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O que é estimulação ovariana?

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O que é estimulação ovariana?

Imagem: Shutterstock

Procedimento possibilita que mais óvulos estejam disponíveis para tratamentos de Reprodução Humana Assistida

Desde o nascimento, as mulheres já possuem todos os folículos que gerarão os óvulos em cada ciclo menstrual ao longo de suas vidas. Entretanto, diversos fatores podem contribuir para a irregularidade das ovulações e diminuição da qualidade ou da quantidade dos óvulos disponíveis, favorecendo a infertilidade feminina.

Mesmo assim, é possível que as mulheres com infertilidade consigam engravidar com a ajuda dos tratamentos de Reprodução Humana Assistida. Para aumentar as chances de sucesso, a maioria deles realiza protocolos de estimulação ovariana para obter mais óvulos maduros e de melhor qualidade em um único ciclo.

Por ser um tratamento hormonal, muitas mulheres têm dúvidas sobre como funciona a estimulação ovariana. Apesar da preocupação, costuma ser um método bastante seguro e eficaz. Entenda mais, a seguir, sobre esse método e suas aplicações.

O que é a estimulação ovariana?

A estimulação ovariana é um procedimento realizado com o intuito de estimular os folículos ovarianos a produzirem mais óvulos maduros em um ciclo menstrual. Como mencionado anteriormente, costuma ser um dos passos dos tratamentos de Reprodução Humana Assistida para aumentar as chances de obtenção da gravidez.

O procedimento ocorre, geralmente, a partir de um tratamento com medicamentos hormonais, cujo protocolo é determinado pelo médico especialista em Reprodução Humana, de acordo com as características da mulher e os objetivos do tratamento que será realizado posteriormente.

Como é feita?

Para entender como é feita a estimulação ovariana, é importante conhecer como funcionam os ciclos menstruais. Todos os meses, um conjunto de hormônios atua para que um óvulo amadureça e seja liberado nas trompas para ser fecundado. O hormônio folículo-estimulante (FSH) estimula o crescimento dos folículos ovarianos e, posteriormente, o hormônio luteinizante (LH) desencadeia a ovulação.

Nos ciclos menstruais normais, em média, apenas um óvulo costuma ser liberado. Por isso, a estimulação ovariana aumenta a quantidade de óvulos disponíveis para serem fecundados. Isso é feito por meio da administração oral ou injetável de medicamentos hormonais, tais como:

  • Citrato de clomifeno;
  • Letrozol;
  • Hormônio folículo-estimulante;
  • Hormônio luteinizante.

A determinação de qual medicação deve ser utilizada e sua quantidade depende de uma avaliação, por meio do médico, da reserva ovariana da mulher, de sua idade e da forma com que os hormônios se comportam em seu organismo.

Após a administração dos medicamentos, deve ser realizado acompanhamento da resposta ovulatória por meio de exames de imagem, como a ultrassonografia, e exames de sangue. Assim, é possível determinar o melhor momento para dar continuidade aos tratamentos de Reprodução Humana Assistida.

Todo o procedimento de estimulação ovariana pode durar de 10 a 12 dias, em média. A quantidade de óvulos obtidos depende de características individuais da mulher, como a idade e a reserva ovariana, e da finalidade do tratamento.

Quem pode se beneficiar da estimulação ovariana?

O procedimento de estimulação ovariana pode ser realizado em diversos tratamentos de Reprodução Humana Assistida. Por isso, pode-se dizer que é um procedimento benéfico a mulheres que sofrem com fatores de infertilidade — como a endometriose, a síndrome dos ovários policísticos, os tratamentos de câncer, entre outros — e desejam engravidar.

Conheça, a seguir, as principais aplicações da estimulação ovariana:

Estimulação ovariana e inseminação artificial

A inseminação artificial é um tratamento de Reprodução Humana Assistida de baixa complexidade que consiste no depósito do sêmen diretamente na cavidade uterina. O primeiro passo do procedimento é a estimulação ovariana, que aumenta a quantidade de óvulos disponíveis para a fecundação.

Estimulação ovariana e namoro programado

O namoro programado é um tratamento em que, em conjunto com o médico, a mulher acompanha o ciclo menstrual para que seja determinado o melhor momento para que ela tenha relações sexuais com seu parceiro. A estimulação ovariana, assim como na inseminação artificial, pode ser realizada para aumentar a quantidade de óvulos disponíveis.

Estimulação ovariana e FIV

A estimulação ovariana é um dos primeiros e mais importantes passos da fertilização in vitro (FIV). Os óvulos obtidos são coletados e fertilizados em ambiente laboratorial com o sêmen do parceiro ou de um doador anônimo. Após alguns dias de desenvolvimento, os embriões obtidos são implantados no interior do útero.

Estimulação ovariana e congelamento de óvulos

Além dos tratamentos de Reprodução Humana Assistida em si, a estimulação ovariana pode ser realizada também em mulheres que desejam fazer procedimentos de preservação da fertilidade. Neles, ocorre a coleta dos óvulos e seu congelamento. Assim, eles podem ser utilizados, no futuro, em FIV quando a mulher desejar engravidar.

Existem riscos no procedimento?

Como todo tratamento, a estimulação ovariana pode ter alguns afeitos adversos. O mais conhecido deles é a Síndrome do Hiperestímulo Ovariano (SHO), que ocorre quando a resposta ovariana é exagerada (geralmente quando é obtido mais de 20 óvulos).

Apesar de ser uma situação incômoda, a maioria dos casos de SHO não é grave e tem sintomas como:

  • Inchaço e desconforto abdominal;
  • Náuseas e vômitos;
  • Diarreia;
  • Cólicas;
  • Ganho de peso.

Outra situação que pode ocorrer após um tratamento com estimulação ovariana, além da SHO, é a gravidez múltipla (de gêmeos), uma vez que a maior quantidade de óvulos disponíveis abre essa possibilidade. Além disso, durante o tratamento, pode ser recomendado que a mulher evite atividades físicas e sexuais para evitar complicações como a torção ovariana.

No entanto, essas recomendações podem variar de acordo com a finalidade do procedimento e o número de óvulos obtidos. Por isso, é importante que todas as etapas da estimulação ovariana sejam acompanhadas de perto pelo médico ginecologista especialista em Reprodução Humana.  

Para saber mais sobre esse e demais assuntos, entre em contato com a Clínica BedMed.

Fontes:

Clínica BedMed

Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA)

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