O Carnaval está chegando e com ele vem índices alarmantes de gravidez não planejada e de contato com doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Ambas as situações podem e devem ser evitadas com o uso de métodos contraceptivos, sendo necessário o aconselhamento individualizado de um médico ginecologista para tal finalidade.
Por mais que a mulher use algum método contraceptivo hormonal ou até mesmo um dispositivo intrauterino de cobre ou de cobre e prata, é recomendado o uso de preservativo (masculino ou feminino) em todas as relações sexuais, sendo essa a forma eficaz de evitar infecções e doenças como a sífilis, gonorreia e o HIV, por exemplo.
As três condições mencionadas tiveram crescimento acelerado no número de casos novos, fato que acendeu um sinal de alerta sobre a extrema necessidade de educação sexual e políticas de prevenção para a nossa população.
Saiba mais sobre cada método contraceptivo e veja qual pode se tornar mais adequado para curtir o seu Carnaval em segurança.
Índice
Métodos contraceptivos de barreira
Enquadram-se como métodos contraceptivos de barreira: camisinha masculina, camisinha feminina, diafragma e esponja contraceptiva com espermicida.
O preservativo masculino é o de menor valor agregado, sendo disponibilizado de forma gratuita na rede pública de saúde. Campanhas de incentivo ofertam o preservativo em locais de grande circulação e enganam-se os que pensam que a desinformação e o pouco uso afetam só a população de baixa renda. Independentemente da condição social, adolescentes e adultos jovens não usam o método com frequência.
Pesquisas de Conhecimentos Atitudes e Práticas na População Brasileira (PCAPs), do Ministério da Saúde, identificou que apenas metade da população sexualmente ativa faz o uso de preservativos de forma regular.
A camisinha feminina tem maior valor agregado e pode ser adquirida em farmácias ou drogarias. Tem menor adesão entre a população e, assim como o preservativo masculino, além de impedir uma gestação não programada, protege das doenças sexualmente transmissíveis.
Os demais métodos contraceptivos de barreira mencionados têm menor indicação e adesão, mas podem ser cogitados em consulta com um médico ginecologista.
Contracepção hormonal
Pílula contraceptiva, injeção (mensal ou trimestral), adesivo transdérmico, DIU hormonal, anel vaginal e contraceptivo emergencial se enquadram nesta categoria. De uso exclusivamente feminino, esses métodos contraceptivos devem ser indicados por um médico ginecologista, pois podem ter contraindicação a pacientes com doenças pré-existentes.
No caso do contraceptivo emergencial, a popular pílula do dia seguinte, é importante salientar que ele deve ser usado em situações de emergência, tais como: rompimento do preservativo ou esquecimento do uso da pílula. Ele não pode ser considerado um método contraceptivo de uso contínuo e não deve ser utilizado periodicamente.
Dispositivo intrauterino
O DIU é um excelente método contraceptivo e pode ser hormonal ou não hormonal (cobre ou prata com cobre). Ele pode ser introduzido de forma ambulatorial, de preferência com a paciente menstruada (momento em que o colo do útero se apresenta dilatado), facilitando assim a colocação do contraceptivo.
É considerado um método de contracepção de longa duração — cinco anos para DIU hormonal ou DIU de prata com cobre e dez anos para DIU de cobre — e tem alta eficácia. A sua remoção ocorre em consultório também e não precisa de anestesia.
Assim como os métodos hormonais, é necessário que o uso do DIU seja indicado por um médico ginecologista, pois existem mulheres que apresentam contraindicação ao uso do método. Ele deve ser utilizado em conjunto com preservativo para evitar o risco de DSTs.
Como se proteger no Carnaval?
Dentre todos os métodos, o que pode trazer maior segurança, em especial no Carnaval, são os preservativos (masculino ou feminino). Além de impedir que os espermatozoides cheguem até a cavidade uterina, são considerados a forma mais eficaz de se evitar as DSTs. Neste período de festas é importante estar atento e sempre ter preservativos disponíveis.
O sexo é para ser um momento de diversão e não de desespero no pós-coito. Logo, consulte-se com um médico ginecologista e veja qual dos métodos contraceptivos trará maior segurança nos dias de festas. Lembre-se que a associação dos métodos (hormonais ou não hormonais com camisinha) é a forma mais eficaz e indicada em qualquer momento e não apenas no Carnaval.
Fontes:
Ministério da Saúde por intermédio das Pesquisas de Conhecimentos Atitudes e Práticas na População Brasileira (PCAPs);
Clínica Ginecológica BedMed;