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Cirurgia para retirada da glândula de Bartholin

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Cirurgia para retirada da glândula de Bartholin

Imagem: Shutterstock

Já ouviu falar em glândulas de Bartholin? Não? Saiba que essas glândulas, que ficam localizadas dentro da vulva, na parte externa da vagina, podem ficar obstruídas ou infeccionadas, sendo necessário, em casos mais graves, a realização da cirurgia para retirada da glândula de Bartholin.

Cirurgia para retirada da glândula de Bartholin

As glândulas de Bartholin têm como função lubrificar a genitália feminina, principalmente durante a relação sexual. Quando essas glândulas não têm o funcionamento perfeito, isso pode acarretar em uma série de complicações e assim exigir um tratamento mais invasivo, ou seja, a cirurgia para retirada da glândula de Bartholin, também chamada de Bartholinectomia.

Cada glândula possui aproximadamente 0,5 cm de diâmetro e caso não consiga fazer com que sua secreção seja liberada, isso pode resultar em grande incômodo a mulher, impactando no seu bem-estar e na sua vida sexual. Tal situação ocorre quando o orifício do ducto da glândula de Bartholin fica obstruído, seja motivado por uma infecção ou irritação. O muco produzido pela glândula se acumula, levando a dilatação da mesma e fazendo com que se forme um cisto — que pode aparentar ser um caroço.

Em situações mais graves, como o surgimento de um abscesso, as glândulas acabam acumulando secreção purulenta, sendo necessária a realização da cirurgia para retirada da glândula de Bartholin.

O que causa tal condição?

 Por vários anos, essa condição clínica foi correlacionada a doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), entretanto, tal afirmação foi desmistificada, sendo descobertas outras situações que ocasionam a infecção das glândulas, tais como:

  • Mudanças na consistência do muco;
  • Trauma na região da genitália feminina;
  • Uso de roupas apertadas;
  • Infecções ocasionadas pela queda da imunidade (por exemplo: estresse);
  • Má higienização da região íntima.

Quais são os sintomas da inflamação das glândulas de Bartholin?

 Dor intensa na genitália e inchaço são os sintomas clássicos e mais comuns da inflamação das glândulas de Bartholin. Essa condição clínica pode ser classificada de duas formas:

1-) cisto da glândula de Bartholin: inchaço da glândula, sem infecção;

2-) abscesso da glândula de Bartholin: inchaço da glândula, com presença de infecção. Esse quadro clínico também é chamado de bartholinite.

Em geral, o cisto da glândula de Bartholin tem, em média, de 1 a 3 cm de diâmetro e, na maioria dos casos, é unilateral e assintomático. Dessa forma, a paciente nem percebe que algo de errado acontece em seu corpo. As obstruções não inflamatórias dos ductos, geralmente, são de origem traumática, sendo secundárias a traumatismos do peritônio, lacerações obstétricas ou relacionadas à episiotomia — que é o corte cirúrgico realizado para facilitar a saída do bebê durante o trabalho de parto.

Quando esses “caroços” apresentam tamanhos maiores, podem causar desconforto no ato sexual, nas atividades diárias e até mesmo ao sentar. É justamente nessas situações mais complexas que é necessário realizar a cirurgia para retirada da glândula de Bartholin.

O diagnóstico da inflamação da glândula de Bartholin deve ser feito de forma clínica, por meio da avaliação de um médico ginecologista. Durante o exame ginecológico, o médico pode detectar a presença de uma protuberância na região interna da genitália, mais especificamente na região dos grandes lábios.

Como é realizado a Cirurgia para retirada da glândula de Bartholin?

 Nos casos em que o cisto da glândula de Bartholin é detectado, o tratamento é simples, pois a maioria das pacientes é assintomática e só diagnostica essa alteração em exames de rotina ginecológica.  Para tratar essa condição, a paciente deve realizar banhos de assento com água morna e deixar a região sempre limpa e higienizada, fazendo com que o cisto suma de maneira espontânea em poucos dias.

Em casos sintomáticos ou com maior volume cístico, é necessário realizar uma pequena incisão para drenar o líquido das glândulas. Esse procedimento é chamado de marsupialização da glândula de Bartholin.

Já no caso do abscesso da glândula de Bartholin (bartholinite), a intervenção deve ser mais incisiva, pois é necessária a drenagem cirúrgica do abscesso, ou seja, a realização da cirurgia para retirada da glândula de Bartholin. Além disso, o médico pode prescrever tratamento com antibiótico para evitar a progressão da infecção.

Como é feita a cirurgia para retirada da glândula de Bartholin?

A bartholinectomia é um procedimento cirúrgico simples e seguro que deve ser realizado em ambiente hospitalar com sedação anestésica. A cirurgia consiste na retirada exclusiva da glândula de Bartholin, onde o médico não agride o tecido vulvar e realiza poucos pontos no local da incisão cirúrgica.

A recuperação da cirurgia para retirada da glândula de Bartholin é fácil e tranquila. A paciente deve se privar de ter relações sexuais por um período, usar antibióticos por via oral e, sobretudo, cuidar da higiene íntima e da cicatrização da região. As complicações são raras e, quando ocorrem, os principais sintomas são: dores localizadas, inchaço da vulva e hematoma local.

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