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Anticoncepção – Saiba mais sobre a laqueadura tubária

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Anticoncepção – Saiba mais sobre a laqueadura tubária

Imagem: Shutterstock

Apesar de existirem diversas maneiras de evitar uma gravidez indesejada, como por meio da utilização dos mais variados métodos anticoncepcionais hormonais, por exemplo, a laqueadura tubária é uma técnica de anticoncepção que ainda é muito realizada por especialistas em ginecologia e obstetrícia em mulheres com prole constituída e que não pretendem mais engravidar.

Considerada uma forma de anticoncepção definitiva, a laqueadura ou ligadura das trompas caracteriza-se pela obstrução das tubas uterinas (antigamente chamadas de trompas de Falópio), impedindo a passagem dos espermatozoides e evitando o encontro entre os gametas masculino e feminino.

Como a laqueadura é considerada um método de anticoncepção definitiva, ela não é recomendada para todas as mulheres que desejam evitar a gravidez, mas sim para as mulheres que já constituíram sua prole e que não almejam ter mais filhos.

Quem pode fazer a laqueadura tubária?

Antes de optar pela laqueadura, é indicado que a mulher reconsidere todas as outras possibilidades de métodos contraceptivos, tendo em vista que existem métodos anticoncepcionais hormonais de longa duração, como o DIU hormonal (5 anos) e o implante subcutâneo (3 anos), que apresentam eficácia similar à laqueadura tubária.

Por ser um método contraceptivo definitivo, é preciso que a mulher demonstre interesse em realizar a ligadura das trompas por livre e espontânea vontade.

De acordo com a Lei do Planejamento Familiar número 9.263, de 12 de janeiro de 1996, a obstrução cirúrgica das tubas é permitida por lei nas seguintes condições:

  • Mulheres com capacidade civil plena, maiores de 25 anos ou que possuam, pelo menos, dois filhos vivos e não desejam mais ter filhos. Sendo que, mesmo quando há o desejo de realizar o procedimento, ela deve aguardar um período mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e a cirurgia – período em que será orientada por especialistas em ginecologia e obstetrícia sobre os riscos e peculiaridades da esterilização, bem como sobre métodos anticoncepcionais alternativos. Esse prazo foi decidido com base em pesquisas realizadas nos Estados Unidos que apontam altas taxas de arrependimentos entre as mulheres que se submeteram à laqueadura tubária dentro desse período.
  • Casos de pacientes em que a gestação apresente risco à vida ou à saúde dela ou do bebê, perante testemunhos, relatos por escrito e assinaturas de pelo menos dois médicos obstetras.

Além disso, existem condições em que a laqueadura tubária não pode ser realizada, como durante procedimento de parto (com exceção de indicação de cesárea por iteratividade) ou aborto e até o 42º dia de recuperação pós-parto ou pós-abortamento, exceto nos casos em que a necessidade de obstrução das tubas seja comprovada.

Laquedura---Ginecologia

Quais são os tipos de laqueadura existentes?

De uma maneira geral, em um procedimento de laqueadura tubária, as trompas da paciente são obstruídas por meio de cortes ou suturas. Entretanto, existem diferentes técnicas cirúrgicas para realizar esse tipo de obstrução. Entenda cada uma delas:

  • Laqueadura por laparotomia: é a maneira mais invasiva para se realizar a laqueadura. O princípio básico consiste na realização de um corte no abdome da paciente, semelhante ao de uma cesariana, e então é feito o procedimento de obstrução das trompas sob visualização direta das estruturas;
  • Laqueadura por laparoscopia: realizada por meio de videolaparoscopia e, portanto, é menos invasiva do que a laparotomia. São feitas pequenas incisões no abdome da mulher, que permitem a entrada do equipamento de vídeo para a realização da ligadura das tubas uterinas. Apresenta menor risco de complicações e a recuperação pós-operatória é mais rápida;
  • Laqueadura por histeroscopia: é o procedimento sem cortes, feito por via vaginal, em que é inserido um microimplante em cada tuba uterina com o auxílio de um histeroscópio que penetra o canal vaginal e o colo do útero, até chegar ao interior da cavidade uterina. A presença dos microimplantes causa uma reação natural do organismo da paciente, gerando a obstrução das trompas em aproximadamente 3 meses. Durante esse período é necessário que seja utilizado outro método contraceptivo auxiliar e, passados os 3 meses, é feito um exame de imagem para confirmar o fechamento definitivo das tubas.

A escolha do melhor método contraceptivo deve ser realizada pela mulher em conjunto com o especialista em ginecologia e obstetrícia.

Alguns fatores devem ser levados em consideração, como a existência de cicatrizes prévias, aderências pélvicas, endometriose, entre outras possíveis complicações que possam comprometer o sucesso da laqueadura tubária.

Apenas um especialista poderá indicar o tipo ideal de contracepção para cada caso.

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