Essa complicação está relacionada ao aumento repentino da pressão arterial da gestante, o que pode prejudicar a saúde da mãe e do bebê
O acompanhamento pré-natal é fundamental para garantir a saúde da mãe e do feto que está em desenvolvimento. Isso porque, ao longo da gestação, algumas complicações podem prejudicar o desenvolvimento do bebê e colocar a saúde da mulher em risco. A identificação precoce dessas condições permite a adoção de cuidados específicos para lidar com a situação.
A pré-eclâmpsia é uma dessas condições que podem prejudicar a gestação, demandando cuidado e atenção. A partir de sua identificação e gerenciamento eficaz, é possível reduzir os riscos associados a esta complicação obstétrica. Entenda melhor a seguir!
[cta_paginas_internas_2 titulo=”Quero saber como a Pré-Eclâmpsia pode afetar minha gravidez!”]
Índice
O que é a pré-eclâmpsia?
A pré-eclâmpsia é uma complicação médica que ocorre durante a gravidez e está relacionada a um aumento repentino da pressão arterial da gestante. O problema geralmente se manifesta após a 20ª semana de gestação e pode envolver ainda a disfunção de órgãos da gestante, como os rins e o fígado. Trata-se de uma condição potencialmente grave, que demanda atenção e cuidado específicos.
Também chamada de “síndrome hipertensiva da gravidez” ou “doença hipertensiva específica da gravidez”, a pré-eclâmpsia está associada a complicações gestacionais como parto prematuro e restrição do crescimento fetal, além dos já citados danos aos órgãos da gestante. Por isso, o diagnóstico precoce e o gerenciamento adequado da condição são essenciais para garantir a saúde da mãe e do bebê.
Diferenças entre pré-eclâmpsia e eclâmpsia
A pré-eclâmpsia e a eclâmpsia são condições médicas relacionadas à gravidez, mas se diferem em termos de gravidade e apresentação clínica. A pré-eclâmpsia é uma condição caracterizada por hipertensão arterial e disfunção de órgãos, enquanto a eclâmpsia é uma forma mais grave da condição e se destaca como uma emergência médica.
Além de trazer todos os sintomas da pré-eclâmpsia (que serão listados mais abaixo), a eclâmpsia envolve convulsões, que são um sinal de comprometimento neurológico grave. A eclâmpsia pode causar consequências sérias para a mãe e o bebê, incluindo risco de lesão cerebral, acidente vascular cerebral (AVC) e complicações relacionadas ao parto.
Riscos da pré-eclâmpsia
A pré-eclâmpsia apresenta riscos significativos tanto para a mãe quanto para o feto, e esses riscos podem variar em gravidade. Alguns dos principais são:
- Danos a órgãos como os rins e fígado;
- Possibilidade de evolução para eclâmpsia, uma emergência médica que coloca a mãe e o feto em sério risco;
- Restrição de crescimento fetal;
- Oligoâmnio (redução do líquido amniótico);
- Sofrimento fetal e óbito fetal intrauterino;
- Parto prematuro;
- Síndrome HELLP, uma condição caracterizada por problemas no fígado, plaquetas sanguíneas baixas e níveis elevados de enzimas hepáticas;
- Acidente vascular cerebral (AVC) e outras complicações cardiovasculares.
Causas da pré-eclâmpsia
As causas exatas da pré-eclâmpsia não são completamente compreendidas, mas acredita-se que envolvam uma combinação de fatores genéticos, vasculares e imunológicos. Alguns dos principais fatores associados ao desenvolvimento da pré-eclâmpsia incluem:
Problemas vasculares placentários
Dificuldades no desenvolvimento dos vasos sanguíneos da placenta podem desempenhar um papel crucial na pré-eclâmpsia.
Genética
Evidências apontam para a existência de uma predisposição genética para a pré-eclâmpsia. Mulheres cujas mães ou irmãs tiveram a condição têm um risco aumentado de desenvolvê-la durante a gestação.
Problemas imunológicos
Alterações no sistema imunológico podem desempenhar um papel na pré-eclâmpsia. O corpo da gestante pode reagir de maneira anormal à presença do feto, levando a respostas inflamatórias sistêmicas.
Fatores plaquetários e de coagulação sanguínea
Mudanças nas plaquetas e no sistema de coagulação sanguínea podem contribuir para a formação de coágulos e danos nos vasos sanguíneos, aumentando o risco de pré-eclâmpsia.
Primeira gestação ou gravidez múltipla
Mulheres que estão grávidas pela primeira vez ou que estão esperando gêmeos têm um risco ligeiramente aumentado de desenvolver pré-eclâmpsia.
Idade materna
Adolescentes e mulheres com mais de 35 anos têm um risco aumentado para essa condição.
Obesidade e diabetes
Mulheres com índice de massa corporal elevado ou diabetes têm um risco aumentado para a pré-eclâmpsia.
Doenças renais ou hipertensão prévia
Mulheres com histórico de hipertensão arterial crônica ou de doenças renais têm maior probabilidade de desenvolver pré-eclâmpsia.
Vale lembrar que, embora esses fatores estejam associados ao desenvolvimento da pré-eclâmpsia, nem todas as mulheres que se enquadram nessas condições vão necessariamente desenvolver a complicação, enquanto algumas mulheres sem fatores de risco conhecidos podem apresentá-la. O acompanhamento pré-natal regular e a identificação precoce de fatores de risco são essenciais para a gestão e prevenção do problema.
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Sintomas da pré-eclâmpsia
A pré-eclâmpsia pode se manifestar por meio de diversos sintomas, que podem variar em intensidade e de acordo com o seu grau. A seguir, veja os principais.
Sintomas da pré-eclâmpsia leve
- Pressão arterial elevada;
- Proteinúria leve: presença de proteína na urina, indicando possível comprometimento renal;
- Inchaço (principalmente de face, mãos e pés);
- Rápido ganho de peso.
Sintomas da pré-eclâmpsia grave
- Pressão arterial muito elevada;
- Proteinúria grave;
- Dores de cabeça intensas e persistentes;
- Distúrbios visuais, como visão turva, pontos cegos ou outras alterações;
- Dor abdominal ou epigástrica;
- Náuseas e vômitos persistentes;
- Problemas hepáticos, que se manifestam por dores abdominais, alterações nas enzimas hepáticas e diminuição das plaquetas.
Diagnóstico de pré-eclâmpsia
O diagnóstico de pré-eclâmpsia é baseado em uma avaliação cuidadosa dos sintomas da gestante, nos exames físicos e em testes laboratoriais, podendo envolver:
- Medição da pressão arterial;
- Exames de urina tipo I ou proteinúria de 24 horas;
- Exames de sangue;
- Avaliação dos sintomas apresentados;
- Monitoramento do crescimento fetal por meio de ultrassonografia obstétrica com Doppler ou por meio da realização do perfil biofísico fetal;
- Testes de função renal.
Tratamento da pré-eclâmpsia
O tratamento da pré-eclâmpsia depende da gravidade da condição e da idade gestacional da mulher, devendo ser personalizado e adaptado às especificidades de cada caso. O objetivo principal é controlar a pressão arterial e prevenir complicações sérias para a mãe e para o feto. As opções de tratamento podem incluir:
- Monitoramento regular da pressão arterial e realização de exames laboratoriais durante o pré-natal;
- Repouso e restrição de atividades;
- Controle da pressão arterial;
- Administração de corticosteroides (para promover o amadurecimento pulmonar do feto);
- Hospitalização para monitoramento contínuo e realização de intervenções imediatas;
- Realização do parto antecipadamente.
A pré-eclâmpsia tem ligação com a FIV?
Há evidências que sugerem uma possível associação entre a Fertilização in Vitro (FIV) e uma maior taxa de pré-eclâmpsia, especialmente em gestações resultantes da transferência de embriões congelados. Embora a razão exata para essa associação não seja completamente compreendida, algumas teorias incluem:
- Estresse oxidativo — a manipulação de embriões durante o processo de congelamento e descongelamento pode resultar em estresse oxidativo, que, por sua vez, pode desencadear alterações nos vasos sanguíneos maternos;
- Diferenças no perfil imunológico — a FIV pode afetar o equilíbrio imunológico durante a gravidez, influenciando a relação entre o sistema imunológico materno e o embrião implantado;
- Tempo de implantação do embrião — o congelamento de embriões pode levar a diferenças no tempo de implantação e na interação entre o embrião e o endométrio, possivelmente influenciando o desenvolvimento da pré-eclâmpsia.
É importante observar que enquanto alguns estudos sugerem uma associação entre a FIV e a pré-eclâmpsia, outros não encontraram diferenças significativas em comparação com gestações espontâneas. Além disso, é relevante destacar que não há evidências consistentes de um aumento no risco de pré-eclâmpsia em transferências de embriões frescos durante o processo de FIV.
Vale lembrar também que a FIV é uma importante técnica de Reprodução Assistida, que se destaca por possibilitar a gestação em diversos casos de infertilidade masculina ou feminina. Uma equipe médica especializada sempre considera cuidadosamente todos os fatores de risco antes de recomendar o método, levando em conta a saúde materna e a probabilidade de sucesso na implantação embrionária.
Para saber mais a respeito do assunto, entre em contato e agende uma consulta com os profissionais da Clínica BedMed.
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Fontes: