A vacina Tríplice Acelular (DTPa), que protege contra o tétano, a difteria e a coqueluche, será disponibilizada para gestantes na rede pública de saúde até o fim deste ano.
De acordo com o Ministério da Saúde, a dose será oferecida de forma gratuita e preferencialmente a partir da 27ª semana de gestação.
O objetivo é reduzir a transmissão da coqueluche entre recém-nascidos e garantir proteção indireta nos primeiros meses de vida, quando o bebê ainda não teve a oportunidade de completar o esquema vacinal. A expectativa da pasta é que 3 milhões de brasileiras sejam beneficiadas com a medida.
A imunização contra a coqueluche já é oferecida para crianças na rede pública. O esquema vacinal começa com a pentavalente, administrada aos 2 meses, 4 meses e 6 meses.
A criança recebe ainda dois reforços com a vacina DTP (difteria, tétano, coqueluche). O primeiro reforço deve ser administrado aos 15 meses e o segundo aos 4 anos.
Aplicar a vacina contra a coqueluche em mulheres grávidas, sobretudo entre a 27ª e a 35ª semana de gestação, ajuda a proteger o recém-nascido contra a doença.
A orientação é da presidenta da Comissão de Vacinas da Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Nilma Neves.
Segundo a especialista, uma vez que a gestante está imunizada, passa a produz anticorpos que são passados ao feto pela placenta, daí a decisão do Ministério da Saúde de incorporar a vacina Tríplice Acelular (DTPa), que protege contra o tétano, a difteria e a coqueluche, na rede pública.
A especialista recomenda que as demais pessoas que têm contato frequente com o bebê, como pai, irmãos, avós e babá, também sejam imunizados, já que a doença é transmitida por meio da respiração e da fala. Mesmo quem já recebeu a vacina quando criança deve ficar atento, uma vez que o prazo de validade é dez anos.
Dados do governo indicam que até o dia 10 de maio foram registrados no Brasil 1.762 casos de coqueluche. O número indica uma redução de 40% nos casos, quando comparado ao mesmo período de 2013 (2.943).
O ministério informou que acompanha, em conjunto com estados e municípios, todos os casos suspeitos e confirmados da doença no país.