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Pré-eclâmpsia: o que é e como afeta a fertilidade?

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Pré-eclâmpsia: o que é e como afeta a fertilidade?

Imagem: Shutterstock

mulher com sintomas de pré-eclâmpsia aferindo sua pressão

Essa complicação está relacionada ao aumento repentino da pressão arterial da gestante, o que pode prejudicar a saúde da mãe e do bebê

O acompanhamento pré-natal é fundamental para garantir a saúde da mãe e do feto que está em desenvolvimento. Isso porque, ao longo da gestação, algumas complicações podem prejudicar o desenvolvimento do bebê e colocar a saúde da mulher em risco. A identificação precoce dessas condições permite a adoção de cuidados específicos para lidar com a situação.

A pré-eclâmpsia é uma dessas condições que podem prejudicar a gestação, demandando cuidado e atenção. A partir de sua identificação e gerenciamento eficaz, é possível reduzir os riscos associados a esta complicação obstétrica. Entenda melhor a seguir!

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O que é a pré-eclâmpsia?

A pré-eclâmpsia é uma complicação médica que ocorre durante a gravidez e está relacionada a um aumento repentino da pressão arterial da gestante. O problema geralmente se manifesta após a 20ª semana de gestação e pode envolver ainda a disfunção de órgãos da gestante, como os rins e o fígado. Trata-se de uma condição potencialmente grave, que demanda atenção e cuidado específicos.

Também chamada de “síndrome hipertensiva da gravidez” ou “doença hipertensiva específica da gravidez”, a pré-eclâmpsia está associada a complicações gestacionais como parto prematuro e restrição do crescimento fetal, além dos já citados danos aos órgãos da gestante. Por isso, o diagnóstico precoce e o gerenciamento adequado da condição são essenciais para garantir a saúde da mãe e do bebê.

Diferenças entre pré-eclâmpsia e eclâmpsia

A pré-eclâmpsia e a eclâmpsia são condições médicas relacionadas à gravidez, mas se diferem em termos de gravidade e apresentação clínica. A pré-eclâmpsia é uma condição caracterizada por hipertensão arterial e disfunção de órgãos, enquanto a eclâmpsia é uma forma mais grave da condição e se destaca como uma emergência médica.

Além de trazer todos os sintomas da pré-eclâmpsia (que serão listados mais abaixo), a eclâmpsia envolve convulsões, que são um sinal de comprometimento neurológico grave. A eclâmpsia pode causar consequências sérias para a mãe e o bebê, incluindo risco de lesão cerebral, acidente vascular cerebral (AVC) e complicações relacionadas ao parto.

Riscos da pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia apresenta riscos significativos tanto para a mãe quanto para o feto, e esses riscos podem variar em gravidade. Alguns dos principais são:

  • Danos a órgãos como os rins e fígado;
  • Possibilidade de evolução para eclâmpsia, uma emergência médica que coloca a mãe e o feto em sério risco;
  • Restrição de crescimento fetal;
  • Oligoâmnio (redução do líquido amniótico);
  • Sofrimento fetal e óbito fetal intrauterino;
  • Parto prematuro;
  • Síndrome HELLP, uma condição caracterizada por problemas no fígado, plaquetas sanguíneas baixas e níveis elevados de enzimas hepáticas;
  • Acidente vascular cerebral (AVC) e outras complicações cardiovasculares.

Causas da pré-eclâmpsia

As causas exatas da pré-eclâmpsia não são completamente compreendidas, mas acredita-se que envolvam uma combinação de fatores genéticos, vasculares e imunológicos. Alguns dos principais fatores associados ao desenvolvimento da pré-eclâmpsia incluem:

Problemas vasculares placentários

Dificuldades no desenvolvimento dos vasos sanguíneos da placenta podem desempenhar um papel crucial na pré-eclâmpsia.

Genética

Evidências apontam para a existência de uma predisposição genética para a pré-eclâmpsia. Mulheres cujas mães ou irmãs tiveram a condição têm um risco aumentado de desenvolvê-la durante a gestação.

Problemas imunológicos

Alterações no sistema imunológico podem desempenhar um papel na pré-eclâmpsia. O corpo da gestante pode reagir de maneira anormal à presença do feto, levando a respostas inflamatórias sistêmicas.

Fatores plaquetários e de coagulação sanguínea

Mudanças nas plaquetas e no sistema de coagulação sanguínea podem contribuir para a formação de coágulos e danos nos vasos sanguíneos, aumentando o risco de pré-eclâmpsia.

Primeira gestação ou gravidez múltipla

Mulheres que estão grávidas pela primeira vez ou que estão esperando gêmeos têm um risco ligeiramente aumentado de desenvolver pré-eclâmpsia.

Idade materna

Adolescentes e mulheres com mais de 35 anos têm um risco aumentado para essa condição.

Obesidade e diabetes

Mulheres com índice de massa corporal elevado ou diabetes têm um risco aumentado para a pré-eclâmpsia.

Doenças renais ou hipertensão prévia

Mulheres com histórico de hipertensão arterial crônica ou de doenças renais têm maior probabilidade de desenvolver pré-eclâmpsia.

Vale lembrar que, embora esses fatores estejam associados ao desenvolvimento da pré-eclâmpsia, nem todas as mulheres que se enquadram nessas condições vão necessariamente desenvolver a complicação, enquanto algumas mulheres sem fatores de risco conhecidos podem apresentá-la. O acompanhamento pré-natal regular e a identificação precoce de fatores de risco são essenciais para a gestão e prevenção do problema.

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Sintomas da pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia pode se manifestar por meio de diversos sintomas, que podem variar em intensidade e de acordo com o seu grau. A seguir, veja os principais.

Sintomas da pré-eclâmpsia leve

  • Pressão arterial elevada;
  • Proteinúria leve: presença de proteína na urina, indicando possível comprometimento renal;
  • Inchaço (principalmente de face, mãos e pés);
  • Rápido ganho de peso.

Sintomas da pré-eclâmpsia grave

  • Pressão arterial muito elevada;
  • Proteinúria grave;
  • Dores de cabeça intensas e persistentes;
  • Distúrbios visuais, como visão turva, pontos cegos ou outras alterações;
  • Dor abdominal ou epigástrica;
  • Náuseas e vômitos persistentes;
  • Problemas hepáticos, que se manifestam por dores abdominais, alterações nas enzimas hepáticas e diminuição das plaquetas.

Diagnóstico de pré-eclâmpsia

O diagnóstico de pré-eclâmpsia é baseado em uma avaliação cuidadosa dos sintomas da gestante, nos exames físicos e em testes laboratoriais, podendo envolver:

  • Medição da pressão arterial;
  • Exames de urina tipo I ou proteinúria de 24 horas;
  • Exames de sangue;
  • Avaliação dos sintomas apresentados;
  • Monitoramento do crescimento fetal por meio de ultrassonografia obstétrica com Doppler ou por meio da realização do perfil biofísico fetal;
  • Testes de função renal.

Tratamento da pré-eclâmpsia

O tratamento da pré-eclâmpsia depende da gravidade da condição e da idade gestacional da mulher, devendo ser personalizado e adaptado às especificidades de cada caso. O objetivo principal é controlar a pressão arterial e prevenir complicações sérias para a mãe e para o feto. As opções de tratamento podem incluir:

  • Monitoramento regular da pressão arterial e realização de exames laboratoriais durante o pré-natal;
  • Repouso e restrição de atividades;
  • Controle da pressão arterial;
  • Administração de corticosteroides (para promover o amadurecimento pulmonar do feto);
  • Hospitalização para monitoramento contínuo e realização de intervenções imediatas;
  • Realização do parto antecipadamente.

A pré-eclâmpsia tem ligação com a FIV?

Há evidências que sugerem uma possível associação entre a Fertilização in Vitro (FIV) e uma maior taxa de pré-eclâmpsia, especialmente em gestações resultantes da transferência de embriões congelados. Embora a razão exata para essa associação não seja completamente compreendida, algumas teorias incluem:

  • Estresse oxidativo — a manipulação de embriões durante o processo de congelamento e descongelamento pode resultar em estresse oxidativo, que, por sua vez, pode desencadear alterações nos vasos sanguíneos maternos;
  • Diferenças no perfil imunológico — a FIV pode afetar o equilíbrio imunológico durante a gravidez, influenciando a relação entre o sistema imunológico materno e o embrião implantado;
  • Tempo de implantação do embrião — o congelamento de embriões pode levar a diferenças no tempo de implantação e na interação entre o embrião e o endométrio, possivelmente influenciando o desenvolvimento da pré-eclâmpsia.

É importante observar que enquanto alguns estudos sugerem uma associação entre a FIV e a pré-eclâmpsia, outros não encontraram diferenças significativas em comparação com gestações espontâneas. Além disso, é relevante destacar que não há evidências consistentes de um aumento no risco de pré-eclâmpsia em transferências de embriões frescos durante o processo de FIV.

Vale lembrar também que a FIV é uma importante técnica de Reprodução Assistida, que se destaca por possibilitar a gestação em diversos casos de infertilidade masculina ou feminina. Uma equipe médica especializada sempre considera cuidadosamente todos os fatores de risco antes de recomendar o método, levando em conta a saúde materna e a probabilidade de sucesso na implantação embrionária.

Para saber mais a respeito do assunto, entre em contato e agende uma consulta com os profissionais da Clínica BedMed.

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Fontes:

Manual MSD

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