Essa condição é mais conhecida como “mioma uterino” e pode afetar a fertilidade por alterar a anatomia da cavidade endometrial
Popularmente conhecido como “mioma”, o leiomioma uterino é uma neoplasia uterina benigna que afeta principalmente mulheres em idade reprodutiva. Estima-se que cerca de 20 a 25% das mulheres em idade fértil apresentem essa alteração, que pode se manifestar em tamanhos variados — desde achados microscópicos até tumores de grandes dimensões.
Por se tratar de uma condição prevalentemente benigna, o leiomioma não é uma alteração, em geral, que oferece risco à saúde da mulher. Entretanto, este crescimento pode trazer uma série de desconfortos à paciente e, por vezes, levar a um quadro de infertilidade feminina. Entenda melhor a seguir!
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Índice
O que é o leiomioma?
O leiomioma é uma tumoração benigna formada principalmente pelo tecido muscular que reveste o útero, o miométrio. Esses miomas podem variar em tamanho, quantidade e localização, podendo crescer dentro da cavidade uterina (submucoso), na porção muscular do útero (intramural) ou na sua superfície externa (subseroso).
O padrão de crescimento dos miomas uterinos também pode ser bastante variável: enquanto alguns crescem rapidamente, outros evoluem de forma lenta, podendo inclusive permanecer anos com o mesmo tamanho. Há casos, ainda, de leiomiomas que regridem de tamanho em determinadas situações.
Tipos de leiomioma
Os principais tipos de leiomioma são:
Leiomioma subseroso
Cresce na camada mais externa do corpo uterino, que é chamada de camada subserosa. Pode levar à compressão de órgãos adjacentes. Habitualmente, é o mioma que promove menos sintomas.
Leiomioma intramural
Este tipo de leiomioma cresce no interior da camada muscular do útero, chamada miométrio. Dependendo do seu tamanho, pode aumentar o risco de infertilidade (quando promove abaulamento endometrial). Além disso, costuma causar cólicas abdominais e sangramento menstrual aumentado.
Leiomioma submucoso
É encontrado na camada mais interna do útero, o endométrio. Pode provocar hemorragias durante o fluxo menstrual e destaca-se por ser o tipo de leiomioma que mais interfere na fertilidade.
Causas do leiomioma
Não há uma causa definitiva para o desenvolvimento do leiomioma, mas existem alguns fatores de risco associados a esta alteração. Os principais são:
- Predisposição genética;
- Ação dos hormônios sexuais, especialmente o estrogênio e a progesterona;
- Etnia e idade, uma vez que mulheres afrodescendentes têm maior probabilidade de desenvolver miomas e, geralmente, os desenvolvem em uma idade mais jovem;
- Obesidade;
- Histórico reprodutivo;
- Estilo de vida, especialmente com dietas ricas em carne vermelha e baixo consumo de frutas e vegetais.
Sintomas do leiomioma
Muitos casos de leiomioma são assintomáticos. Entretanto, nos casos em que eles se apresentam, os principais são:
- Sangramento vaginal excessivo;
- Cólicas menstruais;
- Dor durante as relações sexuais;
- Dores pélvicas ou na coluna lombar;
- Aumento do volume abdominal;
- Alterações urinárias ou intestinais;
- Varizes e inchaço nas pernas;
- Dificuldade para engravidar.
Diagnóstico do leiomioma
Por se tratar de uma condição que geralmente não apresenta sintomas, o diagnóstico do leiomioma muitas vezes ocorre durante a realização de exames ginecológicos de rotina. A ultrassonografia transvaginal e a ressonância nuclear magnética da pelve estão entre os principais exames que confirmam a presença, localização e dimensão dos miomas uterinos.
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Tratamento do leiomioma
O tratamento do mioma uterino deve ser sempre individualizado, levando em consideração principalmente a idade da mulher, a presença de sintomas e o desejo da paciente engravidar. Em geral, mulheres assintomáticas e que não desejam engravidar não precisam de tratamento, mas devem ser acompanhadas regularmente para verificar se o leiomioma aumentou de tamanho.
Pacientes que apresentam sintomas que impactam sua rotina e qualidade de vida, por sua vez, podem ser tratadas a partir de medicamentos anticoncepcionais, analgésicos, progestágenos isolados ou anti-inflamatórios não esteroidais. O único tratamento definitivo para essa condição, entretanto, é cirúrgico.
A cirurgia para leiomioma é recomendada principalmente nos casos em que a paciente apresenta sintomas ou quando ela deseja engravidar e apresenta miomas no interior da cavidade endometrial (ou que promovam abaulamento dela).
A intervenção pode ser realizada removendo apenas o mioma (miomectomia) ou por meio da retirada total do útero (no caso das pacientes que não querem engravidar ou que já têm prole constituída).
Leiomioma causa infertilidade?
A presença de um leiomioma, especialmente quando a alteração é do tipo submucosa ou intramural com abaulamento do endométrio, pode causar alterações na cavidade endometrial. Como consequência, a implantação do embrião no útero é dificultada, aumentando assim o risco de infertilidade.
O leiomioma submucoso também pode trazer complicações à gestação, favorecendo abortamentos e parto prematuro.
Como a FIV pode auxiliar?
A Fertilização in Vitro (FIV) pode ser uma excelente opção de tratamento para mulheres que apresentam leiomioma e enfrentam dificuldade para engravidar. Esta técnica de alta complexidade permite um detalhado controle de cada etapa e procedimento, possibilitando a seleção de gametas que podem gerar os melhores embriões e aumentando as chances de sua implantação no interior da cavidade uterina.
É importante que mulheres com leiomiomas discutam as opções de tratamento com os seus médicos, incluindo a possibilidade de FIV, para determinar a melhor abordagem para as suas necessidades específicas. Para saber mais a respeito do assunto, entre em contato e agende uma consulta.
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Fontes: