A hipertensão na gravidez é a principal causa de mortalidade materna no Brasil. Saiba como evitar esse risco e ter uma gestação saudável.
A gravidez é um período de grande transformação no corpo da mulher, e que demanda atenção redobrada à saúde para garantir o bem-estar da mãe e do bebê. Entre os cuidados necessários, o controle da pressão arterial merece destaque, tendo em vista que a hipertensão na gravidez é considerada a principal causa de mortalidade materna no Brasil, segundo especialistas.
Compreender as causas, os riscos e os tratamentos relacionados à hipertensão na gravidez é o melhor caminho para prevenir complicações. Esse conhecimento permite uma abordagem preventiva e o acompanhamento adequado durante o pré-natal, reduzindo os impactos desse problema para a mãe e para o bebê.
Causas e fatores de risco da hipertensão na gravidez
A hipertensão na gravidez é caracterizada pela elevação da pressão arterial durante o período gestacional. Essa condição pode ser classificada em diferentes tipos, como a hipertensão crônica, gestacional ou pré-eclâmpsia.
Os casos de hipertensão crônica são aqueles em que a mulher já apresentava pressão alta antes da gestação ou foi diagnosticada com a patologia antes da 20ª semana. Já a hipertensão gestacional surge após a 20ª semana de gestação, sem sinais de pré-eclâmpsia (ausência de proteínas na urina), nível em que, além da pressão alta, existem sinais de comprometimento em órgãos como fígado, rins (presença de proteínas na urina) ou cérebro.
Os fatores de risco para a hipertensão na gravidez podem incluir a idade materna avançada, obesidade, histórico de hipertensão em gestações anteriores e doenças pré-existentes, como diabetes ou problemas renais. Além disso, dentre as causas mais comuns, também podemos apontar:
- Estresse;
- Consumo excessivo de sal;
- Histórico familiar de hipertensão;
- Doenças autoimunes;
- Sedentarismo.
Principais sintomas da hipertensão na gravidez
O seguimento pré-natal é o acompanhamento ideal para detectar e prevenir a hipertensão na gravidez. Consultas regulares permitem a avaliação constante da pressão arterial e o monitoramento de possíveis complicações.
É essencial que as gestantes fiquem atentas aos sintomas, pois a identificação precoce pode prevenir complicações graves, sendo eles:
- Dor de cabeça persistente;
- Inchaço repentino, principalmente nas mãos, rosto e pés;
- Alterações como visão turva ou sensibilidade à luz;
- Dor abdominal, geralmente na região superior direita;
- Diminuição da quantidade de urina.
Qual é a pressão considerada alta para uma gestante?
De modo geral, a pressão arterial é considerada normal quando está em torno de 120/80 mmHg. No entanto, durante a gestação, ela deve ser monitorada com mais frequência, uma vez que mesmo as pequenas elevações podem indicar problemas.
Uma pressão arterial igual ou superior a 140/90 mmHg é considerada alta para gestantes. Nesses casos, é imprescindível que a futura mamãe seja acompanhada por um especialista para evitar complicações graves.
Quais são os possíveis riscos da hipertensão na gravidez?
A hipertensão na gravidez pode trazer riscos tanto para a mãe quanto para o bebê. Entre as complicações para a mãe estão a pré-eclâmpsia, a eclâmpsia (convulsões relacionadas à pressão alta), a síndrome HELLP e até o descolamento prematuro da placenta.
Para o bebê, a pressão alta da mãe pode reduzir o fluxo sanguíneo para a placenta. Isso pode resultar em baixo peso ao nascer, parto prematuro e até restrição de crescimento intrauterino. Em casos graves, pode haver risco de morte materna ou fetal.
Como tratar a hipertensão na gravidez?
O tratamento da hipertensão na gravidez deve ser realizado sob supervisão de um médico ginecologista e obstetra durante o pré-natal. O controle inclui mudanças no estilo de vida, como uma alimentação balanceada e prática de exercícios leves, além do uso de medicamentos anti-hipertensivos específicos para gestantes, caso necessário.
Nos casos de gestantes com alto risco para o desenvolvimento da pré-eclâmpsia, alguns médicos podem sugerir a suplementação de cálcio e a ingestão diária de aspirina para prevenção.
Todas essas estratégias devem ser acompanhadas pelo monitoramento regular da pressão. Assim, junto ao seguimento das orientações médicas, é possível garantir a segurança da mãe e do bebê durante a gestação.
Fontes: