No dia 7 de abril é celebrado o Dia Mundial da Saúde. A data foi criada em 1948, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância da prevenção, da qualidade de vida e de do bem-estar da população.
Para a OMS, a definição de saúde está relacionada a “um completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou enfermidade”. De acordo com a Constituição Brasileira de 1988, a saúde é considerada um direito universal, que deve ser garantido pelo Estado.
No entanto, cada indivíduo é responsável por cuidar de sua saúde e precisa se considerar o principal agente na busca por se manter saudável. Para isso, o primeiro passo é estar disposto a uma mudança de estilo de vida, com foco na prevenção de doenças e disposição ao longo da vida.
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Saúde da Mulher: os principais desafios
Quando falamos sobre saúde da mulher, a palavra prevenção se torna a maior aliada feminina. Além de manter um estilo de vida focado em mais saúde – priorizando a prática de atividades físicas e hábitos saudáveis, como dormir 8 horas por dia, se alimentar de 3 em 3 horas e não potencializar preocupações desnecessárias – outro fator fundamental é manter uma rotina de exames e consultas médicas para prevenir os principais vilões da saúde da mulher: HPV, endometriose, câncer de mama e de colo do útero, pólipos e cistos.
Ao longo deste post, faremos um raio X das principais doenças que atingem a saúde da mulher e suas principais formas de prevenção. Confira!
Pólipos e cistos: diagnóstico e tratamentos
- Pólipos: são estruturas que surgem na camada interna do útero e acometem cerca de 20% das mulheres no mundo. Na maioria dos casos não causam sintomas, mas quando aparecem, interferem no fluxo menstrual e causam dor, cólicas e escapes menstruais. Tratamento: não existem medicamentos para a cura dos pólipos e a retirada cirúrgica dos mesmos dependerá da quantidade, tamanho, localização e idade da paciente. Nos casos em que os sintomas interferem na rotina da mulher, impedindo-a de levar uma vida com normalidade, a indicação é cirúrgica.
- Cistos: costumam aparecer na mama e no ovário e geralmente são benignos. No caso do surgimento de cistos no ovário, eles costumam ser dos tipos: folicular (decorrente da ovulação), endometrioma (cistos de sangue que se formam no ovário em decorrência da endometriose) e malignos, que caracterizam a presença de tecidos cancerígenos. Tratamento: geralmente não precisam de tratamento cirúrgico, sendo que a cirurgia é reservada apenas para os casos de cistos endometrióticos que promovem dor ou infertilidade e para os casos de cistos complexos com suspeita de malignidade.
A presença de cistos e pólipos pode passar despercebida pela mulher, por não ter sintomas representativos. Por isso, é tão importante realizar uma rotina de exames ginecológicos periodicamente, como o ultrassom transvaginal, capaz de diagnosticar a presença de pólipos endometriais e cistos ovarianos.
HPV e câncer de colo do útero
O HPV (Papiloma Vírus Humano) é uma doença sexualmente transmissível, que também pode ser transmitida (de forma menos prevalente) pelo contato indireto com secreções. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2017, mais da metade da população estava infectada com a doença. É por isso que a prevenção é fundamental para evitar a disseminação da doença.
O vírus HPV pode causar verrugas genitais e progredir para diversos tipos de câncer: colo do útero, garganta, ânus e pênis. Em muitos casos, essa é uma doença assintomática, dificultando o diagnóstico e tratamento precoces. O vírus pode se manter no organismo durante meses ou até anos, manifestando-se muito tempo após o contato inicial (primo-infecção).
Tratamento: existem diversas opções de tratamentos para as lesões causadas pelo vírus HPV, indicados de acordo com o tipo de manifestação do vírus (vírus de baixo ou de alto grau). Nos casos de lesões causadas pelo vírus de baixo grau, também chamadas de condilomas genitais, o uso de ácido tricloroacético ou cremes à base de imunomoduladores podem ser uma boa opção.
Nos casos de lesões causadas pelo vírus de alto grau, é importante avaliar o grau de acometimento do epitélio. Em casos de lesões superficiais, é indicada a cauterização da lesão. Em casos de lesões mais profundas, o tratamento cirúrgico pode ser recomendado.
Endometriose
Trata-se de uma doença na qual o endométrio, tecido que reveste a parede interna do útero, cresce em outras regiões do corpo, tais como os ovários, alças intestinais ou bexiga, por exemplo. Os principais sintomas dessa doença são: cólicas abdominais, dor excessiva durante o período menstrual, infertilidade conjugal e desconforto durante as relações sexuais.
Tratamento: as opções de tratamentos incluem: medicamentos hormonais para controlar a dor e diminuir a progressão da doença (indicados nos casos de endometriose leve) ou cirurgia videolaparoscópica para os casos de endometriose mais severa. Vale ressaltar que o protocolo de tratamento varia de acordo com cada paciente e deve ser traçado de maneira individualizada pelo médico responsável pelo caso.
Câncer de mama
Trata-se de um tumor maligno que se desenvolve na mama em decorrência do crescimento descontrolado de células com anormalidades. O câncer de mama atinge mulheres em todo o mundo, sendo registrados 1,38 milhões de novos casos e 458 mil mortes pela doença anualmente, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde.
Mulheres com idade entre 40 a 69 anos são as principais vítimas da doença, devido, principalmente, à grande exposição ao hormônio estrogênio. Tratamento: o câncer de mama pode ser tratado de diversas maneiras e é possível combinar diferentes tipos de tratamentos. Na maioria dos casos, é necessária a retirada total do tumor, por meio de cirurgia, que também pode acarretar na retirada parcial ou total da mama. Todo caso de câncer de mama deve ser acompanhado por um mastologista e por um oncologista.