Uma das doenças que mais acomete as mulheres no Brasil é o câncer de mama. De acordo com dados estatísticos, ele é o segundo câncer mais comum entre as mulheres (perde apenas para o câncer de pele não melanoma) e, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), estima-se que 59 mil novos casos de neoplasia maligna do tecido mamário sejam registrados até o final de 2018 em todo o país.
O câncer de mama é resultado da multiplicação acentuada de células anormais da mama, que promovem a formação de uma tumoração. Esse tipo de câncer, assim como qualquer outro, apresenta menores chances de cura quando não é diagnosticado de forma precoce. Nesse caso, é consenso entre os médicos que a prevenção é a melhor forma de diminuir o percentual de mulheres acometidas pelo câncer de mama, visto que 25% da incidência total de câncer está correlacionada a tumores nas mamas.
A preocupação acerca do tema é tamanha que, desde a década de 90, o mês de Outubro passou a ser utilizado como um mês de referência ao combate da doença, conhecido como “Outubro Rosa”. No Brasil, práticas mais efetivas em relação ao combate ao câncer de mama passaram a ser difundidas a partir de 2002, quando órgãos públicos se juntaram a causa e implementaram campanhas de incentivo a prevenção da doença.
A melhor forma de prevenção da doença, além da promoção e incentivo aos hábitos saudáveis, está na realização do autoexame. É indicado que a mulher após a menarca (primeira menstruação) faça o autoexame de forma regular. A prática é simples, pode ser feita em casa e tem como intuito identificar anormalidades, tais como:
- Presença de nódulos nos seios;
- Protuberâncias ou retrações da pele e do mamilo;
- Identificar o surgimento de secreções mamilares.
O autoexame da mama é muito simples! Basta a mulher seguir os seguintes passos: ir em frente ao espelho e, com os braços ao lado do corpo, verificar a presença de alguma anormalidade nas mamas — alteração no formato, na simetria, no aspecto da pele, feridas na região da aréola ou no mamilo. Feito isso, durante o banho, com a pele úmida, eleve um dos braços e o posicione atrás do pescoço. Com a outra mão faça o exame de toque apalpando toda a mama. Podem ser feitos movimentos circulares para a identificação de áreas com consistência alterada e de nódulos na região. Esse movimento deve ser feito até as axilas. Caso seja identificada alguma alteração, a mulher deve procurar imediatamente o auxílio de um ginecologista.
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Procure um ginecologista:
O câncer de mama é apenas uma das doenças que atinge as mulheres. O público feminino pode ser acometido ainda por diversas outras doenças graves que resultam na perda da qualidade de vida. Uma das especialidades da Medicina que ajuda na prevenção e no tratamento da saúde feminina é a Ginecologia.
O ideal é que a mulher faça, ao menos, duas consultas ao ginecologista por ano. Esse profissional poderá identificar fatores de risco para o surgimento do câncer de mama, bem como solicitar exames mais complexos para prevenção e identificação da neoplasia maligna do tecido mamário. O exame que detecta com mais frequência o câncer de mama é a mamografia, mas ela pode ser complementada com a ultrassonografia das mamas ou até mesmo com a ressonância nuclear magnética das mamas.
O ginecologista ainda é o responsável pela identificação e pelo tratamento de outras doenças, tais como: endometriose, miomas uterinos, síndrome dos ovários policísticos, doenças sexualmente transmissíveis, câncer de colo do útero e doenças correlacionadas à infertilidade conjugal.
Fatores de risco para o surgimento do câncer de mama:
A vida agitada, má alimentação e hábitos nada saudáveis estão diretamente relacionados ao surgimento do câncer de mama.
Outros fatores de risco colaboram para o surgimento da doença, como por exemplo:
- Obesidade;
- Tabagismo;
- Consumo excessivo de álcool;
- Histórico familiar positivo para a doença;
- Uso de hormônios.
Como já mencionado, a prevenção é a melhor forma de combater o câncer de mama, uma vez que, quando identificado em estágio inicial, ele tem maiores chances de cura.
Cuide da sua saúde e faça visitas regulares ao seu ginecologista!