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Atenção para a Pré-Eclâmpsia na Gestação

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Atenção para a Pré-Eclâmpsia na Gestação

Imagem: Shutterstock

A pré-eclâmpsia é uma condição grave de uma doença hipertensiva específica da gravidez que pode surgir, em geral, a partir da 20ª semana de gestação. É caracterizada pelo aumento dos níveis pressóricos juntamente ao surgimento de proteinúria, ou seja, perda de proteína pela urina.

Mulher com mãos na barriga enquanto sente dor de pré-eclâmpsia
Imagem: Shutterstock

Essa condição acontece por conta da liberação de proteínas fetais na corrente sanguínea materna. Esse processo causa uma resposta imunológica pela qual o organismo materno agride as paredes dos vasos sanguíneos, resultando na vasoconstrição e elevação da pressão arterial.

Aproveitando o Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial, comemorado no dia 26 de Abril, os médicos especialistas em Obstetrícia da clínica BedMed esclarecem a seguir como funciona o diagnóstico e tratamento da pré-eclâmpsia.

Como a pré-eclâmpsia é diagnosticada?

Por se tratar de uma doença hipertensiva específica da gravidez, a pré-eclâmpsia é caracterizada pela elevação dos valores normais de pressão arterial que deveriam ser mantidos abaixo de 140 x 90 mmHg.

Caso os valores da pressão arterial fiquem acima desse valor, em conjunto com o surgimento de proteinúria, é caracterizado um quadro de pré-eclâmpsia. Além desses sintomas, a gestante pode apresentar inchaço dos membros inferiores e superiores, aumento excessivo do peso corpóreo e cefaleia. Entretanto, algumas pacientes podem ser assintomáticas.

O diagnóstico da pré-eclâmpsia é baseado em múltiplos fatores, como aferição de níveis elevados da pressão arterial, história clínica da gestante, sintomas referidos e avaliação de exames laboratoriais de sangue e de urina.

O principal risco da pré-eclâmpsia é que ela evolua para um quadro de eclâmpsia, que pode incluir sintomas como dor de cabeça, dor de estômago e alterações visuais seguidos de convulsões. Outros sintomas da eclâmpsia incluem sangramento vaginal e coma durante a gestação ou puerpério. Devido à gravidade do quadro, trata-se de uma condição que coloca a vida da gestante e do bebê em risco.

Quais são os principais fatores de risco para o surgimento da pré-eclâmpsia?

Atualmente, a Medicina não conseguiu identificar todos os fatores responsáveis pelo surgimento da pré-eclâmpsia, não sendo possível adotar medidas preventivas que assegurem que a gestante não desenvolva essa doença durante a gravidez.

Apesar disso, conhecer os fatores de risco associados a essa condição permite que mulheres que façam parte do grupo de risco tenham um acompanhamento mais rígido com o médico obstetra, sendo que esse seguimento deve ser feito, de preferência, desde o planejamento da gravidez.

Entre os principais aspectos que são considerados agravantes, incluem-se:

  • Hipertensão arterial sistêmica crônica;
  • Primeira gestação;
  • Diabetes mellitus tipo 1, tipo 2 ou gestacional;
  • Presença de doença autoimune, tais como lúpus ou vasculites;
  • Obesidade;
  • Gestação gemelar;
  • Gestação com idade materna acima dos 35 anos ou antes dos 18 anos;
  • Histórico familiar positivo para pré-eclâmpsia.

Qual é o papel do médico obstetra nos casos de pré-eclâmpsia?

Preferencialmente, o médico obstetra deverá fazer o acompanhamento desde antes da concepção, avaliando o quadro de saúde do casal e verificando a existência de algum fator de risco que exigirá maiores cuidados na gestação.

Caso não seja possível o acompanhamento prévio, a recomendação é que a gestante inicie o pré-natal assim que a gestação for confirmada, realizando todos os exames necessários.

Com esse acompanhamento já iniciado antes da 12ª semana de gestação, caso haja o surgimento de um quadro de pré-eclâmpsia, que costuma se desenvolver após a 20ª semana, a gestante já estará adequadamente assistida e poderá ter um diagnóstico rápido, melhorando o prognóstico da doença.

Se identificar qualquer dos sintomas relacionados à pré-eclâmpsia, é necessário buscar auxílio do médico obstetra com urgência, pois se trata de um quadro grave e que pode ser fatal se não for corretamente assistido pelo especialista.

Quando há a confirmação do diagnóstico de pré-eclâmpsia, os principais cuidados recomendados para a gestante incluem:

  • Repouso;
  • Uso de medicações anti-hipertensivas;
  • Controle de vitalidade fetal periodicamente;
  • Dieta com pouca ingestão de sal;
  • Fazer atividades físicas leves;
  • Dormir adequadamente;
  • Fazer controle do peso;
  • Medir a pressão arterial com frequência, reportando qualquer alteração significativa.

O médico obstetra é imprescindível nesse processo para fazer o diagnóstico da pré-eclâmpsia, recomendar a mudança de hábito de acordo com a gravidade do caso e prescrever medicamentos seguros, caso seja necessário. Esse suporte é essencial para que ocorram maiores chances de recuperação da paciente, sem comprometer a saúde fetal.

Fontes:

Clínica Ginecológica BedMed;

Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) – Ministério da Saúde;

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

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