O seguimento pré-natal faz parte da rotina da gestante até o dia que antecede o nascimento do bebê. Entre a lista de exames a serem realizados, um se faz muito importante, sendo ele a cardiotocografia fetal.
Indicado a partir da 28ª semana de gestação, o exame da cardiotocografia fetal avalia basicamente a vitalidade do bebê. Confira a seguir todas as informações relativas ao exame fornecidas pelo Dr. Bruno Bedoschi, ginecologista da clínica ginecológica BedMed.
Índice
O que é cardiotocografia fetal?
A cardiotocografia fetal é o exame que avalia a saúde do bebê, em especial o batimento cardíaco fetal. A intenção do obstetra nesta avaliação é verificar se o bebê está recebendo oxigênio de maneira adequada no ambiente intrauterino.
Caso seja encontrada alguma anormalidade na cardiotocografia fetal, é necessária averiguação do que tem causado essa disfunção. O exame é extremamente rápido e, em 20 minutos, o médico é capaz de avaliar o resultado.
É tido como um dos exames mais antigos e, mesmo com o avanço da Medicina Diagnóstica, como o desenvolvimento do ultrassom com doppler colorido, por exemplo, a cardiotocografia fetal nunca foi substituída pelos médicos obstetras.
Outras peculiaridades da cardiotocografia fetal são:
- Exame rápido;
- Indolor;
- Não invasivo.
Quando é solicitada a cardiotocografia fetal?
A cardiotocografia é realizada em consultório a partir da 28ª semana de gestação, ou seja, é solicitada a partir do terceiro trimestre da gestação. Ela passa a ser feita de maneira rotineira (cerca de uma vez por semana) quando a gestante entra na 36ª semana de gestação, período bem próximo ao parto, sendo que ela é capaz de identificar possíveis sinais de sofrimento fetal.
O sofrimento fetal ou hipóxia neonatal ocorre quando o feto é submetido a períodos de hipóxia, que significa a privação de oxigênio no útero materno. Nesta hora, é necessária a intervenção médica para garantir a boa saúde da mãe e do bebê.
Tal situação costuma ser mais comum durante o parto, principalmente quando o período de trabalho de parto se prolonga. Para evitar qualquer complicação e identificar uma possível intervenção, a cardiotocografia fetal é solicitada. Segundo Dr. Bruno Bedoschi, quatro critérios devem ser avaliados durante o exame, sendo eles:
1º – Média do batimento cardíaco fetal
O primeiro critério é a média de batimentos cardíacos do bebê. O normal é que eles fiquem entre 120 a 160 batimentos por minuto. Variações são normais, mas a média, para estar dentro dos padrões de normalidade, deve ficar no valor previamente mencionado.
2º – Presença de acelerações transitórias no batimento cardíaco fetal
O bebê vive a se movimentar no útero materno. Durante a cardiotocografia fetal, o obstetra vai avaliar se existem períodos de aumento do batimento cardíaco fetal durante as movimentações fetais. A aceleração transitória é definida como sendo um aumento na média do batimento cardíaco fetal em pelo menos 15 batimentos por minuto em cerca de 15 segundos.
3º – Ausência de desacelerações do batimento cardíaco fetal
Quando é identificada na cardiotocografia fetal uma desaceleração anormal (repentina, por exemplo), é necessário que sejam avaliadas situações de risco, tais como redução na quantidade de líquido amniótico ou presença de circular de cordão na região cervical fetal.
4º – Variabilidade dos batimentos cardíacos fetais
O padrão de normalidade é que neste critério o bebê apresente uma variação na média dos batimentos cardíacos fetais de 6 a 25 batimentos por minuto. Pode ter uma pequena margem para mais ou para menos, mas não pode estar muito distante dos números mencionados.
Onde fazer a cardiotocografia fetal?
O exame de cardiotocografia fetal pode ser feito em consultório, como ocorre com as gestantes que realizam o seguimento pré-natal com o Dr. Bruno Bedoschi ou com qualquer outro médico obstetra que faz parte da equipe da clínica BedMed.
Os laboratórios de diagnóstico por imagem e os pronto-atendimentos das grandes maternidades também podem realizar esse tipo de exame.
Exame de cardiotocografia fetal: principais situações que necessitam do exame
- Parada repentina dos movimentos fetais: a cardiotocografia deve ser realizada quando a gestante percebe uma redução significativa dos movimentos fetais. Isso pode ser um sinal indireto de má oxigenação fetal.
- No trabalho de parto: como mencionado, o exame ajuda a identificar o sofrimento fetal e indicar quando é hora de uma intervenção médica como forma de preservar a vida da parturiente e do bebê. Não é necessário realizar monitorização contínua no trabalho de parto, porém, é fundamental realizar avaliações esporádicas da vitalidade fetal durante a fase ativa do trabalho de parto.
- A partir da 40ª semana: para verificar se o bebê continua em segurança no ambiente intrauterino enquanto não ocorre o trabalho de parto efetivo.
- Gestante com complicações de saúde: gestantes com hipertensão, diabetes gestacional, cardiopatas, doenças reumatológicas ou demais doenças que tornam a gestão mais arriscada devem fazer a cardiotocografia fetal.
- Suspeita de corioamnionite: a infecção dentro do saco gestacional pode ser perigosa ao bebê. Logo, quando o obstetra desconfia da complicação, o exame é realizado para verificar a saúde do bebê.
Essas são algumas informações acerca da cardiotocografia fetal. Caso ainda tenha restado alguma dúvida, entre em contato com a clínica BedMed e agende já a sua consulta.
Fontes: Clínica BedMed;