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Folículos ovarianos: o que são e como contá-los?

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Folículos ovarianos: o que são e como contá-los?

Imagem: Shutterstock

Além de conter os óvulos, os folículos produzem os hormônios necessários para o seu desenvolvimento

Os ovários são órgãos do sistema reprodutivo feminino responsáveis pelo desenvolvimento e pela liberação dos óvulos. Além disso, nesses órgãos também são produzidos e secretados o estrogênio e a progesterona, que são hormônios importantes para o processo reprodutivo da mulher.

Entre as estruturas que fazem parte do ovário, estão os folículos ovarianos, onde são abrigados os óvulos que se vão desenvolver, sendo posteriormente liberados durante cada ciclo menstrual.

A compreensão sobre a natureza e o funcionamento dos folículos ovarianos é fundamental para entendermos sobre a fertilidade feminina e a necessidade de tratamentos de Reprodução Humana Assistida. Acompanhe no conteúdo a seguir.

Saiba mais sobre os fatores de fertilidade feminina!

Folículos ovarianos: o que são?

Os folículos ovarianos são, como já mencionado, estruturas que contêm os óvulos que se desenvolverão e serão liberados a cada ciclo menstrual. Esses folículos são compostos de células epiteliais que envolvem um único gameta — a célula reprodutiva que se tornará o óvulo — e que podem produzir hormônios.

Os óvulos ficam armazenados no interior dos folículos ovarianos desde, aproximadamente, a 16ª semana de desenvolvimento do feto feminino. A partir desse momento, o amadurecimento e a liberação ocorrerão somente quando os ciclos menstruais se iniciarem.

Qual é a importância dos folículos ovarianos?

Os folículos ovarianos são estruturas muito importantes para o processo de amadurecimento e liberação dos óvulos, uma vez que os protegem e garantem o seu desenvolvimento adequado e a sua liberação controlada durante o ciclo menstrual.

Além disso, as células que formam os folículos ovarianos também são capazes de produzir hormônios como o estrogênio, que é fundamental para o seu desenvolvimento; a progesterona, que atua na preparação do útero para receber o embrião; e o hormônio anti-mülleriano, cujas dosagens são importantes para a contagem da reserva ovariana.

Quantos folículos ovarianos as mulheres possuem?

Estima-se que a maioria das mulheres nasça com cerca de 2 milhões de folículos ovarianos. Essa quantidade começa a diminuir de forma significativa após o nascimento, apresentando uma queda mais importante após os 30 anos.

A partir da maturidade reprodutiva, uma quantidade considerável de folículos se perde a cada ciclo menstrual. Isso ocorre porque diversos folículos são recrutados para o desenvolvimento, mas apenas um óvulo costuma ser liberado ao final do ciclo.

Por esse motivo, a partir dos 30 anos, a quantidade de folículos ovarianos disponíveis diminui para cerca de 100 mil, sendo esse um dos motivos de a idade avançada ser um dos principais fatores de infertilidade feminina.

Folículos ovarianos no ciclo menstrual

Como já explicado, os folículos ovarianos se comportam como protetores dos óvulos até o momento de se desenvolverem, quando atuam de forma mais ativa na produção e liberação de hormônios importantes para os óvulos. Todo o processo de desenvolvimento e liberação dos óvulos faz parte do ciclo menstrual.

Fases do ciclo menstrual

O comportamento dos folículos ovarianos muda de acordo com a fase do ciclo menstrual, que podemos dividir da seguinte maneira:

  • Fase folicular: começa com a liberação, pela hipófise, dos hormônios folículo-estimulante e luteinizante, que fará com que diversos folículos ovarianos comecem a se desenvolver. Quando a concentração do hormônio começa a diminuir, apenas um folículo segue se desenvolvendo (folículo dominante) e os outros iniciam um processo chamado de apoptose (morte celular);
  • Fase ovulatória: nessa fase, ocorre o rompimento do folículo e a liberação do óvulo. Esse processo é bastante rápido (entre 16 e 32 horas) e pode causar uma leve dor abdominal (chamada de dor do meio do ciclo);
  • Fase lútea: é caracterizada pela formação do corpo lúteo pelas células do folículo que liberou o óvulo. O corpo lúteo produz a progesterona, que é importante para a preparação do endométrio para receber o embrião;
  • Menstruação: se, durante a fase lútea, não ocorrer a fecundação e a gravidez, o corpo lúteo regride e o endométrio se descama. Esse é o início da menstruação.

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Relação entre os folículos ovarianos e a fertilidade

Toda mulher nasce com a quantidade de folículos ovarianos que terá por toda a sua vida. Essa quantidade, chamada de reserva ovariana, é de cerca de 300 mil no início da idade reprodutiva.

Ter uma boa reserva ovariana é importante para que as chances de engravidar espontaneamente aumentem, uma vez que há muitos folículos disponíveis para se desenvolverem e produzirem os hormônios necessários a cada ciclo menstrual.

Quando não há mais folículos ovarianos disponíveis, dizemos que a mulher entrou na menopausa. Esse momento ocorre, na maioria das mulheres, entre os 45 aos 55 anos de idade.

Como é feita a contagem dos folículos ovarianos?

Mulheres com suspeita de distúrbios ovulatórios, baixa reserva ovariana ou que passarão por um tratamento de Reprodução Assistida devem fazer um procedimento para contar os folículos ovarianos, o qual é importante para auxiliar no diagnóstico de distúrbios e determinar a necessidade de estimulação ovariana.

A contagem dos folículos ovarianos é feita por meio de exames de imagem, como a ultrassonografia transvaginal, e testes laboratoriais, especialmente o que avalia as dosagens do hormônio anti-mülleriano (HAM).

Qual é a importância da estimulação ovariana na Reprodução Assistida?

A cada ciclo menstrual, a mulher libera apenas um óvulo. Isso faz com que as chances de engravidar espontaneamente sejam baixas, principalmente quando a reserva já não tem muitos folículos ovarianos disponíveis. Isso sem contar os casos em que outros fatores podem interferir no processo de ovulação.

Por isso, nos tratamentos de Reprodução Assistida, é sempre realizado um processo de estimulação ovariana para que mais folículos consigam produzir óvulos maduros o suficiente para serem liberados. Assim, é possível aumentar as chances de se obter uma fecundação e, consequentemente, uma gravidez.

 

Fontes:

Clínica BedMed

Manual MSD

Associação Brasileira de Reprodução Assistida

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