A endometriose é uma doença que se caracteriza pela implantação e crescimento anormal do tecido endometrial fora da cavidade uterina, podendo acometer diversos tecidos e órgãos da região pélvica. No caso da endometriose na bexiga, como o próprio nome sugere, o tecido se implanta especificamente nas paredes da bexiga.
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Embora o diagnóstico dessa condição seja ainda menos frequente (estima-se que apenas 0,5 até 2% da população feminina mundial apresente essa condição), é importante ter conhecimento sobre os seus sintomas e como tratar a endometriose na bexiga, já que essa doença pode resultar em muito desconforto.
Índice
Quais são os principais sintomas da endometriose na bexiga?
Os sintomas mais comuns da endometriose na bexiga são pouco específicos e podem ser facilmente confundidos com sintomas menstruais. São eles:
- Dor na região pélvica, nos rins ou na própria bexiga, que pode se intensificar durante a menstruação;
- Desconforto ao urinar e durante a relação sexual;
- Aumento na frequência miccional;
- Presença de sangue ou pus na urina, especialmente na menstruação;
- Febre persistente abaixo de 38ºC;
- Cansaço excessivo.
Como é realizado o diagnóstico da endometriose na bexiga?
A endometriose pode ser confundida com outras afecções que acometem a região pélvica, já que a doença pode se implantar em outras áreas. Por isso, um diagnóstico precoce ao sinal de qualquer desconforto pode ser muito eficaz para encontrar o tratamento necessário para que a paciente não tenha de lidar com os sintomas da doença.
No caso da endometriose na bexiga, o ideal é que a paciente seja encaminhada para realização de uma ressonância nuclear magnética da pelve, já que esse exame é capaz de fornecer uma visão geral do organismo, facilitando a descoberta dos focos da doença. É importante lembrar que, além da bexiga, a endometriose pode acometer outros tecidos e órgãos adjacentes ao útero.
Outro exame que pode auxiliar no diagnóstico da endometriose na bexiga é a videolaparoscopia diagnóstica. Por meio deste procedimento minimamente invasivo, os órgãos podem ser observados com maior precisão, constatando ou não a presença do tecido endometrial nas paredes da bexiga. Em casos da endometriose que acomete a porção interna da bexiga, a cistoscopia pode ser um exame que detecta com acurácia a extensão e a localização da lesão.
Quais são os principais tratamentos da endometriose na bexiga?
Há algumas individualidades que podem interferir na escolha do tratamento da endometriose na bexiga, tais como: idade da paciente, intensidade dos sintomas apresentados, localização e extensão das lesões causadas pela doença e futuro desejo reprodutivo. Antes de optar por qualquer tipo de tratamento, é fundamental passar em avaliação com ginecologista e urologista especializados (tratamento multidisciplinar).
Os tratamentos mais comuns para essa condição são:
- Terapia hormonal: por meio do uso de medicamentos hormonais, há a diminuição na proliferação das células endometriais na bexiga;
- Cirurgia: a paciente é submetida à remoção parcial ou total da bexiga, a depender do número, extensão, profundidade e localização das lesões.
Dependendo da condição da paciente e da gravidade da doença, o tratamento pode ser combinado.
É importante ressaltar que ambos os tratamentos não curam a condição, já que não existe uma maneira de extinguir a doença. Os tratamentos apenas auxiliam na diminuição e no alívio dos sintomas da endometriose na bexiga.
Embora a endometriose na bexiga não tenha cura, ainda é extremamente necessário recorrer aos tratamentos disponíveis, pois se a doença não for tratada de maneira correta, ela pode ocasionar problemas urinários graves no futuro, como a incontinência (perda involuntária da urina pela uretra) ou obstrução urinária (bloqueio que inibe o fluxo da urina através de seu trajeto normal).
Portanto, na presença de qualquer sintoma que possa indicar a presença da endometriose na bexiga, é necessário agendar uma consulta com um profissional da área médica, realizando o diagnóstico precoce e o tratamento correto dessa condição. Entre em contato com a BedMed para saber mais sobre o assunto!
Fontes:
Instituto Crispi de Cirurgias Minimamente Invasivas;
Clínica Ginecológica BedMed.