cílios das trompas até o interior do útero, onde se fixará no endométrio.
Principais sintomas de gravidez nos primeiros dias após fecundação
Os sinais logo após a fecundação podem ser muito inespecíficos. Muitas vezes, os sintomas de gravidez nos primeiros dias após a fecundação podem ser confundidos com outras manifestações, tais como doenças infecciosas, problemas digestivos ou mesmo menstruação — da mesma forma que os sintomas dos problemas citados podem ser confundidos com a gravidez.
Popularmente conhecidos como sintomas iniciais de gravidez, o atraso menstrual e os enjoos são apenas algumas das manifestações que podem surgir. Também é possível destacar, entre os sintomas de gravidez nos primeiros dias após a fecundação:
- Leves cólicas abdominais;
- Náuseas, enjoos, vômitos e aversão a cheiros fortes;
- Alterações no corrimento vaginal;
- Sensibilidade e aumento dos seios;
- Cansaço e sonolência;
- Atraso menstrual;
- Sangramento vaginal;
- Dor de cabeça.
Por serem gerais, estes sintomas de gravidez nos primeiros dias após a fecundação podem se confundir com sintomas de outras alterações. Sendo assim, caso estes sintomas se manifestem e estejam acompanhados pela desconfiança de gravidez, principalmente após o atraso menstrual, é importante fazer testes para confirmar a gestação.
Um teste de gravidez comum pode ser comprado em farmácias, sendo que o exame é feito a partir da coleta da urina da mulher. Também pode ser realizado um exame de sangue beta-HCG, que pode ser obtido assim que ocorrer o atraso menstrual. Exames de ultrassom podem detectar o embrião no útero, mas é necessário estar com, pelo menos, algumas semanas de gravidez (a partir da quarta semana gestacional, aparece a primeira estrutura de gestação no exame de ultrassom, denominada saco gestacional).
Quanto tempo após a fecundação os sintomas aparecem?
Os sintomas de gravidez nos primeiros dias após a fecundação aparecem de forma variada. Nos primeiros 7 a 10 dias após a relação, podem começar a aparecer alterações no corrimento vaginal, que fica mais rosado. Algumas mulheres também podem sentir cólicas abdominais.
Logo na primeira semana, podem surgir as náuseas e os vômitos. Essas manifestações costumam ser mais frequentes no período matinal, mas, em alguns casos, podem aparecer em qualquer hora do dia.
O sangramento vaginal pode ocorrer em algumas mulheres no período da nidação, que é o momento em que o óvulo fecundado se fixa na parede interior do útero, o endométrio. O sangramento dura até 3 dias e tem aspecto rosado ou amarronzado e fluxo pequeno.
Outros sintomas podem aparecer principalmente após o atraso menstrual e, em especial, após quatro semanas da fecundação, quando as alterações hormonais e o desenvolvimento do embrião já estão mais estabelecidos.
A mulher sente dor quando o óvulo é fecundado?
O momento da fecundação do óvulo não dói. Sintomas dolorosos, como cólicas abdominais e dores leves de cabeça, estão relacionados às alterações fisiológicas do organismo em decorrência da fecundação, mas surgem alguns dias depois e, principalmente, no período de fixação do embrião na parede uterina.
Dores abdominais fortes e frequentes, caso apareçam como sintomas de gravidez nos primeiros dias após a fecundação, podem ser um sinal de alarme e precisam de atendimento médico.
O que acontece com 1 semana de gravidez?
A primeira semana de gravidez é um processo de mudanças e adaptações para que o corpo receba o embrião e se prepare para o período gestacional. Por isso, ocorrem alterações hormonais para que os ciclos menstruais cessem, pois o endométrio, em vez de se desfazer em menstruação, vai receber o zigoto. Essas alterações hormonais podem causar os sintomas de gravidez nos primeiros dias após a fecundação.
Ainda na primeira semana de gravidez ocorre a nidação, que é o processo de fixação do zigoto no interior do endométrio. É nesse momento que alguns sintomas podem aparecer, tais como o surgimento de sangramento vaginal leve e rosado.
Quando procurar atendimento médico?
O acompanhamento médico deve se iniciar assim que os testes constatarem a gravidez. Na verdade, é importante que a mulher mantenha um acompanhamento frequente com o médico ginecologista, mesmo quando apresenta o ciclo menstrual normal.
Algumas manifestações sintomáticas precisam de atenção especial, pois podem ser sinais de doença de potencial gravidade. É o caso de dores fortes e frequentes, febre, diarreia, palpitações, alterações significativas na pressão arterial ou sangramento vaginal intenso e constante.
É importante lembrar que os sintomas de gravidez nos primeiros dias após a fecundação são muito variados, de acordo com características específicas de cada organismo. Algumas mulheres não apresentam qualquer sintoma nesse período e podem descobrir a gravidez somente após semanas da fecundação.
Fontes:
Sociedade Brasileira de Reprodução Humana
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia