Ainda que seja um período de muitas mudanças, é preciso evitar o estresse excessivo durante a gravidez, que pode prejudicar o bebê
A gravidez é um dos momentos mais esperados e desejados por muitos casais, sendo quase sempre repleto de magia e alegria. Porém, ainda que quase ninguém fale sobre, é também um período de muito estresse, tanto para a mulher quanto para o homem. Estudos mostram que o estresse na gravidez afeta cerca de 75% das gestantes.
Índice
É normal o estresse na gravidez?
O estresse na gravidez é normal e esperado, pois é um período de mudanças na vida do casal e de muitas tomadas de decisões. Além disso, o organismo da mulher fica sobrecarregado e passa por alterações anatômicas e hormonais que impactam o emocional. Porém, é preciso se atentar para que o estresse não seja excessivo, evitando repercussões negativas para a mulher e para o bebê.
O que causa o estresse da mulher na gravidez?
As causas de estresse na gravidez, para a mulher, têm relação principalmente com os acontecimentos cotidianos e situações que desencadeiam reações negativas.
Acontecimentos vitais
A gestação é um acontecimento vital, ou seja, que tem o potencial de mudar a vida do casal e de toda a família, principalmente porque envolve a geração e a criação de um novo indivíduo, responsabilidade essa que pode causar tensão e até dúvidas.
Rotina
Coisas comuns do cotidiano passam a ter maior impacto no emocional da gestante, de forma que situações que anteriormente não a irritavam, agora podem gerar estresse. Afinal, o próprio corpo está trabalhando mais e ficando mais exausto.
Situações de tensão crônica
Uma das fontes do estresse na gravidez são as situações crônicas que geram tensão, como um relacionamento não saudável, problemas de saúde dos familiares ou até dívidas.
Como o estresse da mãe afeta o bebê na gestação?
A forma como o estresse da mãe afeta o bebê durante a gestação tem relação principalmente com a liberação de cortisol, o “hormônio do estresse”. Quando o organismo fetal recebe o cortisol, através da placenta, ele reage com aumento da movimentação e dos batimentos cardíacos, podendo até entrar em sofrimento fetal.
Um estudo publicado em 2011 pontuou que as principais consequências do estresse na gravidez para o feto são:
- Maior predisposição a doenças mentais, alergias e asma;
- Maior probabilidade de apresentar problemas temperamentais e comportamentais;
- Prematuridade e baixo peso ao nascimento;
- Prejuízo ao desenvolvimento cognitivo.
Possíveis riscos do estresse na gravidez
Já para a mulher, o estresse na gravidez aumenta a predisposição tanto para o desenvolvimento de depressão pós-parto quanto para condições obstétricas de risco, como a hipertensão arterial, maior predisposição à pré-eclâmpsia, cólicas e maior risco de sangramento.
Como avaliar o estresse na gravidez?
O estresse na gravidez precisa de atenção principalmente do parceiro e de outras pessoas que convivem com a gestante. Como dito, essa é uma condição esperada para todas as mulheres, mas quando se torna excessivo, é preciso tomar algumas medidas para reduzir o estresse. Assim, deve-se ficar atento aos seguintes sinais:
- Aumento da pressão arterial;
- Perda de apetite e perda do sono;
- Humor deprimido e perda da vontade de falar sobre a gestação ou de fazer coisas que anteriormente a alegravam;
- Brigas excessivas no ambiente familiar.
Tratamento e prevenção do estresse na gravidez
Para tratar e prevenir o estresse na gravidez é preciso, primeiramente, que tanto a gestante quanto o parceiro e familiares compreendam que o corpo passará por muitas alterações durante os nove meses de gestação, sendo comum sentir mais cansaço, sonolência e dificuldade de concentração.
Além disso, para evitar os picos de irritabilidade, é recomendado realizar atividade física conforme orientação do médico obstetra. Por outro lado, nos momentos de cansaço, é preciso respeitar o corpo e repousar, preferencialmente, junto do parceiro, para que ambos aproveitem o momento.
Por fim, são medidas igualmente importantes para reduzir o estresse na gravidez manter uma alimentação adequada, seguir a suplementação orientada pelo médico, buscar momentos de reflexão e meditação e buscar o apoio de uma assistência multiprofissional, tal como o auxílio da Psicologia por meio de sessões de terapia.
Entre em contato com os especialistas da clínica BedMed e saiba mais sobre esse e outros assuntos.
Fontes: