O aumento na dosagem do hormônio prolactina pode inibir a produção de hormônios importantes para a fertilidade, tais como o luteinizante (LH) e o folículo-estimulante (FSH), responsáveis pela ovulação, além de poder causar disfunção sexual importante tanto em homens como em mulheres.
Logo, casais que estão enfrentando problemas para engravidar de maneira espontânea (casais com infertilidade conjugal) geralmente recebem a solicitação para coleta sanguínea do hormônio prolactina.
Os médicos ginecologistas da clínica BedMed responderam aos principais questionamentos a respeito da disfunção do hormônio prolactina. Confira a seguir!
Índice
O que é e como é produzido o hormônio prolactina?
A prolactina é o hormônio responsável por estimular o crescimento das glândulas mamárias durante o período gestacional, assim como age efetivamente na produção do leite materno no período do pós-parto.
Esse hormônio é produzido pela glândula hipófise e pode passar por períodos de disfunção, tendo sua produção aumentada ou diminuída. As duas situações têm impacto direto na fertilidade masculina e feminina.
Além da produção do leito materno, a prolactina ajuda na regulação das funções sexuais. Esse hormônio ajuda a proporcionar a sensação de bem-estar e prazer após o coito, sendo fundamental para o orgasmo feminino e masculino.
Como a disfunção da prolactina impacta a fertilidade?
A hiperprolactinemia, termo utilizado para definir o aumento na produção da prolactina, pode resultar em quadros de infertilidade feminina devido ao seu impacto direto na produção dos hormônios FSH e LH, que são os responsáveis pela ovulação.
A prolactina em excesso provoca a anovulação, ou seja, ausência da liberação do óvulo, resultando na desregulação dos ciclos menstruais.
Dessa forma, a mulher que apresenta hiperprolactinemia pode apresentar ausência de menstruação (amenorreia) ou aumento do intervalo entre os ciclos menstruais. Esta situação faz com que a paciente não tenha o processo ovulatório em pleno funcionamento, dificultando as chances de concepção natural.
Quais são as principais causas da disfunção da prolactina?
Diversos fatores colaboram para que ocorra a disfunção da produção da prolactina. O mais comum é o uso de medicamentos, tais como os antipsicóticos e/ou antidepressivos. Remédios que combatem o enjoo e até mesmo anti-hipertensivos também podem colaborar na alteração da produção do hormônio.
Outras alterações que podem promover alteração na produção desse hormônio são:
- Tumores hipofisários (macro ou microadenomas);
- Distúrbios na produção dos hormônios tireoideanos, tais como o hipotireoidismo;
- Insuficiência renal e/ou hepática;
- Trauma torácico ou queimadura da parede torácica;
- Irradiação;
- Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP).
A hiperprolactinemia apresenta sintomas específicos?
O quadro clínico é variável, podendo apresentar desde ausência de sintomas até um quadro clínico bem exacerbado. O surgimento dos sintomas depende da elevação do hormônio prolactina e da reação de cada organismo.
Existem mulheres que não vão apresentar sintomas ao longo da vida e só irão descobrir a disfunção na produção da prolactina quando estão tentando engravidar, mas não obtém sucesso.
Dentre os sintomas que podem aparecer, os mais comuns são: alteração no ciclo menstrual (ausência de menstruação ou ciclos menstruais com intervalos mais longos), infertilidade conjugal, galactorreia (saída de leite pelas mamas) e alteração do campo visual, sendo que esse sintoma tem relação direta com a presença de tumores de hipófise (além da cefaleia e distúrbios do crescimento).
Quais são as opções de tratamento da hiperprolactinemia?
O protocolo de tratamento da disfunção da produção da prolactina pode ser medicamentoso ou cirúrgico. Para isso, é importante que a paciente tenha acompanhamento junto a um médico ginecologista e endocrinologista. Esses profissionais indicarão em conjunto qual é a melhor opção de tratamento que reverterá o quadro.
Em situações mais complexas, tais como a presença de tumores de hipófise de grande volume (macroadenoma hipofisário), é aconselhado procurar pelo auxílio de um neurocirurgião, sendo importante a remoção do mesmo para o restauro da saúde reprodutiva e da qualidade de vida da mulher.
Essas foram apenas algumas informações a respeito da prolactina. Caso desconfie da doença, agende uma consulta com um de nossos médicos ginecologistas.
Fonte:
Clínica Ginecológica BedMed;