A dosagem de hormônios na estimulação ovariana é uma das principais distinções entre essas técnicas da Reprodução Assistida
FIV e mini-FIV são dois métodos de tratamento para infertilidade que compartilham semelhanças, mas também possuem diferenças importantes. Conhecer as características de cada uma dessas técnicas de Reprodução Humana Assistida é essencial para decidir qual opção atende melhor às necessidades e especificidades de cada paciente.
De qualquer forma, a escolha do tratamento é sempre desafiadora para os casais em busca de uma gestação e é essencial que a indicação do especialista em Reprodução Humana seja considerada.
Saiba qual a técnica de Reprodução Assistida é indicada para seu caso!
Índice
O que é a FIV?
A fertilização in vitro (FIV) é uma técnica de alta complexidade da Reprodução Humana. Nesse procedimento, óvulos e espermatozoides são coletados para a fecundação em laboratório. Após a fertilização, os embriões são cultivados e selecionados para a transferência uterina.
Como a fertilização in vitro é realizada?
A realização da fertilização in vitro envolve várias etapas. A primeira delas é a estimulação ovariana, momento em que são administrados hormônios por via oral ou injetável para elevar os níveis de hormônio folículo estimulante (FSH), que estimula os ovários a produzir múltiplos folículos, e de hormônio luteinizante (LH), responsável pela maturação e desenvolvimento dos óvulos.
Depois da estimulação ovariana, são administrados medicamentos para promover a maturação final dos óvulos, que geralmente são a gonadotrofina coriônica humana (hCG) ou um análogo agonista do GnRH (aGnRH). Em seguida, eles são coletados por aspiração e os espermatozoides por meio de masturbação ou punção.
Os gametas femininos e masculinos são colocados em uma placa de Petri para que a fecundação aconteça. Em casos de problemas de infertilidade mais grave, um único espermatozoide pode ser selecionado e inserido diretamente dentro de um óvulo maduro na técnica de ICSI, garantindo a fertilização. Quando os embriões chegam à fase de blastocisto, eles são escolhidos e transferidos para o útero.
O que é a mini-FIV?
Também chamada de mínimo estímulo ovariano (MEO), a mini fertilização in vitro é uma técnica de Reprodução Assistida semelhante à FIV. Nesse método, as etapas são similares, mas utiliza-se uma menor quantidade de hormônios durante a estimulação ovariana, o que também significa uma menor produção de embriões para o tratamento.
Como a mini-FIV é realizada?
FIV e mini-FIV seguem as mesmas etapas, abrangendo a estimulação ovariana para crescimento dos folículos, a coleta de óvulos e espermatozoides, a fertilização em laboratório e a transferência do embrião para a cavidade uterina após alguns dias de desenvolvimento supervisionado.
No entanto, a mini-FIV utiliza uma menor dosagem de hormônios na fase de estimulação ovariana. O principal objetivo do tratamento é estimular um número menor de folículos ovarianos, porém almejando a coleta de óvulos de melhor qualidade.
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Qual é a diferença entre FIV e mini-FIV?
A principal diferença entre FIV e mini-FIV é a dosagem de hormônios durante a estimulação ovariana. Essa diminuição na medicação leva a outros pontos de diferenciação, como a redução de desconfortos, ganho de peso e alterações de humor, e do risco da síndrome da hiperestimulação ovariana, complicação rara das altas dosagens dos medicamentos hormonais.
Como consequência da baixa dosagem, menos óvulos são obtidos na mini-FIV, o que significa uma menor quantidade de embriões e de possibilidade de tentativas de concepção. Por outro lado, os óvulos costumam ter uma qualidade mais alta neste método com menos hormônios.
Outra diferença entre FIV e mini-FIV é que a técnica simplificada não costuma deixar embriões excedentes. No procedimento tradicional, é comum obter uma maior quantidade de embriões, permitindo doá-los ou congelá-los para uso futuro.
Com isso, outra diferenciação entre FIV e mini-FIV é que a técnica simplificada é financeiramente mais acessível, já que envolve um menor custo com medicamentos hormonais e menor probabilidade de formar embriões excedentes para serem congelados.
Quais são as indicações para a FIV e mini-FIV?
FIV e mini-FIV são técnicas recomendadas para casais com problemas de fertilidade mais severos, como distúrbios ovulatórios, endometriose, idade materna avançada, baixa contagem e alterações de espermatozoides. Casais que não tiveram sucesso com outros tratamentos de baixa complexidade também recebem essa indicação.
Devido às diferenças entre FIV e mini-FIV, o método com baixa dosagem de medicamentos hormonais é indicado para mulheres com mais de 35 anos que apresentam baixa reserva ovariana, assim como para aquelas com mais de 40 anos, pois o organismo enfrenta maiores desafios na produção de óvulos de alta qualidade. Além disso, a mini-FIV também é adequada para:
- Pacientes que não obtiveram muitos óvulos em ciclos anteriores de FIV;
- Casais que não desejam embriões excedentes;
- Mulheres que tenham riscos aumentados de distúrbios devido à estimulação ovariana;
- Mulheres que queiram evitar efeitos colaterais do uso de hormônios, como a retenção de líquidos e as mudanças de humor;
- Pessoas que precisam diminuir os custos do tratamento, reduzindo doses de medicamentos e a necessidade de congelamento de embriões excedentes.
Quando procurar um especialista em Reprodução Humana?
O especialista em Reprodução Assistida deve ser procurado quando existe uma causa conhecida de infertilidade ou quando é necessário investigar a dificuldade de engravidar após um ano de tentativas regulares sem o uso de métodos contraceptivos.
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