Um método contraceptivo de barreira bastante indicado por médicos ginecologistas, principalmente na Europa e nos Estados Unidos, o diafragma é uma opção de anticoncepção não hormonal ainda pouco explorada no Brasil, mas muito prática e com eficácia atestada pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
O diafragma é caracterizado como sendo um anel flexível, parecido com o anel vaginal, porém envolvido por uma fina camada de silicone que impede a passagem dos espermatozoides pelo orifício do colo uterino, como todo método anticoncepcional de barreira.
Por não possuir quase nenhum efeito colateral ou contraindicação, proteger a entrada dos espermatozoides pelo colo uterino e ser acessível a todas as mulheres, ele tem se tornado cada vez mais uma boa alternativa aos métodos hormonais convencionais.
Índice
Como o diafragma funciona?
Um método seguro de prevenção à gravidez indesejada, prático e com longa duração, o diafragma permite a autonomia da paciente sobre o seu uso.
Possui um formato anatômico facilmente ajustável ao organismo feminino. Pode ser encontrado em 6 tamanhos diferentes, que variam entre 60 mm a 80 mm de diâmetro, a fim de atender a todas as mulheres.
O tamanho ideal do diafragma para cada caso deve ser analisado por um ginecologista por meio de exame ginecológico (geralmente avaliado por meio do toque vaginal).
Para utilizá-lo, a mulher deve inserir o diafragma no interior do canal vaginal da seguinte maneira:
- Adote uma posição confortável e que permita a fácil inserção do contraceptivo, como agachada, deitada ou com uma das pernas apoiadas em um banco, por exemplo;
- Com as mãos devidamente higienizadas, remova o diafragma da embalagem – lembre-se que o seu tamanho deverá ser indicado pelo ginecologista;
- Aperte as bordas do diafragma entre as pontas dos dedos polegar e indicador, gerando o formato do número 8;
- Introduza-o na vagina até ele se abrir;
- Certifique-se de que ele esteja cobrindo todo o colo uterino, apalpando com a ponta dos dedos.
Devido seu formato de cúpula, o diafragma consegue cobrir todo o colo do útero, impedindo a passagem dos espermatozoides, de maneira imperceptível durante o ato sexual, sendo confortável tanto para a mulher quanto para o homem.
A mulher deve introduzi-lo antes da relação sexual e removê-lo pelo menos oito horas depois, tempo mínimo para garantir que não exista mais nenhum espermatozoide vivo dentro do canal vaginal. A retirada é feita com a ponta dos dedos em forma de gancho.
Após remover o diafragma, ele deve ser devidamente higienizado e guardado na embalagem ou, caso a mulher ainda mantenha o desejo de estar sempre prevenida, ele deverá ser reintroduzido na vagina, onde poderá permanecer por, no máximo, 24 horas.
Por ser reutilizável, o diafragma pode durar até 3 anos, mas seu tamanho deve ser conferido periodicamente pelo ginecologista.
Vale lembrar que o diafragma não consegue impedir a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, sendo que a sua finalidade se baseia apenas no intuito contraceptivo.
Quem pode utilizar o diafragma?
Por ser uma alternativa aos métodos hormonais convencionais, o diafragma é bastante indicado para mulheres que não desejam engravidar e que não podem fazer uso de métodos hormonais.
Contudo, mulheres que possuem o útero retrovertido (útero posicionado virado para trás), que apresentem quadros constantes de infecção urinária ou infecção renal crônica, não devem ser encorajadas a utilizarem este método contraceptivo.
Para decidir o método ideal para cada caso, um especialista em ginecologia deve sempre ser consultado.