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Quais são as diferenças entre endometriose e adenomiose?

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Quais são as diferenças entre endometriose e adenomiose?

Imagem: Shutterstock

mulher sentada na cama com dores uterinas causadas por endometriose e adenomiose

Embora ambas apresentem sintomas semelhantes, elas afetam áreas distintas do útero

O útero é revestido internamente por um tecido chamado endométrio, responsável por apoiar a implantação do embrião para que a gestação se desenvolva. Sua estrutura sofre modificações ao longo dos ciclos menstruais devido, justamente, a esse papel que o endométrio desempenha. Assim, quando um óvulo não é fertilizado, o tecido se decompõe, levando ao sangramento menstrual.

A endometriose e a adenomiose são doenças relacionadas ao revestimento uterino e podem causar sintomas dolorosos semelhantes, embora sejam condições distintas. Algumas mulheres podem sofrer de ambas ao mesmo tempo. No texto a seguir, vamos conhecer as principais diferenças entre elas.

[cta_paginas_internas_2 titulo=”Entenda a diferença entre Endometriose e Adenomiose”]

O que é endometriose?

A endometriose é uma condição na qual o endométrio cresce fora do útero, ou seja, em órgãos como bexiga, ovários, tubas uterinas e até mesmo no intestino e nos pulmões.

Características da endometriose

As principais características da endometriose são as cólicas intensas que podem ocorrer no período menstrual — o que leva à dificuldade do diagnóstico, pois muitas mulheres encaram as dores como algo fisiológico. Além disso, a doença pode causar outros sintomas, como:

  • Dor durante as relações sexuais;
  • Fluxos menstruais intensos ou irregulares;
  • Infertilidade;
  • Dor na parte inferior do abdome;
  • Náuseas e vômitos;
  • Fadiga crônica.

O que é adenomiose?

A adenomiose é uma doença que se caracteriza pela implantação do endométrio na musculatura do útero (miométrio). Isso pode levar a um quadro bastante doloroso, pois o sangue e as células endometriais se infiltram através das paredes uterinas.

Características da adenomiose

Embora seja uma doença benigna e, na maioria das vezes, assintomática (em cerca de 35% dos casos), a adenomiose também pode causar cólicas menstruais intensas, sangramentos menstruais irregulares (e, algumas vezes, abundantes), dor durante as relações sexuais, pressão na região do abdome e do reto, desconforto e inchaço abdominal, além de aumento do volume do útero.

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Quais são as diferenças entre endometriose e adenomiose?

Embora os sintomas da endometriose e da adenomiose sejam semelhantes e ambas afetem as mulheres em idade reprodutiva, o que diferencia a endometriose e a adenomiose é o local em que o endométrio se implanta, como dito anteriormente.

Outra possível diferença entre endometriose e adenomiose está nas causas que contribuem para o surgimento da doença. Acredita-se que a adenomiose esteja ligada a fatores hormonais, enquanto a endometriose tem várias causas potenciais que muitas vezes estão ligadas à genética ou ao estilo de vida da mulher.

Além disso, a endometriose afeta mais comumente mulheres entre 25 a 40 anos, enquanto a adenomiose é mais comum em mulheres com idade entre 40 a 50 anos.

No entanto, ambas tendem a ser solucionadas quando a mulher entra na menopausa.

Como é o diagnóstico de endometriose e adenomiose?

Além da avaliação física e dos sintomas relatados pela paciente, a endometriose e a adenomiose podem ser diagnosticadas por exames de imagem, como ressonância magnética da pelve e ultrassom transvaginal com preparo intestinal.

Como é o tratamento de endometriose e adenomiose?

Atualmente, a endometriose e a adenomiose podem ser tratadas de maneira clínica ou cirúrgica.

O tratamento clínico inclui o uso de anti-inflamatórios para o controle da dor e da inflamação, e de anticoncepcionais para controlar a liberação de hormônios durante o ciclo menstrual. O uso contínuo de anticoncepcionais, de forma a suspender a menstruação, ou de DIU hormonal pode trazer bons resultados em algumas pacientes. O objetivo das terapias hormonais é diminuir a produção do hormônio estrogênio ou bloquear seus efeitos no organismo.

Já o tratamento cirúrgico é indicado para os casos em que o tratamento clínico não apresentou resultados no controle dos sintomas da endometriose e adenomiose. Nesse caso, o tecido cicatricial que se forma no útero é retirado, preservando assim a fertilidade da mulher.

Dependendo dos estágios em que se encontram a endometriose e adenomiose, da idade da paciente e dos sintomas relatados, pode ser necessária a retirada do útero.

Cada caso deve ser avaliado individualmente, considerando fatores como a idade da mulher, suas condições de saúde e seu desejo de engravidar.

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Fontes:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo)

Cleveland Clinic

Hospital Nove de Julho

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