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Endometriose Umbilical: Sintomas, Causas, Diagnóstico e Tratamentos

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Endometriose Umbilical: Sintomas, Causas, Diagnóstico e Tratamentos

Imagem: Shutterstock

A presença de células endometriais na região umbilical pode ser um sinal de endometriose pélvica e causar infertilidade

Mulher com as mãos no umbigo em fundo branco
Imagem: Shutterstock

A endometriose é um quadro clínico que acomete cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva, sendo caracterizada pela implantação de células endometriais fora do seu devido local, ou seja, fora da camada interna do útero. Para facilitar a compreensão, é importante lembrar que o endométrio é a camada uterina que reveste a cavidade oca do órgão, tendo seu crescimento estimulado ao longo do ciclo menstrual pelo estrogênio. Quando esse estímulo hormonal decai devido à falta de implantação do embrião, o endométrio descama e sangra, resultando na menstruação.

Assim, quando as células endometriais se instalam em outras regiões do corpo da mulher que não no útero, tem-se a endometriose. A severidade do quadro e a relação da doença com a infertilidade dependem da profundidade de implantação e dos locais, sendo que os focos endometrióticos podem permanecer na pelve ou fora dela, como é o caso da endometriose umbilical.

O que é endometriose umbilical?

A endometriose umbilical é um tipo de endometriose caracterizada pela presença de células endometriais na cicatriz umbilical, ou seja, é uma manifestação cutânea da doença. Essa alteração acomete de 0,2 a 4% das mulheres com endometriose e corresponde por 30 a 40% dos quadros cutâneos, bem como pode acometer até 1% das mulheres já submetidas à cirurgia cesariana, segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

Apesar de ser uma patologia tratável, ela pode causar muitas dores e ter forte associação com endometriose pélvica, importante causa de infertilidade.

Sintomas da endometriose umbilical

Nem sempre a mulher com endometriose umbilical tem sintomas, mas quando eles ocorrem, são bem específicos e focados na região acometida, ou seja, no umbigo. A mulher com esse quadro pode ter a seguinte sintomatologia:

  • Dor na região, principalmente durante o período menstrual;
  • Formação de nódulos acastanhados ou avermelhados no umbigo;
  • Sangramento ou eliminação de secreção pelo próprio umbigo durante o período menstrual.

Esse último sintoma ocorre porque, mesmo quando presentes fora do sítio de origem, as células endometriais continuam respondendo aos hormônios sexuais (estrogênio e progesterona). Assim, as pacientes com endometriose costumam sentir dor durante o ciclo menstrual nos locais de implantação dessas células.

Como é feito o diagnóstico dessa patologia?

A suspeita diagnóstica da endometriose umbilical é feita a partir da história clínica da paciente e do exame físico realizado pelo ginecologista, sendo suficientes para que o médico solicite uma investigação adicional com exames de imagem. Essa avaliação inclui ultrassonografia de parede abdominal, ultrassonografia transvaginal para avaliar acometimento pélvico, e, em alguns casos, pode ser necessária uma ressonância nuclear magnética – principalmente como conduta pré-cirúrgica.

Como é o tratamento da endometriose umbilical?

A escolha do tratamento para a endometriose umbilical depende do tamanho, da localização e da profundidade dos focos endometriais. Em algumas situações, o tratamento apenas com medicamentos hormonais pode ser suficiente para suprimir a proliferação celular. Na maior parte das vezes, no entanto, é preciso remover cirurgicamente o tecido nodular da região do umbigo.

O tratamento medicamentoso para a endometriose umbilical se baseia na indução da amenorreia, ou seja, utilizam-se hormônios que impedem que a mulher menstrue, evitando assim o crescimento do endométrio e sua descamação. Já a cirurgia visa remover esse tecido endometrial dos locais em que está implantado, sendo que, em alguns casos, pode ser necessário fazer um tratamento medicamentoso prévio para reduzir o tamanho das lesões.

Endometriose umbilical e infertilidade

Estima-se que de 30 a 50% das mulheres com endometriose sejam inférteis. Isso acontece porque, mesmo na presença de fortes cólicas menstruais, as pacientes não buscam atendimento ginecológico, pois foram sempre ensinadas que essa dor é “normal”. Assim, ocorre um atraso importante no diagnóstico da doença, levando a lesões pélvicas significativas – especialmente nos ovários e tubas uterinas – que culminam em infertilidade.

Portanto, na presença de cólicas muito fortes durante o período menstrual, inclusive em outras regiões do corpo, é preciso investigar as causas com um médico ginecologista.

Quanto à endometriose umbilical, esse quadro por si só não costuma ser causa de infertilidade para pacientes, pois é um acometimento externo à pelve. Porém, na maioria dos casos, pacientes com endometriose umbilical também têm esse tipo de célula em outros locais do corpo, principalmente na pelve, o que pode causar infertilidade e a necessidade de buscar métodos de Reprodução Assistida para engravidar.

Endometriose e Fertilização in Vitro (FIV) para engravidar

As pacientes diagnosticadas com infertilidade devido à endometriose umbilical e de outras topografias podem recorrer à Fertilização in Vitro (FIV) como forma de Reprodução Assistida para engravidar, principalmente quando a endometriose acomete órgãos pélvicos, como os ovários e as tubas uterinas, impedindo a ovulação.

O primeiro passo para o tratamento consiste em administrar medicamentos hormonais que promovem estimulação ovariana e indução da ovulação para amadurecer uma quantidade maior que o normal de folículos ovarianos. Após seu amadurecimento, os óvulos são coletados por punção e fertilizados em laboratório com o espermatozoide do parceiro ou doador, gerando assim um embrião viável que será implantado no útero da paciente para se desenvolver.

Nos casos em que o quadro de endometriose pélvica é mais leve e não causa a obstrução das tubas uterinas e nem endometriomas ovarianos, o tratamento cirúrgico do quadro ginecológico seguido de uma inseminação artificial pode ter sucesso, não precisando necessariamente realizar a Fertilização in Vitro.

Entre em contato com os especialistas da clínica BedMed e saiba mais sobre esse e outros assuntos.

Fontes:

Febrasgo;

Ministério da Saúde.

 

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