Saiba quais são os riscos, os tipos de hipertensão na gestação e como se prevenir
A pressão alta na gravidez, também chamada de hipertensão gestacional, é uma doença que é silenciosa, ou seja, não apresenta sintomas, assim como ocorre nos quadros de hipertensão que afetam qualquer pessoa. A pressão é considerada alta na gravidez quando ela está acima de 140 X 90 mmHg, indicador popularmente conhecido como 14 por 9.
Quando a pressão alta na gravidez não é tratada adequadamente, pode evoluir para a pré-eclâmpsia ou ainda para a eclâmpsia, que é uma complicação na alteração da pressão arterial que pode resultar em riscos à vida da mãe e do bebê.
Índice
Quais são os fatores de risco?
Muitas mulheres podem desenvolver pressão alta na gravidez sem nunca terem tido o problema. Porém, alguns fatores de risco podem levar ao aparecimento da doença nessa fase. Entre os principais, destacam-se:
- Primeira gestação;
- Gestação gemelar;
- Gravidez antes dos 20 anos ou acima dos 40 anos;
- Gestação prévia com pré-eclâmpsia ou eclâmpsia;
- Histórico de pré-eclâmpsia na família;
- Hipertensão arterial crônica (prévia à gestação);
- Doença renal;
- Obesidade;
- Diabetes tipo 1, tipo 2 ou gestacional;
- Resistência à insulina;
- Alterações na coagulação do sangue;
- Anemia falciforme;
- Trombofilias, tais como a Síndrome dos anticorpos antifosfolípides (SAAF).
Tipos de pressão alta na gravidez
A mulher pode apresentar diferentes tipos de pressão alta na gravidez. Conheça quais são eles:
Hipertensão crônica preexistente
A pressão alta na gravidez pode afetar mulheres que já eram hipertensas antes de engravidar e o quadro tende a permanecer durante a gestação. Nesses casos, a hipertensão ocorre antes da 20ª semana de gestação e se mantém após o parto.
Pré-eclâmpsia
É chamada de pré-eclâmpsia a condição em que a hipertensão surge depois da 20ª semana de gravidez associada à proteinúria, que é a perda de proteínas por meio da urina.
Pré-eclâmpsia superposta à hipertensão crônica
Desenvolve-se quando a pré-eclâmpsia afeta mulheres que já eram hipertensas antes da gestação. A gravidade desse quadro tende a ser pior e de difícil controle.
Hipertensão gestacional
Este tipo de pressão alta na gravidez surge depois da 20ª semana de gestação, porém, não há perda de proteína pela urina nem qualquer outro indicativo de pré-eclâmpsia. É considerado um quadro mais leve de hipertensão na gestação, pois não há comprometimento da função renal.
Fique atenta aos sintomas da pressão alta na gravidez
Embora a hipertensão seja uma doença silenciosa, alguns sinais podem ser indicativos de que a pressão está mais alta do que o normal durante a gestação. São eles:
- Dor na cabeça ou na nuca;
- Inchaço nos braços e nas pernas – geralmente provocado pela retenção de líquido;
- Dor abdominal;
- Visão embaçada;
- Sensibilidade à luz.
Quais riscos essa condição oferece à gestação?
A pressão alta na gravidez é uma condição séria que precisa ser tratada e acompanhada durante toda a gestação, pois ela pode evoluir para a pré-eclâmpsia e eclâmpsia, duas condições que podem trazer diversos riscos, tais como:
- Prejudicar o fluxo de sangue na placenta;
- Baixo peso ao nascimento (restrição de crescimento intrauterino);
- Hemorragia após o parto;
- Prematuridade;
- Descolamento prematuro da placenta;
- Sofrimento fetal agudo ou crônico;
- Óbito tanto da mãe quanto do bebê.
Como prevenir a pressão alta na gravidez?
Embora vários fatores de risco estejam envolvidos no desenvolvimento da pressão alta na gestação, alguns cuidados podem ser tomados para evitá-la, principalmente aqueles que estão relacionados ao estilo de vida. Portanto, se você está grávida ou pretende engravidar, fique atenta e procure:
- Consumir frutas, legumes e verduras;
- Beber bastante líquido;
- Aumentar o consumo de proteínas;
- Reduzir a ingestão de frituras, gorduras e açúcar;
- Diminuir o consumo de sal;
- Controlar o estresse;
- Praticar exercícios físicos (sempre com orientação médica);
- Manter o peso ideal durante a gravidez, sendo que, em geral, o ganho de peso saudável fica entre 8 a 12 quilos;
- Reduzir o consumo de cafeína;
- Não ingerir bebida alcoólica;
- Não fumar.
Para saber mais sobre esse e demais assuntos, entre em contato com a Clínica BedMed.
Fontes: