A aspermia consiste na ausência de sêmen durante a ejaculação, o que pode levar à infertilidade masculina. Conheça os tratamentos para contornar essa alteração.
A fertilidade masculina está diretamente ligada à produção e à qualidade dos espermatozoides ejaculados no sêmen. Esse líquido biológico, produzido nos testículos, consiste no fluido seminal e nos espermatozoides, que são os responsáveis por fecundar o óvulo.
Qualquer alteração na produção de sêmen pode afetar diretamente a capacidade reprodutiva do homem, tendo em vista que o sêmen possui todas as características adequadas para proteger os espermatozoides e ajudar na sua locomoção até o interior do útero.
Uma dessas alterações é a aspermia, uma patologia caracterizada pela interrupção na produção seminal, levando à ausência total de esperma durante a ejaculação. Embora seja uma das causas da infertilidade masculina, existem tratamentos que podem reverter ou contornar esse problema.
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Índice
O que é a aspermia?
A aspermia ocorre quando não há liberação de sêmen durante a ejaculação. Diferente de outras patologias que afetam a qualidade ou a quantidade de espermatozoides, como a oligozoospermia ou a azoospermia, a aspermia envolve a ausência completa de fluido biológico. Dessa forma, ao ejacular, o homem não libera nenhum líquido seminal, o que impede a fecundação do óvulo e, consequentemente, dificulta a obtenção da gravidez por métodos espontâneos.
Quais são as causas da aspermia?
Existem diversas causas, que podem ser divididas em fatores físicos, hormonais e neurológicos. Entre as principais causas, estão:
- Obstrução dos ductos ejaculatórios: um bloqueio nos canais responsáveis por transportar o sêmen;
- Disfunção do esfíncter urinário: patologia que pode resultar na ejaculação retrógrada, quando o sêmen é direcionado para a bexiga ao invés de ser expelido;
- Cirurgias anteriores: procedimentos como vasectomia ou ressecções de próstata podem causar obstruções;
- Infecções: doenças sexualmente transmissíveis ou infecções urinárias também podem levar à aspermia;
- Distúrbios neurológicos: problemas no sistema nervoso que afetam os reflexos de ejaculação;
- Fatores psicológicos: traumas emocionais ou ansiedade extrema podem interferir no processo de ejaculação.
A aspermia causa infertilidade masculina?
Tendo em vista que a aspermia está ligada à ausência de sêmen na ejaculação, não há condições para que o espermatozoide alcance e fecunde o óvulo na porção final da tuba uterina. Sendo assim, podemos afirmar que a aspermia e a infertilidade masculina estão diretamente ligadas.
Porém, é importante destacar que aspermia não significa, necessariamente, que o homem não produz espermatozoides. Em muitos casos, os espermatozoides são produzidos normalmente, mas não conseguem ser expelidos no momento da ejaculação. Isso indica que, com tratamentos adequados, o homem ainda tem chance de conceber.
Como o diagnóstico é realizado?
O diagnóstico é realizado a partir de um acompanhamento médico especializado. Através de uma consulta com um urologista, são realizados exames físicos e laboratoriais, principalmente dos órgãos genitais, com a finalidade de detectar possíveis obstruções ou anormalidades.
O espermograma, uma das avaliações mais comuns do material biológico masculino e que avalia uma possível alteração seminal, pode indicar um volume nulo, em casos de aspermia.
Dessa forma, outros exames complementares podem incluir ultrassonografia de bolsa testicular, para identificar obstruções, e exames hormonais, que analisam o nível de testosterona e outros hormônios importantes para a produção de espermatozoides.
Qual é a diferença entre aspermia e azoospermia?
É comum que haja confusões entre estas alterações, tendo em vista que elas podem ser parecidas. No entanto, há uma grande diferença entre a aspermia e a azoospermia. Na aspermia, o homem não ejacula nenhum fluido durante o orgasmo. Já na azoospermia, o homem ejacula, mas o sêmen não contém espermatozoides.
A azoospermia pode ser causada por obstruções ou por falhas na produção de espermatozoides, enquanto a aspermia envolve uma ausência completa de líquido biológico.
Qual é o tratamento para aspermia?
Como em todos os casos de infertilidade, o tratamento da aspermia deverá ser traçado levando em conta a causa do problema, ou seja, se a aspermia está ligada a uma obstrução nos ductos ejaculatórios, é possível realizar cirurgias para desobstruí-los.
No caso da ejaculação retrógrada, medicamentos podem ser prescritos para melhorar o funcionamento do esfíncter urinário e direcionar o sêmen corretamente.
Quando a aspermia está relacionada a fatores psicológicos, a terapia pode ser recomendada para lidar com o problema.
Além disso, em alguns casos, a coleta de espermatozoides diretamente dos testículos ou dos epidídimos (aspiração de espermatozoides) pode ser uma opção, permitindo que o homem opte por técnicas de Reprodução Assistida, como a Fertilização in Vitro (FIV).
Como uma clínica de Reprodução Assistida pode ajudar em casos de infertilidade causada pela aspermia?
Clínicas de Reprodução Assistida desempenham um papel importante no tratamento da infertilidade relacionada à aspermia. Técnicas como a extração microcirúrgica testicular (MicroTESE) ou epididimária (MESA), seguidas da FIV ou da injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), são algumas das opções que estão à disposição de homens que sofrem com a aspermia.
Esses métodos permitem a extração de espermatozoides diretamente dos testículos ou dos epidídimos, que são então utilizados para fertilizar os óvulos em laboratório. Dessa forma, casais afetados pela aspermia podem ter a chance de conceber um filho biológico.
Fontes: