O tratamento para cisto no ovário deve ser determinado de acordo com o tipo de cisto que a paciente apresenta. A presença de cisto no ovário não indica necessariamente a necessidade de tratamento, uma vez que a maioria dos cistos ovarianos tende a desaparecer de forma espontânea.
O cisto no ovário é uma espécie de bolsa cheia de líquido que se forma nas paredes interna ou externa do ovário. Existem diversos tipos de cistos no ovário e, para cada um deles, é indicado um determinado tipo de tratamento.
O surgimento de cisto no ovário está, em sua maioria, correlacionado à idade fértil da mulher (período compreendido entre a primeira menstruação até a menopausa). Existem alguns fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento dessa alteração, tais como:
- Uso de medicamentos para potencializar a ovulação;
- Uso de DIU hormonal;
- Histórico familiar de cistos no ovário de origem funcional.
Índice
Quais são os sintomas de cisto no ovário?
A presença de cisto no ovário pode ser de difícil diagnóstico, pois, por muitas vezes, as pacientes não apresentam sintomas. Esse é mais um motivo para que as mulheres mantenham seus exames ginecológicos regulares em dia, pois apenas esses exames, mais precisamente o ultrassom pélvico transvaginal, irão apontar com precisão a presença ou não de cistos ovarianos.
Apesar de não apresentarem sintomas expressivos ou simples de serem observados, existem alguns sinais de alerta que devem ser considerados quando existe a suspeita de cisto no ovário:
- Dor durante a relação sexual;
- Inchaço abdominal;
- Sensação de pressão no abdome;
- Dor ao evacuar;
- Dor nas pernas e nas costas;
- Dores pélvicas durante o período da menstruação;
- Ciclos menstruais irregulares;
- Náuseas e vômitos acompanhados de dores pélvicas.
Esses desconfortos também podem estar associados a outros motivos, além da presença de cistos nos ovários. São eles:
- Rompimento do cisto: dor abdominal intensa causada pela eliminação do líquido na cavidade abdominal;
- Aumento do volume do cisto;
- Torção das tubas uterinas ou até dos ovários, causando dor intensa semelhante à de uma apendicite, por exemplo.
Os sintomas acima apenas podem indicar a presença de cisto no ovário, mas somente o médico especialista poderá detectar essa alteração com precisão e indicar o melhor tipo de tratamento para cada caso.
Cisto no ovário: quais são os tipos de tratamento?
A maioria dos cistos no ovário desaparece espontaneamente, sem a necessidade de tratamento. Nesses casos, os cistos são chamados de funcionais e é preciso realizar um acompanhamento médico regular, seguido por exames de rotina, para controle do desaparecimento dos cistos ovarianos.
Nos casos em que os cistos no ovário não desaparecem, é preciso iniciar um tratamento médico, de acordo com o tipo de cisto e a indicação do especialista. Conheça abaixo os tratamentos mais comuns para cisto no ovário.
Tratamentos cirúrgicos para cisto no ovário
O tratamento cirúrgico para cisto ovariano só é recomendado quando existe a suspeita de malignidade (evidenciado por meio de alterações típicas no ultrassom pélvico). Nesses casos, o médico pode optar por duas técnicas diferentes:
- Laparoscopia: considerado o método mais comum para tratamento de cisto no ovário em pacientes que desejam engravidar. Com esse procedimento cirúrgico, o médico é capaz de retirar cistos pequenos e a cirurgia provoca mínimos danos ao tecido ovariano. Além disso, a recuperação pós-cirúrgica é extremamente rápida e indolor. Por isso, a maioria das pacientes prefere realizar esse tipo de tratamento;
- Laparotomia: técnica utilizada apenas em casos de cistos ovarianos de grandes dimensões, sendo necessária a realização de um corte no abdome para que o especialista possa visualizar todo o ovário e retirar o cisto, sem grandes complicações associadas.
Nos dois tipos de cirurgia é necessário anestesia geral e, no caso da laparoscopia, a paciente já poderá ter alta 24 horas após a realização do procedimento cirúrgico. No caso da laparotomia, é preciso manter a internação e acompanhamento hospitalar por cerca de três dias. Após a alta hospitalar, as pacientes que retiraram cistos no ovário precisam manter repouso de acordo com a orientação médica e fazer uso de analgésicos e eventuais outros medicamentos, de acordo com a prescrição médica do cirurgião responsável.
Quem faz cirurgia para retirada de cisto no ovário ainda pode engravidar?
Nos casos em que são indicadas cirurgias, é preciso que a paciente esteja ciente de que, caso o cirurgião acredite ser necessário, pode ser preciso retirar o ovário afetado, assim como a tuba uterina. Essa é uma condição extremamente rara, indicada apenas quando existe a presença de cistos malignos, que podem predispor ao surgimento de câncer no ovário, ou nos casos de torção ovariana, por exemplo.
Quando um dos ovários e a tuba uterina são retirados existe uma enorme preocupação com a redução do potencial fértil da paciente. É importante ressaltar que o risco de infertilidade existe, mas também existe um número considerável de mulheres que continuam férteis mesmo após a retirada de um dos ovários, uma vez que o ovário remanescente saudável continuará a produzir óvulos.
Como e quando é feito o tratamento com anticoncepcionais hormonais?
Mulheres que possuem cisto no ovário do tipo benigno e que relatam dores abdominais intensas, bem como a presença de mais de um dos sintomas presentes na lista relatada previamente, podem optar pelo tratamento com anticoncepcionais hormonais (caso não exista nenhuma contraindicação para tal tratamento).
Na maior parte dos casos a recomendação é para o uso de uma pílula anticoncepcional hormonal de uso contínuo, que inibe completamente a ovulação e, por isso, além de atuar como método contraceptivo, previne o surgimento de cistos no ovário.